Governo negocia a compra 2,5 milhões de notebooks

Representantes do governo e da indústria se reuniram na sexta-feira (09/11) em São Paulo, para debaterem a possibilidade de produção de um notebook para atender às necessidades de professores do Ensino Básico. O governo deseja adquirir uma máquina cujo o preço não ultrapasse R$ 1 mil. Em contrapartida, acena com a possibilidade de comprar ao longo dos próximos anos, um volume estimado em 2,5 milhões de notebooks.

A reunião entre governo e indústria durou toda a tarde desta sexta-feira. Os técnicos do governo apresentaram as linhas gerais do projeto para os fabricantes. Estavam presentes diretores de empresas fabricantes de computadores e os Assessores Especiais da Presidência da República, José Luiz Aquino e Nelson Fugimoto, da Sepin, Adalberto Barbosa, além de Vinícios Ferreira e Geraldo Figueiredo Neto, ambos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior.

Este foi o segundo contato da indústria com o governo para discutir a fabricação dos notebooks. O governo recuou da sua decisão inicial de comprar os notebooks populares que foram desenvolvidos pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), pela Intel e pela indiana Encore. O processo de compras desses equipamentos, por sinal, está atrasado. O governo previa lançar o edital em outubro.

A mudança de planos foi em função de o Ministério da Educação desejar uma máquina mais robusta para os professores. No encontro desta sexta-feira, na capital paulista, não foi fechado nenhum acordo, mas ficou agenda a realização de um novo encontro, em dezembro.

Os fabricantes apenas disseram gostar da idéia do governo e garantiram que irão estudar fórmulas para atender aos requisitos de preço e técnicos. Na proposta que deverá ser apresentada na próxima reunião, os fabricantes deverão pedir algum tipo de medida compensatória, como desoneração da carga tributária, o que baratearia o custo de produção. Essa medida seria além da já adotada pelo governo – a desoneração da alíquota de PIS/Cofins – 9,25%.

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