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Rio de Janeiro terá infovia WiMAX orçada em mais de R$ 40 milhões

No lançamento da iniciativa "Baixada Digital', o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Alexandre Cardoso, revelou que a criação de uma infra-estrutura de rede de âmbito estadual receberá recursos da Faperj, do BNDES e do Minicom. Projeto demandará aportes em torno de R$ 40 mi e deverá ficar pronto em 18 meses.

Em entrevista ao Convergência Digital, o coordenador técnico da infovia, Franklin Coelho, adianta que a tecnologia WiMAX será a base do projeto, com WiMesh, no acesso. O Backbone – com WiMAX – terá suporte e manutenção com recursos do governo. Já a parte ligada à manutenção das antenas de acesso (WiMesh/Wi-fi) serão de responsabilidade técnica e operacional das prefeituras.

"Acreditamos que em seis meses consigamos operacionalizar o acesso gratuito à internet na Baixada Fluminense. Para isso, há um convênio com a Associação dos Municípios. Idéia é levar banda larga para escolas, hospitais, bibliotecas", acrescenta Franklin Coelho, professor da UFF e um dos coordenadores de implementação do Piraí Digital, cidade fluminense que está entre as pioneiras em projetos do tipo no País.

Oficialmente 11 prefeituras da Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro, já revelaram interesse de participar da iniciativa. A contratação de equipamentos para a montagem da infovia ficará a cargo de um consórcio formado pelo governo do estado, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pela Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (Aemerj).

A Faperj entrará com R$ 5 mi. Os demais recursos virão do BNDES e do Minicom, adiantou o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso. O processo de compra dos equipamentos para a construção do backbone e da rede de acesso deverá acontecer o quanto antes, até para atingir um objetivo político: O Rio de Janeiro quer ser o primeiro Estado do Brasil a construir um backbone próprio para o acesso de tecnologia de última geração para serviços de Telecomunicações. Previsão é concluir a Infovia num prazo máximo de 18 meses. O Rio de Janeiro possui 92 municípios.

Compartilhamento à vista

As operadoras de telecomunicações, de acordo com o coordenador do projeto do RJ, já sinalizaram o interesse de utilizar "o corredor estadual" como base para a oferta dos serviços de Terceira Geração e também de IPTV, tão logo o aspecto regulatório fique definido.

"Elas serão clientes do governo do Estado porque a nossa infovia estará presente em todas as cidades (92) do Rio de Janeiro. Mais do que 'vender' para as teles capacidade, também criamos uma oportunidade sem igual para o desenvolvimento de aplicativos", completa Franklin Coelho. O lançamento oficial da "Baixada Digital" aconteceu nesta segunda-feira, 28/01, em Duque de Caxias, com a presença do governador Sérgio Cabral.

A fase de testes do proejto acontecerá em junho deste ano, e o início de operação está previsto para julho ou agosto, quando o sinal já poderá chegar a grande parte dos 11 municípios que já aderiram à iniciativa: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Japeri, Magé, Mesquita, Nova Iguaçu, Nilópolis, Paracambi, Queimados e São João de Meriti. A rede na região tem orçamento previsto de R$ 4 milhões.

"Em julho atingiremos cerca de 75% de abrangência do sinal, chegando a aproximadamente 2,2 milhões de pessoas. Com a parceria das prefeituras, em pouco tempo conseguimos ampliar para 3,5 milhões de pessoas", afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Alexandre Cardoso.

Genius, CPqD e PUC do RS homologam conversores para TV Digital

O Finep selecionou três emprsas para realizar a certificação e homologação dos conversores para a TV digital terrestre, conforme as normas da Sociedade Brasileira de TV Digital. Foram escolhidas – numa licitação onde estiveram presentes 16 instituições: O Genius Instituto de Tecnologia, o CPqD e a PUC do Rio Grande do Sul. Participaram da concorrência, entre outras, entidades como o INPE, o Instituto Eldorado e o Inatel.

Selecionadas – o Genius, o CPqD e a PUC do RS – passam, agora, a dominar todo o ciclo de produção tecnológica ligada à área, da pesquisa ao desenvolvimento do middleware, até o serviço de validação para o mercado.

Os Laboratórios de Verificação de Conformidade dos Receptores de Sinais de TV Digital – a serem controladas pelas três empresas – têm como objetivo realizar avaliação e certificação de conversores, de acordo com as normas do padrão brasileiro definidas pelo Fórum da Sociedade Brasileira de TV Digital (SBTVD).

Valteir Romão, líder de projetos do Genius Instituto de Tecnologia, informa que o o novo laboratório deverá entrar em operação dentro de um ano, na sede do instituto em Manaus (AM), e será uma referência para as indústrias eletroeletrônicas que precisam certificar se os seus conversores seguem as especificações exigidas no mercado.

Para montar o centro de homologação, a FINEP destinará cerca de R$ 730 mil. Os recursos serão usados para reforçar a sua infra-estrutura com os mais modernos equipamentos para recepção de sinais e de geração de conteúdo de áudio e vídeo em ISDB-TB, sistema de transmissão de TV Digital adotado pelo Brasil.

Anatel ainda se esquiva sobre serviços de voz sobre IP

A Agência Nacional de Telecomunicações continua na posição de retaguarda quanto aos serviços de voz sobre IP. Durante o anuncio do novo regulamento de Serviço Móvel Pessoal que aconteceu ontem, 10/12, no Forum Telequest, Ronaldo Mota Sardenberg, presidente daAnatel, não quis falar sobre os planos de numeração para as empresas que operam sob a licença SCM – Serviço de Comunicação Multimídia (que inclui as empresas de VoIP).

Questionado pelo Canal VoIP do Convergência Digital, Sardenberg a princípio disse não saber como andavam as coisas, masdepois reformulou sua posição. 'As coisas (previsão da Anatel) estão se encaminhando. O Conselho Diretor ainda não decidiu nada. Também não posso garantir que em 2008 já tenhamos alguma resposta sobre isso', desconversou.

Em seu discurso aos presidentes das operadoras de telefonia móvel e fixa, empresários e jornalistas, Sardenberg proferiu sobre o programa de trabalho da Agência para 2008, que prevê desde a contratação de pessoal (seria aberto concurso público) à escolha de uma consultoria para auxiliar a Anatel no desenvolvimento de análises de mercado e planejamento e revisão de regulamentos que incluem o SCM. Mas, perante os empresários, nada sobre VoIP foi adiantado.

A Anatel fecha 2007 com orçamento de R$ 356 milhões. No próximo ano, a Agência irá trabalhar com um caixa de R$ 411 milhões.

IPTV

A Brasil Telecom foi a primeira operadora de telecom a lançar oseu serviço de TV pela Internet. Em parceria com a UTStarcom, fornecedora americana de serviços IP, a empresa começa em Brasília a comercializar os serviços de video sob demanda (VOD). A iniciativa, segundo Ricardo Knoepfelmacher, presidente da Brasil Telecom, é expandir ainda mais a solução. 'Nossos planos estão em levar para o próximo ano o serviço para outras cidades do Sul e Centro Oeste', diz.

Ricardo K, como é conhecido, afirma que a atitude da Brasil Telecom deveria servir para que a Anatel desse mais atenção à tecnologia e outorgasse a licitação do fornecimento de IPTV pelas operadoras de telefonia. 'A Anatel precisa entender que a convergência tecnológica está aí e precisamos utilizá-la da melhor forma. Permitir que as operadoras forneçam o serviço não irá monopolizar o mercado, e sim, facilitar ao usuário novas tecnologias', comentou.

Na platéia, opresidente da Anatel, discretamente, disse que isso não depende dele e para a equipe de reportagem do Canal VoIP, completou, alegando ser necessário estudar bem a regulamentação do IPTV no Brasil.

Acordo por Banda Larga muda PPP do Rio de Janeiro

Nesta quarta-feira, 14 de novembro, o Proderj – Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro-divulgará um texto inicial com novas diretrizes para a Parceria Público-Privada (PPP), que será implementada no ano que vem para conectar em alta velocidade todos os 92 municípios fluminenses, já conhecida como PPP da Banda Larga.

"Até quarta, devemos divulgar um novo texto da PPP, informando qual vai ser a postura do Proderj e do governo do estado, com uma revisão diante dos novos acontecimentos frente à decisão da Anatel e do acordo fechado entre as teles e o Minicom", declarou ao Convergência Digital, Julio César da Hora, diretor-executivo do Proderj.

A decisão da Anatel citada pelo executivo do Proderj foi anunciada no último dia 6 e modifica metas do Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU), substituindo a previsão de ligação de 8.461 Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs) por backhauls com infra-estrutura de banda larga em todos os municípios brasileiros.

Com a mudança, a Anatel pretende que 3.570 municípios atualmente sem banda larga sejam beneficiados. A decisão está em consulta pública desde o dia 8 e ficará até o próximo dia 19.  Segundo o diretor-executivo do Proderj, o escopo da PPP da Banda Larga do estado do Rio deve sofrer ligeiras mudanças.

Dúvida, dúvidas….

"O foco deve recair mais sobre a última milha (como será feita e quanto custará a interligação entre o backhaul das teles e os provedores) e sobre a criação de conteúdos", adiantou Julio da Hora. A decisão do comitê que traça as diretrizes da PPP é clara: Como há, agora, a obrigação das teles de instalarem os backhauls, a questão mais sensível passa a ser a última milha.

Isso porque no anúncio do acordo firmado entre o Ministério das Comunicações e as Teles, aprovado pela Anatel, essa última parte ficará sob a responsabilidade dos ISPs e dos operadores SCM.

O grande ponto de interrogação do projeto – e que já é alvo de questionamentos na consulta pública- é saber quem será o responsável por definir os preços a serem cobrados pelas teles para a conexão do backhaul para esses provedores, mesmo para a interligação de escolas públicas, que teoricamente deveriam ser gratuitas, mas não há qualquer posição fechada no acordo firmado ente o Minicom e as Teles.

Os críticos do projeto afirmam que as concessionárias de telefonia fixa exorbitam na cobrança de links de maior velocidade como o fez durante o IP Communications, o consultor legislativo da Câmara Federal, Vilson Vedana. Ele lembrou que o município de Duas Barras, no interior do Rio, solicitou à Oi/Telemar a contratação de um link de 4Mbits. Esperou mais de três meses pela resposta e quando ela veio, o custo orçado ficou em R$ 17 mil, muito acima do orçamento dedicado pela prefeitura local para os projetos de inclusão digital.

A previsão é que o texto definitivo da PPP do Rio de Janeiro fique pronto no início de dezembro. Durante dois meses, ele ficará em consulta pública. As primeiras licitações estão previstas para março de 2008.

Governo negocia a compra 2,5 milhões de notebooks

Representantes do governo e da indústria se reuniram na sexta-feira (09/11) em São Paulo, para debaterem a possibilidade de produção de um notebook para atender às necessidades de professores do Ensino Básico. O governo deseja adquirir uma máquina cujo o preço não ultrapasse R$ 1 mil. Em contrapartida, acena com a possibilidade de comprar ao longo dos próximos anos, um volume estimado em 2,5 milhões de notebooks.

A reunião entre governo e indústria durou toda a tarde desta sexta-feira. Os técnicos do governo apresentaram as linhas gerais do projeto para os fabricantes. Estavam presentes diretores de empresas fabricantes de computadores e os Assessores Especiais da Presidência da República, José Luiz Aquino e Nelson Fugimoto, da Sepin, Adalberto Barbosa, além de Vinícios Ferreira e Geraldo Figueiredo Neto, ambos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior.

Este foi o segundo contato da indústria com o governo para discutir a fabricação dos notebooks. O governo recuou da sua decisão inicial de comprar os notebooks populares que foram desenvolvidos pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), pela Intel e pela indiana Encore. O processo de compras desses equipamentos, por sinal, está atrasado. O governo previa lançar o edital em outubro.

A mudança de planos foi em função de o Ministério da Educação desejar uma máquina mais robusta para os professores. No encontro desta sexta-feira, na capital paulista, não foi fechado nenhum acordo, mas ficou agenda a realização de um novo encontro, em dezembro.

Os fabricantes apenas disseram gostar da idéia do governo e garantiram que irão estudar fórmulas para atender aos requisitos de preço e técnicos. Na proposta que deverá ser apresentada na próxima reunião, os fabricantes deverão pedir algum tipo de medida compensatória, como desoneração da carga tributária, o que baratearia o custo de produção. Essa medida seria além da já adotada pelo governo – a desoneração da alíquota de PIS/Cofins – 9,25%.