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NET avança sobre o market share de banda larga das concessionárias

A Telefônica tem o maior market share de banda larga do mercado brasileiro, mas quem liderou em adições líquidas em 2007 foi a NET. Dados compilados pelo Teleco mostram que a concessionária de telefonia encerrou o ano passado com 26,6% de participação de mercado, correspondentes a 2,05 milhões de acessos em banda larga. No exercício, as três concessionárias perderam mercado, ao passo que a NET viu sua participação crescer de 15,2% em 2006 para 18,4% no ano passado, com 1,42 milhão de acessos. Mantido o desempenho este ano, a NET pode superar a Oi e a Brasil Telecom, assumindo a segunda posição em market share pelas contas do Teleco.

No ano, a participação da Telefônica caiu de 28,4% para 26,6%. A BrT partiu de 23,3% e encerrou o ano com 20,3% de fatia de mercado, ao passo que a Oi foi de 19,9% para 19,7% ao final do exercício. Os dados do Teleco indicam a BrT como a operadora que leva banda larga ao maior número de municípios brasileiros, 25,7%.

Em adições líquidas, a Telefônica veio em segundo, com 446 mil, ou 115 mil a menos que a NET. A Oi ganhou 390 mil novos clientes e a BrT apenas 250 mil, sendo a única operadora a registrar no ano passado um volume de adesão menor do que no exercício anterior.

Google diz que negócio Microsoft-Yahoo! põe em risco a abertura da internet

O executivo-chefe do Google, Eric Schmidt, disse nesta segunda-feira(17) ter dúvidas de que a Microsoft vá respeitar a 'abertura da internet', caso consiga comprar o Yahoo!. Ele disse estar preocupado com manutenção do livre fluxo de dados na rede.

'Nós deveríamos esperar que qualquer coisa que eles [a Microsoft] fizessem estaria de acordo com a abertura da internet, mas eu duvido disso', afirmou Schmidt, durante conversa com jornalistas na China. Ele citou como exemplo a 'história da Microsoft' e 'as coisas que eles têm feito e que são tão difíceis para todo mundo', mas não deu maiores detalhes.

No fim de fevereiro, a CE (Comissão Européia, órgão executivo da União Européia), multou a Microsoft em 899 milhões de euros (cerca de R$ 2,4 bilhões) por não cumprir as obrigações determinadas em 2004 para corrigir violações às regras de concorrência.

A comissão afirma que a empresa norte-americana cobrou preços excessivos a seus concorrentes para ceder informações essenciais sobre seus softwares, a fim de que outras empresas fabricassem produtos compatíveis.

'Influência ilegal'

Principal alvo da Microsoft com a possível compra do Yahoo!, o Google já havia afirmado que o negócio suscita questões 'perturbadoras'. Em um post publicado em fevereiro em seu blog corporativo, a empresa questiona se a Microsoft pode 'estender para a internet o mesmo tipo de influência ilegal e inapropriada que mantém sobre os PCs'.

Na mensagem, assinada por David Drummond, vice-presidente de Desenvolvimento Corporativo e conselheiro jurídico do Google, a companhia afirma que o negócio é 'mais que uma simples transação financeira, uma empresa comprando a outra'.

'Enquanto a internet premia inovação competitiva, a Microsoft procurou estabelecer monopólios –e então usar sua dominação para novos mercados adjacentes', afirma o executivo.

Batalha

No dia 7 de março, o presidente-executivo da Microsoft, Steven Ballmer, prometeu que sua ganhará mercado diante do Google na publicidade on-line e nas buscas da web, mesmo que isso seja a última coisa que ele faça no comando do grupo. A compra do Yahoo! seria uma forma de alavancar o processo.

'No mercado on-line é só Google, Google, Google, mas estamos no jogo. Somos aquele cara pequeno mas persistente que ganha vindo de trás', afirmou Ballmer.

As negociações entre o Yahoo! e a Microsoft já se arrastam desde o início de fevereiro. A empresa de Bill Gates fez uma oferta equivalente a US$ 44,6 bilhões, que foi rejeitada pelo conselho de diretores do Yahoo!. Agora, a Microsoft deve fazer sua proposta diretamente aos acionistas.

40% dos assinantes têm aparelho com acesso à Internet, mas só 5% usam o serviço

O acesso à Internet via celular poderá vir a ser uma realidade com a 3G. Hoje, apesar de 40% dos assinantes móveis possuírem aparelhos capacitados para navegar na Web, apenas 5% contratam o serviço. Esta é uma das conclusões do levantamento TIC Domícilios 2007, realizado pelo NIC.br, e que avaliou o uso do celular no Brasil.

O incremento do acesso à Internet via 3G poderá vir, afirmam os responsáveis pelo estudo, em função de a nova rede oferecer uma performance mais adequada para a navegação. O grande problema é que os terminais de hoje são para rede 2,5G.

Neste caso, a idéia é que o custo do acesso nessa rede venha a cair com o serviço 3G para atrair o consumidor que já possui um terminal apto para a  contratação do serviço. O estudo revela ainda que apesar do forte predomínio do serviço pré-pago, as aplicações móveis começam a ser mais usadas pelos consumidores.

O envio de mensagens – SMS, por exemplo, cresceu de 4%, em 2005, para 15%, em 2007. Fato que é explicado pelos organizadores do estudo pela estratégia das operadoras brasileiras de reduzirem o custo do serviço.

O envio de mensagens é, hoje, uma atividade comum para mais de 51% dos usuários entrevistados. O serviço é usado, principalmente, por assinantes com idades entre 16 e 34 anos, e com nível de escolaridade superior ou médio. 

O TIC Domícilios 2007 também constatou que 66% dos entrevistados assumiram já ter usado um celular, apesar de apenas 51% responderem possuir um terminal próprio. Isso significa que o compartilhamento do terminal, principalmente, nas classes de menor poder aquisitivo é uma realidade.

O levantamento mostra ainda que a posse bem como o uso do celular, cresce conforme aumenta a faixa de renda familiar, grau de instrução e a classe social. De 2006 para 2007, por exemplo, o percentual de quem usou o celular cresceu de 61% para 66%. Já o índice de quem possui um terminal também cresceu no período de 45% para 51%, muito a partir da estratégia de subsídio adotada pelas operadoras móveis.

O estudo mostra ainda que a faixa etária entre 25 anos e 34 anos é a que apresenta a maior penetração de posse (69%) e de uso (81%). Em compensação, o serviço móvel parece distante da faixa etária com 60 anos. Nesta faixa, somente 22% admitiram possuir um telefone celular e 32% assumiram usar um terminal móvel.

O TIC Domicílios 2007 ouviu um universo de 17 mil pessoas de todas as classes sociais e em todas as regiões do país, entre setembro e novembro do ano passado.

Pesquisa revela que 49% dos usuários ainda usam acesso discado

A terceira edição da pesquisa TIC Domicílios 2007, divulgada hoje pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), mostra o crescimento das conexões em banda larga pelos usuários residenciais: 50% dos domicílios brasileiros que possuem acesso à Internet já têm banda larga. No entanto, outros 42% ainda acessam a rede por meio do acesso discado. Em 2006, a conexão dial-up era predominante, com 49%, enquanto a banda larga representava 40% dos tipos de acesso domiciliar. O crescimento da banda larga no período foi, portanto, de 10 pontos percentuais.

Apesar do crescimento, os fatores socioeconômicos e as desigualdades regionais ainda são os principais determinantes do acesso à Internet no Brasil: quanto maior a renda e a escolaridade, maior o acesso; regiões mais ricas têm mais acesso. Ou seja, a exclusão digital continua acompanhando a exclusão social no país. A principal barreira de posse de equipamentos TIC nas residências continua sendo econômica: o custo elevado do computador (78%) e do acesso à Internet no domicílio (58%). No entanto, o principal motivo declarado que leva o brasileiro a não usar a Internet é a falta de habilidade (55%), reforçando que a posse do equipamento não é pré-requisito para o uso. Outros motivos mencionados são a falta de necessidade ou interesse (39%) e a falta de condições de pagar o acesso (31%).

Produzido pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), o estudo foi realizado entre os meses de setembro e novembro de 2007 e investigou 17 mil domicílios na zona urbana, entrevistando pessoas com 10 anos ou mais, nas cinco regiões do país. A amostra foi desenhada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

A pesquisa apontou que entre as principais atividades desenvolvidas na Internet em 2007 destacaram-se as ações relacionadas à comunicação, lazer e busca de informações online, que foram realizadas por quase 90% dos internautas brasileiros. Na comunicação, a Internet foi usada principalmente na troca de e-mails (72%), na participação em sites de relacionamentos, como o Orkut (64%), e no envio de mensagens instantâneas (55%).

O levantamento também revelou que o ano de 2007 foi definitivo para impulsionar o crescimento do uso da Internet em centros públicos de acesso pago (Internet cafés, lanhouses etc), que se transformaram no local predominante para o acesso à Internet no Brasil. “Esse tipo de acesso pago saltou de 30% em 2006 para 49% em 2007, passando à frente do uso em domicílio, que se manteve estável em 40%, mostrando que a iniciativa privada pode contribuir para amenizar o problema social da exclusão digital no país", comentou Mariana Balboni,gerente do CETIC.br.

Os resultados da pesquisa estão disponíveis em http://www.cetic.br/

Sites recolheram 336 bilhões de dados de internautas em apenas um mês, afirma pesquisa

Um estudo realizado pela empresa americana de pesquisas comScore para o jornal The New York Times mostra que as grandes empresas de internet nunca souberam tanto sobre os hábitos de navegação de dezenas de milhões de internautas, graças à montanha de dados que recolhem sobre eles por meio das buscas que realizam na web. Pela primeira vez, observa o diário, o documento apresenta uma estimativa do volume de dados digitais transmitidos para as empresas.

A primeira conclusão do estudo é que, com base nesses dados, as empresas agora são capazes de prever o tipo de conteúdo que possivelmente os internautas querem ver ou o formato de anúncio que pode gerar alta taxa de resposta e levá-los a comprar um produto ou serviço. Com isso, as companhias pontocom podem cobrar preços mais altos para os anúncios devido ao grande volume de retorno.

As empresas dizem que os internautas não têm se queixado da obtenção de dados online. Mas os especialistas dizem que isso é porque a captura da informação é invisível para eles. Eles dizem que, com certeza elas não adotariam um programa como o Beacon do Facebook, que suscitou muitas controvérsias no ano passado, o qual envia um aviso de alerta quando algum amigo online envia um broadcast com propaganda.

A comScore entrevistou as quinze maiores companhias pontocom para estimar o número de vezes que os dados de um internauta foi transmitido para os servidores da empresa, sem o conhecimento do mesmo. Esse procedimento, denominado 'transmissão de dados de eventos', permite que seja enviado para o endereço de e-mail de um visitante o lançamento de um livro, tendo como base os dados recolhidos sobre as suas preferências de leitura.

Durante um mês, Yahoo!, Google, Microsoft/MSN, AOL e MySpace, capturaram ao menos 336 bilhões de transmissões de dados, segundo a empresa de pesquisa. Somente o Yahoo! tem armazenado 110 bilhões de transmissões, o que dá uma média de 811 transmissões para cada usuário que visitou um de seus sites.

Essas empresas afirmam ter enorme preocupação com a privacidade dos internautas, e que mantêm políticas destinadas a proteger os nomes e outras informações pessoais dos anunciantes. Além disso, dizem que o banco de dados é um 'conforto' para os consumidores, porque faz com que vejam apenas os anúncios mais relevantes para eles.

'Apesar de todos os dados à sua disposição, as gigantes da internet ainda buscam maneiras de obter mais informações, por meio da compra de empresas especializadas na gestão e controle de banners publicitários', acrescentou The New York Times. O Google, por exemplo, adquiriu a DoubleClick – nesta terça-feira (11/3) o site de buscas obteve aprovação da União Européia para o negócio –, que usa cookies para acompanhar os hábitos de navegação dos internautas.

O diário americano prevê que um das conseqüências que isso terá sobre o mercado publicitário será a redução do tamanho da audiência. Isso porque, segundo ele, os anunciantes estão cada vez mais abandonando os sites de jornais e revistas para aqueles que são capazes de informar quem são os seus usuários e quais são seus hábitos de navegação na web.