Banda larga no Brasil cresce 8,3% no 3º trimestre

Entre julho e setembro de 2007, foram comercializadas 544 mil novas conexões em Banda Larga no Brasil, totalizando 7,1 milhões de acessos, um avanço de 8,3% comparado à base instalada no fim do segundo trimestre. Os números foram apurados pela sétima pesquisa Barômetro Cisco de Banda Larga, realizada em conjunto com a IDC Brasil. Este índice de crescimento é um pouco maior do que a taxa de 8% do trimestre anterior. Vários fatores motivaram o crescimento, com destaque para a inclusão digital, introdução de novas velocidades, a queda do preço no acesso para velocidades acima de 1Mbps e a popularização dos pacotes de dual e triple play, além da sazonalidade do mercado.

O acesso residencial continua sendo o principal mercado consumidor de Banda Larga, responsável por 86,3% das conexões instaladas. Já o mercado corporativo tem crescido a taxas menores. Este tipo de acesso representa 13,7% dos assinantes, com uma base que cresceu 2,4% frente ao segundo trimestre do ano. A queda gradual no crescimento se dá principalmente pela proximidade da saturação desse segmento, bem como pelo esforço das companhias telefônicas em migrar seus usuários corporativos para o acesso por meio de Linhas Dedicadas à Internet.

A configuração de tecnologias de acesso no mercado brasileiro reflete diretamente a disponibilidade atual de infra-estrutura de rede de comunicações. Assim, o acesso via xDSL (linha telefônica) ainda equivale à cerca de 75% do total de conexões de Banda Larga existentes no País. Outra tecnologia de acesso que se destaca é o Cable Modem, que detém participação de 22,6% e alcançou a maior taxa de crescimento – 13,1% – em relação ao segundo trimestre. O crescimento desta tecnologia está ligado à melhor qualidade percebida na conexão, que se mantém com velocidade aceitável mesmo em localidades distantes da central da operadora, e à expansão da cobertura do serviço.

A distribuição de velocidade já se concentra em velocidades superiores a 512Kbps, entre as quais se destaca a participação da faixa de velocidade acima de 1 Mbps (27,6%). Assim como no último trimestre, a oferta de velocidades altas a preços mais baixos do que os ofertados no mesmo período do ano anterior (cerca de 30% mais baratos, se comparado o acesso entre 1 e 2Mbps) ainda é um importante acelerador do mercado. Atraídos por novas ofertas, muitos usuários que já tinham Banda Larga optaram por migrar suas conexões para velocidades mais altas, elevando a participação das velocidades em megabits em 1,7%.

Com a maior oferta de Banda Larga em velocidades acima de 1Mbps, acentua-se a queda de preço nesta faixa de velocidade. Assim como no trimestre passado, o acesso entre 1 e 2 Mbps teve redução de 30% em seu valor, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o acesso em velocidades mais altas, acima de 2Mbps, por ainda ser considerado Premium, destinado às classes sociais maisaltas, teve redução menor (4,1%). O acesso em baixa velocidade teve redução de preços, de aproximadamente 12%. Trata-se de um tipo de acesso que já atingiu seu preço mínimo (cerca de R$ 50,00 mensais) e, a partir de agora, deve passar apenas por freqüentes aumentos de banda, sem alterar o valor.

Banda larga por telefonia móvel

A IDC estima que a quantidade de assinantes de Banda Larga por meio da telefonia móvel, no terceiro trimestre de 2007, foi de 268 mil assinantes. Para promover a modalidade de acesso, as operadoras estão subsidiando a aquisição de modems, parcial ou totalmente, franquia de dados contratada e permanência mínima aderida.

0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *