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Com Yahoo, Microsoft pode ser líder no Brasil

Se concluída, a bilionária aquisição do Yahoo pela Microsoft – um negócio de US$ 44,6 bilhões que pode ficar ainda maior caso a oferta aumente, como tem sido comentado nos últimos dias – dará à companhia de Bill Gates a liderança da internet no Brasil, empurrando para o segundo lugar o arqui-rivalGoogle.

É o que mostram dados do instituto de pesquisa Ibope/NetRatings. Considerando todos os sites, páginas e serviços das companhias de internet que atuam no país, o Google e a Microsoft apareciam praticamente empatados, em dezembro de 2007, na preferência do público brasileiro. Cada companhia registrava cerca de 18,8 milhões de usuários únicos. Quando combinados, porém, os sites da Microsoft e do Yahoo somam 19,1 milhões de visitantes – já deduzidos os usuários que navegam nos sites das duas empresas. Ou seja, com o acordo, a Microsoft ficaria isolada na liderança.

Isso não quer dizer que as coisas serão fáceis para a Microsoft. A diferença em relação à audiência não é assim tão grande e há muitos pontos que podem interferir na preferência do público. 'Por enquanto, é difícil prever o que ocorrerá na prática', diz AlexandreMagalhães, gerente de análise de mercado. 'As pessoas tem suas próprias preferências em relação às marcas e podem deixar de usar uma ou outra, dependendo do que acontecer.'

Não é só isso. No cenário geral da audiência, a Microsoft leva a melhor. Mas dependendo do segmento,a fusão pode ser mais ou menos relevante, avalia Magalhães. O saldo é positivo, por exemplo, no serviço de e-mail gratuito. 'O Hotmail (da Microsoft) e o Yahoo Mail são fortes no Brasil, assim como o Gmail (do Google)', afirma o analista. 'Com a fusão, a Microsoft teria um ganho interessante,por volta de uns 30% (da audiência).'

No segmento dos serviços de busca, porém, onde está a fortaleza do Google, a Microsoft ainda terá um longo caminho pela frente. O Google tem 16 milhões de usuários de seu buscador no Brasil, contra 3 milhões do Yahoo e cerca de 200 mil daMicrosoft. Resultado: mesmo que o negócio se concretize, a diferença continuará enorme.

O segmento de busca está no centro da disputa on-line por causa dos links patrocinados. Esses pequenos anúncios, que aparecem ao lado das respostas às consultas dos usuários, são a base dafortuna do Google, que encerrou seu ano fiscal mais recente, em 31 de dezembro, com uma receita de US$ 16,5 bilhões.

Na avaliação de profissionais do mercado de mídia on-line, a fusão pode ter reflexos positivos ao criar um concorrente com maior potencial para desafiar o domíniodo Google. 'Gostaria de ver um mercado mais competitivo', diz Marcelo Sant'Iago, da agência de marketing MídiaClick. 'Para o anunciante é complicado depositar todos os ovos em uma mesma cesta.'

No Brasil, a possível união entre a Microsoft e o Yahoo pode ter um impacto menor do que em outros países no flanco da publicidade on-line, afirma Sant'Iago. Embora já tenha lançado seu próprio software de distribuição de links patrocinados em alguns países, por aqui a Microsoft continua usando a tecnologia do Yahoo, o que facilitaria a integração dos negócios.

A publicidade na internet vem crescendo, no país, a taxas mais rápidas que o bolo publicitário em geral. Em média, enquanto o mercado avança 7%, os anúncios on-line crescem 20%. Em outubro do ano passado, o volume de investimentos na publicidade on-line já havia superado os gastos feitos em todo o ano de 2006, compara Sant'Iago. E isso considerando que os números do Projeto InterMeios, o principal termômetro do mercado, ainda não incluem os dados do Google.

O que pouca gente sabe ou se recorda, diz o publicitário, é que até 2002 o mecanismo de busca usado pelo Yahoo era o do Google. 'O Yahoo teve a oportunidade de comprar o Google, mas não o fez.'

Apesar de sua larga vantagem na publicidade, porém, o Google tem vários desafios, além da Microsoft. Novas tecnologias estão surgindo em outras companhias, como um software que ajuda a encontrarsons, como palavras ditas em músicas e filmes. 'A internet é um meio muito rápido. A empresa que é líder hoje pode não sê-lo em cinco anos', diz Magalhães, do Ibope/NetRatings.

Google Brasil vai recorrer da decisão sobre páginas ‘ofensivas’ a Edir Macedo

O Google Brasil está decidido a recorrer da decisão da 34ª Vara Cível de São Paulo que o obriga a retirar do Orkut páginas consideradas ofensivas ao bispo e empresário Edir Macedo. Em nota enviada ao Comunique-se, o Google diz entender que há uma confusão entre a autoria das agressões com o meio eleito pelos agressores "para perpetrar tais atos”.

A decisão partiu do juiz Leandro de Paula Martins Constant no dia 13/12. Edir Macedo quer que páginas como “Ñ sou vítima do Edir Macedo” e “Macedo vai tomar no c…” sejam retiradas do site de relacionamentos. Caso não cumpra a decisão, o Google terá que pagar multa diária de R$ 1 mil por página.

O juiz afirmou em sua sentença que os documentos juntados aos autos mostram o caráter difamatório. O Google Brasil comparou o que chamou de confusão à penalização de uma companhia telefônica pela prática de trotes. “O Google acredita que a Justiça reconhecerá o direito de liberdade de expressão na internet brasileira”.

Orkut vai barrar páginas ofensivas à Igreja Universal

Edir Macedo, bispo dono da Igreja Universal, conseguiu aval da Justiça para barrar páginas no site de relacionamentos Orkut. As comunidades contêm conteúdo considerado ofensivo a ele e ao Reino ao qual comanda. A decisão foi tomada em 13 de dezembro. O Google Brasil, responsável pela atuação do site no país, foi condenado a retirar as páginas sob pagamento de multa orçado em mil reais, por dia, e por página no ar. De acordo com a ação, tramitada na 34ª Vara Cível de São Paulo, seriam cinco comunidades no total. O juiz Leandro de Paula Martins Constant, atuante no caso, afirmou ser "inegável" o "caráter ofensivo das decisões das expressões componentes". As comunidades levam o nome de "Eu Mataria Edir Macedo", "Edir Macedo Pedágio pro Céu" e "Farsa Edir Macedo".

As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Banda larga no Brasil cresce 8,3% no 3º trimestre

Entre julho e setembro de 2007, foram comercializadas 544 mil novas conexões em Banda Larga no Brasil, totalizando 7,1 milhões de acessos, um avanço de 8,3% comparado à base instalada no fim do segundo trimestre. Os números foram apurados pela sétima pesquisa Barômetro Cisco de Banda Larga, realizada em conjunto com a IDC Brasil. Este índice de crescimento é um pouco maior do que a taxa de 8% do trimestre anterior. Vários fatores motivaram o crescimento, com destaque para a inclusão digital, introdução de novas velocidades, a queda do preço no acesso para velocidades acima de 1Mbps e a popularização dos pacotes de dual e triple play, além da sazonalidade do mercado.

O acesso residencial continua sendo o principal mercado consumidor de Banda Larga, responsável por 86,3% das conexões instaladas. Já o mercado corporativo tem crescido a taxas menores. Este tipo de acesso representa 13,7% dos assinantes, com uma base que cresceu 2,4% frente ao segundo trimestre do ano. A queda gradual no crescimento se dá principalmente pela proximidade da saturação desse segmento, bem como pelo esforço das companhias telefônicas em migrar seus usuários corporativos para o acesso por meio de Linhas Dedicadas à Internet.

A configuração de tecnologias de acesso no mercado brasileiro reflete diretamente a disponibilidade atual de infra-estrutura de rede de comunicações. Assim, o acesso via xDSL (linha telefônica) ainda equivale à cerca de 75% do total de conexões de Banda Larga existentes no País. Outra tecnologia de acesso que se destaca é o Cable Modem, que detém participação de 22,6% e alcançou a maior taxa de crescimento – 13,1% – em relação ao segundo trimestre. O crescimento desta tecnologia está ligado à melhor qualidade percebida na conexão, que se mantém com velocidade aceitável mesmo em localidades distantes da central da operadora, e à expansão da cobertura do serviço.

A distribuição de velocidade já se concentra em velocidades superiores a 512Kbps, entre as quais se destaca a participação da faixa de velocidade acima de 1 Mbps (27,6%). Assim como no último trimestre, a oferta de velocidades altas a preços mais baixos do que os ofertados no mesmo período do ano anterior (cerca de 30% mais baratos, se comparado o acesso entre 1 e 2Mbps) ainda é um importante acelerador do mercado. Atraídos por novas ofertas, muitos usuários que já tinham Banda Larga optaram por migrar suas conexões para velocidades mais altas, elevando a participação das velocidades em megabits em 1,7%.

Com a maior oferta de Banda Larga em velocidades acima de 1Mbps, acentua-se a queda de preço nesta faixa de velocidade. Assim como no trimestre passado, o acesso entre 1 e 2 Mbps teve redução de 30% em seu valor, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o acesso em velocidades mais altas, acima de 2Mbps, por ainda ser considerado Premium, destinado às classes sociais maisaltas, teve redução menor (4,1%). O acesso em baixa velocidade teve redução de preços, de aproximadamente 12%. Trata-se de um tipo de acesso que já atingiu seu preço mínimo (cerca de R$ 50,00 mensais) e, a partir de agora, deve passar apenas por freqüentes aumentos de banda, sem alterar o valor.

Banda larga por telefonia móvel

A IDC estima que a quantidade de assinantes de Banda Larga por meio da telefonia móvel, no terceiro trimestre de 2007, foi de 268 mil assinantes. Para promover a modalidade de acesso, as operadoras estão subsidiando a aquisição de modems, parcial ou totalmente, franquia de dados contratada e permanência mínima aderida.

Brasil conta com mais de 1,5 mil provedores de acesso banda larga

O Brasil tem 1.761 pequenos provedores de acesso banda larga à Internet. Essa é a conclusão  de um levantamento preliminar realizado pelas cinco associações dos pequenos provedores, que congrega a Abrappit (Associação Brasileira de Pequenos Provedores da Internet e Telecomunicações); a Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviço e Informações de Rede Internet); a Abramult (Associação Brasileira das Prestadoras do Serviço de Comunicação Multimídia); a Global Info (Associação de Provedores de Acesso a Internet); e a Internet Sul (Associação Riograndense dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet).

De acordo com o levantamento, os pequenos provedores estão presentes em 74,2% dos municípios brasileiros que aglutinam  90,7% da população.  Eles afirmam serem responsáveis pela oferta de acessos banda larga em regiões onde não chegam as grandes operadoras de telecomunicações. A tecnologia utilizada é em geral wireless.

Ricardo Sanches, presidente da Abrappit, ressaltou que esse levantamento é o início de um trabalho para justificar junto ao Minicom o pleito de oferecer banda larga em projetos do Governo Federal na última milha. Segundo ele, todas as vezes que reivindicou do órgão chances iguais com a teles nesses projetos, tinha como resposta que não era possível atendê-lo sem saber quem são esses pequenos provedores e onde atuam. “Agora com esses dados nós temos condições de atender o projeto de inclusão digital para as escolas”, afirmou.

Atualmente existem dois projetos do Governo que tratam de inclusão digital e que podem permitir que os pequenos provedores ofereçam o serviço na última milha. Um deles é a licitação do Gesac (Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão) e outro serviço seria o da substituição de 8.461 Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs) por backhauls com infra-estrutura de banda larga em todos os municípios brasileiros.