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Entrevista com Elma Maria da Silva de Alleluia

Elma Maria da Silva de Aleluia é economista e presidente do Centro de Formação Profissional Alzira de Alleluia, organização que atende jovens da comunidade do Vidigal, no Rio de Janeiro. O Centro oferece cursos profissionalizantes em estética (voltados para atuação em salões de beleza), aulas de balé e de informática. Os cursos são ministrados no telecentro da instituição. Elma também faz parte do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro. Foi através da participação nesse grupo que ela tomou conhecimento da eleição para o CGI.br.
1. Como avalia o trabalho do CGI.Br até o momento?
O trabalho está bom, mas acredito que é possível aumentar a velocidade de projetos caso haja integração com outros movimentos, como o de software livre.
2. Caso eleito(a), quais serão suas prioridades como membro do Comitê?
Continuar os projetos em andamento a fim de garantir sua conclusão  e elaborar novos com objetivo de integração social com software livre.
 
3. Caso eleito(a), como prestará contas à sociedade?
Será  realizado relatório periódico das ações realizadas e planos  estabelecidos, com  mídia ou meio a definir.

4. Na sua avaliação, qual deve ser o papel do CGI.Br na construção de um marco regulatório relativo à convergência tecnológica?
Garantir que o acesso seja livre (sem uso de softwares proprietários onde não se sabe como o mesmo funciona) a fim de garantir a liberdade  e privacidade do usuário.

Entrevista com James Görgen

James Görgen é jornalista, já foi secretário-executivo do FNDC e é coordenador de projetos no Epcom (Instituto de Estudo e Pesquisas em Comunicação). Acompanhou o processo de privatização das empresas de telecomunicações e, desde 1997, participa das discussões acerca da internet no país – como a criação de regulamentações e do próprio Comitê Gestor para a Internet.

1. Como avalia o trabalho do CGI.Br até o momento?
Creio que nestes primeiros anos de existência a função do Comitê foi fundamental para estabelecermos uma governança na internet brasileira que, digamos assim, colocasse “ordem na casa”. Foram definidas diversas questões administrativas, tanto as relativas ao registro de domínios quanto nas relações entre governo e sociedade. Também avalio como muito positivo o resultado das campanhas desencadeadas pelo órgão em relação à segurança na rede. Outro ponto importante foi a criação do NIC, como um importante centro de informação sobre os indicadores da rede no País, nos dando a conhecer a real demanda dos brasileiros por tecnologias da informação e da comunicação (TICs). Politicamente, a coordenação de atores para atuação conjunta do País no processo de discussão ocorrido durante a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação foi um fator preponderante para que conseguíssemos implementar o IGF (Fórum para a Governança da Internet), cuja reunião se dará agora em novembro no Rio de Janeiro. Construído o alicerce, agora precisamos avançar.

2. Caso eleito(a), quais serão suas prioridades como membro do Comitê?
Considero importante que neste novo período o Comitê consolide sua função administrativa, mas amplie sua participação como indutor de políticas públicas que envolvam as TICs. Principalmente, de ações que consigam aproximar o debate entre inclusão digital e democratização da comunicação. No momento em que as fronteiras entre informação e comunicação se tornam quase indistinguíveis, devido ao advento da convergência tecnológica, é fundamental que tenhamos um órgão no País capaz de pensar como os programas de inclusão podem colaborar para construir o que chamamos de people play. Ou seja, a idéia aqui é garantir a entrega na casa das pessoas, principalmente de quem não pode pagar pelas altas assinaturas cobradas pelos operadores privados, um pacote mínimo de serviços de vídeo, voz e dados – o que o mercado chama de triple play. Precisamos trabalhar em prol da coordenação dos diversos esforços de governos – nos âmbitos federal, estadual e municipal – para implementarmos as cidades digitais e universalizarmos a oferta do people play. Temos que ir além de uma simples inclusão digital restrita aos espaços públicos, como foi bem construído com a política de telecentros. Chegou o momento de levarmos a internet para dentro das residências, principalmente da população de baixa renda. De nada adianta termos instituições públicas conectadas com o mundo, se o trabalhador chega em casa e acaba tendo na televisão sua única fonte de informação. Creio que o CGi, por reunir representantes do governo, empresas e sociedade, terá um papel importante na construção deste consenso em torno do estabelecimento de “estradas digitais” onde o pedágio a ser pago não proíba a maior parte da população de circular livremente.

3. Caso eleito(a), como prestará contas à sociedade?
Existem várias formas de realizar uma prestação de contas sobre o trabalho desenvolvido no âmbito do Comitê. Uma delas já se dá por meio do próprio CGi, que possui uma política de transparência em relação à sua atuação, logo, de seus integrantes também. Como estou sendo indicado por pelo menos três importantes entidades da sociedade civil (FNDC, CUT e CFP) irei não apenas prestar contas, mas fornecer relatos regulares de todos os movimentos do CGi para que aumente, inclusive, a percepção destas entidades sobre o papel do órgão. Para isso, as redes sociais viabilizadas pelas TICs serão também um instrumento fundamental. Acredito ser possível que os quatro membros da representação do Terceiro Setor no Comitê também possam juntar esforços para manter um canal de informação aberto com a sociedade. Afinal, seremos indivíduos atuando em nome da vontade geral e não apenas de interesses particulares.

4. Na sua avaliação, qual deve ser o papel do CGI.Br na construção de um marco regulatório relativo à convergência tecnológica?
A atualização do arcabouço normativo das áreas de comunicação social e telecomunicações – o primeiro da década de 60 e o segundo, de 90 – é uma das prioridades de qualquer pessoa, entidade ou órgão público que se considere preocupado com o processo de democratização das comunicações no sentido mais amplo. No Brasil, é impossível pensarmos em qualquer medida que ignore os conflitos conceituais e regulatórios existentes. Por exemplo, como o Estado deve regular um conteúdo de mídia que circula num momento por uma rede de radiodifusão e, emo Comitê participa pouco deste debate nacional, que vem sendo travado pelo menos desde o final da década passada em vários níveis e instâncias. Com o aporte teórico e o acúmulo de vários de seus membros, o CGi se torna uma peça fundamental no processo de atualização desta legislação. Até por uma necessidade de definir de forma mais clara vários limites que a própria governança na internet, especialmente no que diz respeito aos abusos, crimes e à garantia de neutralidade da rede, impõe no atual momento. Repensar a convergência tecnológica no Brasil desconsiderando a autoridade mais importante de um de seus braços seria até irresponsabilidade.

Entrevista com Luiz Nazareno de Souza

Luiz Nazareno de Souza é presidente da Associação de Educação e Cidadania Santos Dumont e coordena projetos sociais de inclusão digital com o uso de software livre em Tibau, Grossos e outras cidades no Rio Grande do Norte. Formado em administração de empresas, ele hoje também é tutor da área de análise e desenvolvimento de sistemas da EDUCOM (plataforma de educação a distância).

1. Como avalia o trabalho do CGI.Br até o momento?
Avalio de forma positiva, pois através das políticas e ações o Comitê possibilita política de expansão de fronteiras de atuação para além das atividades de suporte à infra-estrutura da rede; nome de domínio "br"; distribuição de endereços de IP; segurança das redes; combate ao spam; pontos de troca tráfego; discussão da governança da internet.

2. Caso eleito(a), quais serão suas prioridades como membro do Comitê?
Defender que os recursos captados em projetos de fomento e difusão de conteúdos digitais em língua portuguesa, difusão dos software livre, ampliação e criação de grupos de conteúdos nas áreas de educação e cultural.

3. Caso eleito(a), como prestará contas à sociedade?
Podemos prestar contas através através dos inúmeros recursos que  a rede dispõem tais: como  listas de conteúdos, da mídia impressa tais como a Revista A Rede que tem possibilitado um amplo acesso a divulgação dos conteúdos digitais e possibilitados a inclusão digital, nos fórum de inclusão digital, software livre, enfim em toda e qualquer manifestação da sociedade brasileira.

4. Na sua avaliação, qual deve ser o papel do CGI.Br na construção de um marco regulatório relativo à convergência tecnológica?
Ser o articulador para o grande desafio que é preparar o Brasil para ser um grande produtor de conteúdo  e fazer com que o mesmo possa circular socialmente, e de maneira mais equânime. Só assim, poderemos democratizar os conteúdo digitais, o acesso a rede mundial e incluir todos e todas no mundo da informação. Além do mais, o Comitê deve lutar para que os recursos do FUST sejam aplicados na conexão de pontos públicos como escolas, centro comunitários,telecentos, unidades de saúde e outros pontos de acesso coletivo e da administração pública. Além de mobilizar toda a sociedade para incluir os serviços de banda larga na pauta de reivindicações da política brasileira. Para que todos os  municípios brasileiros possam ter acesso a internet.

 

Entrevista com Carlos Alberto Afonso

Carlos Alberto Afonso é engenheiro, doutor em Pensamento Social e Político e diretor de planejamento e estratégias da Rede de Informações para o Terceiro Setor (RITS). Um dos pioneiros do desenvolvimento da internet no Brasil, criou o Alternex, primeiro sistema de informação e comunicação baseado em computador da América Latina, que era voltado para a atuação do terceiro setor. O sistema desenvolveu-se como o primeiro provedor de serviços internet do Brasil. Então funcionário do IBASE, trabalhou para a criação do CGI.br em 1995, para o qual também foi indicado membro (representante dos provedores). Em 2003, foi um dos participantes do movimento que fez a proposta de reestruturação do Comitê, com a votação por um colégio eleitoral dos 11 representantes não-governamentais. Foi eleito pelo segmento do terceiro setor em 2004, e hoje concorre à reeleição.

1. Como avalia o trabalho do CGI.Br até o momento?
Desde 1994, quando iniciei minha participação no processo de criação do CGI.br (oficializado em maio de 1995), foi percorrido um caminho na minha opinião pioneiro em relação à maioria dos outros países. Desde o início, uma das premissas é que o nome de domínio de país (ccTLD) e os endereços IP são um patrimônio da comunidade e não uma mercadoria –  essa premissa vem sido rigorosamente mantida e orienta as políticas de designação de nomes de domínio e números IP no país, missão central do CGI.br. No Brasil não há intermediadores comerciais de domínios nacionais (os "registrars"), ao contrário da maioria dos outros países – isso significa que o valor pago pela designação de um domínio é sempre o mesmo, atualmente uma anuidade de R$30,00. Essa contribuição anual de cada detentor de nome de domínio é que garante a operação e desenvolvimento de um serviço de gerenciamento de nomes e números que é considerado uma referência mundial de qualidade. O CG mantém um centro de operações de ponta, sediando os servidores-raiz do domínio ".br" – o funcionamento eficaz deste centro de operações garante que qualquer endereço ".br" é localizado instantaneamente de qualquer ponto da Internet. Aliás, o padrão de qualidade é tal que o CG sedia servidores-espelho de vários outros países (tal como sediamos espelhos
de nossos servidores em outros países, para garantir redundância em caso de falha).

Só isso já justificaria plenamente o trabalho do CG. No entanto, ao longo dos anos, houve vários avanços importantes, dando uso adequado aos recursos excedentes provenientes das anuidades. Se não são obrigatoriamente parte do mandato do CG, esses avanços no entanto cobrem lacunas fundamentais que o CG considerou estar em condições de preencher em benefício do desenvolvimento seguro da Internet no país. Entre estes avanços:

– O CG mantém um centro de segurança e resposta a incidentes (o CERT.br) que é considerado também uma referência mundial. O CERT.br mantém cursos especializados de segurança a operadores de serviços Internet, operadoras de telecomunicações, instâncias de combate ao crime (polícia, trabalhadores da justiça), monitora e localiza ataques, além de manter estatísticas desses incidentes. É um centro de apoio essencial no combate a crimes na Internet, pedofilia, fraudes etc.

– Mantém ainda um serviço online de referência sobre o "spam" (Antispam.br), para orientar os usuários sobre como proteger-se de ataques via emails não solicitados.

– Mantém também uma rede de pontos de troca de tráfego nas principais capitais do Brasil, os PTTs. O projeto PTT.br opera sem fins de lucro, permitindo que o tráfego entre as diferentes espinhas dorsais de cada cidade sejam intercambiados para otimizar o fluxo e reduzir os custos de banda Internet para os usuários.

– Mantém um pequeno centro de estudos sobre TICs (o CETIC.br), responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre a disponibilidade e uso da Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da rede no país.

Em 2003 o CG teve uma reestruturação importante, por sugestão de um movimento que juntou a academia (especialmente a RNP) e entidades civis. Tive a honra de participar da elaboração dessa proposta, aceita pelo governo Lula, que significou a efetivação do pluralismo no conselho – até então, os membros não governamentais do conselho eram indicados pelo governo federal. Passou o CG a partir de 2004 a

2. Caso eleito(a), quais serão suas prioridades como membro do Comitê?
Seja eu ou qualquer outro o eleito, espero, em primeiro lugar, que essas conquistas acima descritas sejam preservadas, e que o CG avance ainda mais no uso dos recursos excedentes para apoiar projetos fundamentais de alavancagem das TICs para o desenvolvimento humano no país. O CG não pode resolver problemas cruciais, como a exclusão digital (em um país gigante de 183 milhões em que mais de 40% dos municípios ainda não têm acesso local à Internet), mas seus recursos excedentes podem apoiar projetos estruturantes que ajudem a aprofundar uma estratégia urgente de inclusão digital em todos os seus aspectos (acesso, capacitação, qualidade de serviço, produção de conteúdo etc). Isso já tem sido encaminhado através de comissões técnicas especiais criadas pelo CG para analisar estratégias específicas de apoio para cada setor (inclusão digital, universalização da banda larga, geração de conteúdos digitais, proteção a direitos etc) e precisa avançar ainda mais.

Espero ainda que o CG venha a ter um papel mais ativo na assessoria parlamentar -procurando auxiliar os congressistas na formulação de projetos de lei que sejam consistentes com a complexidade técnica que a Internet envolve cada vez mais, particularmente com a aceleração da convergência entre meios. É importante também que essa visão do CG colabore para a formulação de uma legislação que proteja os direitos básicos de acesso à informação, a liberdade do conhecimento e a proteção à privacidade, e ao mesmo tempo garanta instrumentos eficazes para o combate aos crimes via rede.

3. Caso eleito(a), como prestará contas à sociedade?
Tal como todos os conselheiros do terceiro setor já vêm fazendo: divulgando o trabalho do CG através de artigos, mensagens nas listas de discussão e em contato com as entidades civis de seus setores respectivos.

4. Na sua avaliação, qual deve ser o papel do CGI.Br na construção de um marco regulatório relativo à convergência tecnológica?
O CG tem um mandato claro, já descrito acima. Não tem poder de regulação ou decisão, exceto na alocação de nomes, números e protocolos de conexão e transporte de dados da Internet. Em todo o resto, o CG pode atuar através do apoio a projetos (tal como os exemplos acima e outros) e assessoria às instâncias de governo, dada sua expertise no ramo. É fato que, com a adoção de uma política de separação legal e regulatória entre telecomunicações e os serviços Internet ("serviços de valor adicionado", incluindo conexão, transporte e serviços de informação), há um vácuo legal relativo à convergência. O CG pode e deve contribuir procurando dar o apoio técnico devido e através do apoio a iniciativas específicas de estudo e proposição de marcos regulatórios que contemplem esses processos. Lembremos que a Anatel é um dos membros do CG por parte do governo e assuntos regulatórios são frequentemente debatidos neste.

Entrevista com Gustavo Gindre

Gustavo Gindre é jornalista, mestre em Comunicação e Cultura, e há vinte anos acompanha e participa de movimentos pela democratização da comunicação. É fundador do Instituto de Estudos e Projetos em Educação e Cultura (INDECS), foi secretário-executivo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e faz parte do Coletivo Intervozes, todos com atuação voltada para a área. É membro do conselho gestor de duas ONGs (Centro Radiofônico de Informação Alternativa – CRIAR, e BemTV) e integra a Associação Mundial de Rádios Comunitárias.

1. Como avalia o trabalho do CGI.Br até o momento?
O CGIbr nasceu como uma conquista da comunidade acadêmica, que, em pleno governo FHC, conseguiu criar um espaço plural de governança da Internet, reunindo governo, sociedade civil e academia. O modelo foi sendo aperfeiçado ao longo dos anos (ao mesmo tempo em que o conceito de governança deixava de ser a mera administração de nomes e números para se tornar algo muito mais amplo), culminando com a mudança ocorrida em 2003, quando ampliou-se a participação de membros de fora do governo e realizou-se a primeira eleição do mundo para um órgão de governança da Internet.

2. Caso eleito(a), quais serão suas prioridades como membro do Comitê?
Atuar em cinco temas:

– Governança da Internet, especialmente na continuidade do acompanhamento do IGF. Seja estimulando o debate no interior da sociedade civil, seja atuando para influenciar a posição do governo brasileiro.

– Regulação (debatendo um novo marco regulatório para a convergência e estimulando a reflexão através de bolsas de pesquisa).

– Privacidade x segurança (encaminhamento do PL sobre spam e discussão sobre a Convenção de Budapeste, tendo em vista a assinatura, mesmo que com ressalvas, por parte do Congresso Nacional).

– Atuar para que o CGIbr venha a financiar a disponiblização, em CC, de conteúdos em lingua portuguesa (textos, músicas, vídeos, etc), especialmente a partir do resgaste histórico da produção já existente. Imagina o quanto de nossa cultura ainda não está disponível na Internet e como isso poderia aumentar a sua circulação.

– Fazer parcerias com algumas prefeituras (cinco, dez…) para a criação de redes comunitárias de acesso a Internet (prioritariamente por tecnologias sem fio), que esteja disponíveis para todos os moradores destes municípios (inclusive com acesso domiciliar) e desenvolver uma ampla pesquisa e monitoramento sobre os impactos sociais, culturais e econômicos e os entraves regulatórios e econômicos existentes. A partir desse material, criar insumos para uma política nacional de universalização da banda larga.

E lutar para uma maior transparência do CGIbr.

* – Estes pontos mais detalhados estão na plataforma do Intervozes. 

3. Caso eleito(a), como prestará contas à sociedade?
Informalmente isso já vinha sendo feito, através das listas de discussão que participo e do Boletim Prometheus. A idéia agora é criar um site específico para divulgar pautas e atas e permitir um debate com a sociedade civil.

4. Na sua avaliação, qual deve ser o papel do CGI.Br na construção de um marco regulatório relativo à convergência tecnológica?
O CGIbr reúne os atores principais deste debate (governo, empresariado e sociedade civil), mas ao mesmo tempo não é um espaço decisório. Isso que poderia ser um problema é, na verdade, nossa fortaleza. Por não ter que tomar decisões, o CGIbr está mais livre para promover um amplo debate, que reúna todas as partes interessadas e que possa encaminhar para o Congresso Nacional um conjunto amplo de recomendações.

E isso passa, a meu ver, pelo processo que já está em transito, de contratação de uma consultoria para estudar como a regulação se dá em outros países e como poderia se dar no Brasil. Posteriormente, passa, também, por colocar este material em ampla consulta pública e fazer do CGIbr um espaço de diálogo entre os diferentes atores envolvidos, que poderão livremente tanto criticar os resultados da consultoria quanto estabelecer um debate e uma troca com as demais opiniões apresentadas.

Mas, o CGIbr também pode contribuir com o fortalecimento (mediante apoio) da pesquisa acadêmica sobre o tema.