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Freqüências da TV digital geram divergências entre Brasil e EUA

O governo brasileiro anunciou que pretende aproveitar a conferência que ocorre nesta semana, em Genebra, promovida pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), para bloquear a iniciativa americana definir as freqüências da TV digital no mundo – a idéia dos americanos é permitir que uma banda seja definida rapidamente para que a freqüência usada pela TV analógica possa ser liberada para outros fins, como celulares e internet sem fio, mas o Brasil é contrário a essa posição. 'Enquanto os americanos pegam todas as freqüências existentes para a telefonia, nós precisamos ainda de espaços para outras finalidades. Só a TV pública, por exemplo, precisará de quatro canais', afirmou o ministro das Comunicações, Hélio Costa.

Pelos cálculos americanos, a definição das freqüências abriria um espaço de US$ 15 bilhões para o uso comercial das freqüências que seriam liberadas, mas o Brasil afirma que deve aproveitar o prazo que tem – até 2016 – para migrar para a TV Digital.

Outra briga do Brasil está relacionado à tentativa dos europeus de definir a banda C como de uso exclusivo de celulares. 'No Brasil, 18 milhões de pessoas assistem TV por antenas parabólicas que usam essa freqüência', disse Costa.

Rede pública britânica deve demitir cerca de 2 mil funcionários

A BBC, rede pública britânica de rádio e TV, deve demitir mais de 2 mil funcionários, o que representa mais de 12% do total, informou o jornal londrino Financial Times nesta terça-feira (9).

O diretor-geral da rede, Mark Thompson, deve se reunir na próxima semana com a BBC Trust, o comitê de controle da entidade, para discutir formas de resolver um déficit orçamentário de 2 bilhões de libras (4,08 bilhões de dólares), provocado pelo último acordo de tarifas de licenças de TV.

Segundo o Financial Times, os chefes da rede já foram informados das demissões, que, de acordo com uma fonte ligada ao caso, podem chegar a 3 mil funcionários. O departamento que será mais afetado será o de 'programação factual'.

Um porta-voz da BBC disse que não comentaria imediatamente a reportagem. A eventual demissão em massa, segundo informações da Reuters, deveabalar fortemente a rede, já sob intensa pressão nos últimos meses devido a escândalos de manipulação de informações.

Michael Lyons, presidente do Conselho da BBC, disse recentemente que a empresa descartava cortes nas suas emissoras de rádio e TV para cobrir o déficit.

China lança policiais virtuais para patrulhar internet

A polícia de Pequim vai começar a patrulhar portais chineses na internet utilizando um casal de policiais virtuais que vai lutar contra a pornografia e o jogo ilegal, anunciou a agência de notícias oficial Nova China. A partir de sábado, os internautas chineses poderão clicar nos avatares (imagem digital) dos dois policiais e preencher um formulário para denunciar informações maliciosas, cassinos online ou páginas com conteúdos pornográficos. A cada meia hora, os ícones dos policiais virtuais aparecerão nos sites e as forças de segurança responderão em trinta minutos quando receberem queixas válidas, disse o vice-diretor de Crimes Informáticos do Departamento de Segurança Pública de Pequim, Zhao Hongzhi.

Os oficiais eletrônicos terão a função de resolver disputas relacionadas com dinheiro e contas virtuais, cada vez mais comuns na China. Se o caso envolver violações da lei, os avatares chamarão a polícia do mundo real. No final de junho, o número de internautas chineses estava estimado em 162 milhões. Segundo estatísticas do Centro de Informação de Internet da China, cerca de cem pessoas navegam na rede pela primeira vez a cada minuto. Desde o início do ano, a polícia de Pequim fechou 224 páginas pornográficas e eliminou 130 mil com informações maliciosas, segundo a Nova China.

As informações são do Jornal da Mídia.

Jornalistas franceses se manifestam contra alterações no código de trabalho

Sindicatos de jornalistas na França começam a se movimentar contra um conjunto de alterações no código de trabalho da profissão, que podem, segundo o que afirmam os sindicatos, ter conseqüências negativas para os direitos dos jornalistas. 

As referidas emendas à lei devem ficar prontas e entrar em vigor até janeiro de 2008 e visam simplificar “sem perda de direitos” o texto do código de trabalho, um princípio que não foi respeitado, no entender de várias associações sindicais do país.

Uma das mudanças discutidas refere-se à questão das demissões. Os sindicatos afirmam que os novos textos são omissos em relação ao direito do funcionário de receber um mês de salário por cada ano de trabalho e também não falam, como acontecia no atual Estatuto, da obrigatoriedade de constituir uma comissão arbitral para avaliar casos em que a relação de trabalho entre jornalista e entidade empregadora tenha mais de 15 anos.

“Percebe-se que há uma vontade por parte dos empregadores de tirar as relações de trabalho do ambiente legal. Há um nivelamento por baixo e ataques muito claros ao Estatuto. A nossa profissão está em risco”, afirmou Nathalie Boisson, membro do conselho nacional do USJ-CFDT, um dos quatro sindicatos que se reuniu recentemente com o Ministério do Trabalho para discutir as mudanças. As informações são site Jornalistas Online.

Jornalistas são atacados no Peru; oito pessoas ficam feridas

Cinco jornalistas peruanos foram vítimas de atentado na última semana. O ataque ocorreu na última quinta-feira (28/06), nos arredores da cidade portuária de Chiclayo, quando cerca de 10 pessoas dispararam contra os jornalistas, que estavam no local para cobrir uma ocupação ilegal de terras cultiváveis. Os jornalistas saíramilesos do ataque, porém, alguns aldeãos se interpuseram para protege-los e oito ficaram feridos.

O Peru ostenta recorde de agressões a jornalistas no continente americano. A situação foi agravada em 2007, segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, com o assassinato de Miguel PérezJulca, da emissora Rádio Êxitos, em 16 de março.

'Lamentamos ter que constatar que as autoridades não conseguiram diminuir os ataques aos meios de comunicação, que fazem do Peru um dos países pior classificados do continente, ao que se refere à liberdade de imprensa. Os procedimentos judiciais relativos aos assassinatos de jornalistas às vezes demoram muito, até o ponto de favorecer um clima de impunidade. Além dos esforços de proteção empreendidos pelo Ministério do Interior, tem que dispor de meios para investigar', disse, em nota, a ONG .

Desde o dia1º de janeiro de 2007, os Repórteres Sem Fronteiras contabilizaram, no Peru, 59 casos de agressões a jornalistas, 35 casos de ameaças e três ataques contra outras redações.