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Conversor feito em Manaus custará R$ 300, diz fabricante

A Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e o governo do Amazonas anunciaram a fabricação em larga escala de um conversor para a TV o digital que chegará ao consumidor por R$ 299. Produzido pela Proview Eletrônica do Brasil, ele funciona com o software Ginga, que permite a interatividade.  

Em dezembro, a Suframa disse que o aparelho custaria R$ 120 para o comércio. Mas, segundo Tseng Ling Yun, presidente da Proview, os R$ 299 vieram com sacrifício da margem de lucro. "Foi reduzida a margem de lucro de um produto mais básico para no futuro, com as novas gerações de conversores, retomarmos a margem de lucro." Ele disse que a indústria investiu US$ 3 milhões em pesquisa e serão investidos mais US$ 2 milhões em equipamentos.

Os aparelhos chegam ao mercado no dia 15 de março. A fabrica produzirá 100 mil aparelhos por mês.

As informações são da Agência Folha.

Justiça recusa ação de Hélio Costa contra colunista no Estadão

Em coluna a ser publicada no dia 3 de fevereiro, domingo próximo, o  jornalista do jornal O Estado de São Paulo, Ethevaldo Siqueira, comemora a recusa pela Justiça Federal da ação do Ministro Hélio Costa contra ele. Ao Portal IMPRENSA, o colunista comentou a decisão nesta sexta-feira, 01/02. "Minha idéia é que, pelo meio jornalístico, esse fato se dissemine".

Por sentir-se ofendido com as críticas feitas em artigo publicado pelo colunista na edição de 04/02/2007 do Estadão, especialmente quanto ao processo de escolha do padrão de TV digital, o ministro Hélio Costa ingressou com queixa-crime na Justiça Federal. E o fez mesmo depois de utilizar espaço equivalente à coluna, de meia página, cedido pelo jornal para sua resposta, na edição do domingo seguinte (11/02/07). Ao julgar o mérito da ação, a Juíza Janaína Rodrigues Valle Gomes, da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, a rejeitou por considerar que não houve justa  causa.

Siqueira não tinha dúvidas de que a sentença lhe seria favorável. "Eu tinha absoluta tranqüilidade de que não estava imputando nenhum crime. Na sentença fica bem claro que a minha coluna não se enquadra em nenhum dos casos de injúria, calúnia e difamação. Eu não escrevi nada contra a pessoa do Hélio Costa, apenas desqualifiquei a ação do ministro".

Como o ministro teve direito de resposta, o colunista afirmou ter se surpreendido com a ação. "O ministro tem um passado como jornalista e radiodifusor; ele deveria ser impedido de entrar na Justiça após ter esse espaço para resposta. O ministro entrou com uma ação para me intimidar, é uma forte truculência, um abuso de poder. A minha acusação era apenas à falta de ética de um ministro que toma uma posição. Ele deveria atuar como juiz e ser  neutro na escolha do sistema de TV digital japonês".

Siqueira ainda completa: "Em minha defesa estavam anexadas 26 notícias sobre a escolha do padrão japonês. Um ministro que julga um processo seletivo não pode tomar posição. Isso envergonha o Brasil. Os outros dois concorrentes – americanos e europeus – não tinham estímulo. O jogo já estava definido".

O sistema japonês a que Siqueira se refere é o padrão escolhido pelo governo brasileiro para formatar a TV digital no país. "Eu nunca tive uma razão plausível para desconfiar do sistema japonês. Não se trata de escolher o melhor, mas o país tem que ter a melhor relação custo/benefício. E o sistema japonês interessava a algumas emissoras, que já tinham os equipamentos compatíveis. É um absurdo esquecer o interesse de milhões de espectadores pensando em poucas emissoras. Não temos nem conteúdo digital, não adiantava escolher um sistema com essa demagogia, com esse populismo".

O jornalista afirma nunca ter conversado com Hélio Costa, já que muito antes da confusão estabelecida pela coluna, o ministro já tinha cortado o diálogo. "A única vez que eu o encontrei foi em Salvador (BA), e ele me pediu para parar de falar sobre a TV digital. Ele não ouve argumentos que divergem da sua opinião. Ele tem que pensar na sociedade brasileira. Não dava para escolher  um sistema pensando apenas no objetivo eleitoral. Porque esse ano é ano de  eleição, e ele vai gritar no palanque: 'eu implantei a tv digital'."

Procurada pela reportagem do Portal IMPRENSA, a assessoria do ministro Hélio Costa não respondeu à entrevista.

Hélio Costa diz que conversores de R$ 230 estarão nas lojas em fevereiro

O ministro Hélio Costa (Comunicações) disse nesta terça-feira que, no mês que vem, chegarão ao mercado conversores para a TV digital sob um custo de R$ 230. Segundo o ministro, o preço dos conversores vem caindo significativamente, e a tendência é que esse ritmo continue nos próximos meses.

"O principal tipo de compressor de imagens, o Mpeg 4, que vinha encarecendo o conversor brasileiro, está sendo adotado no mundo inteiro. Isso quer dizer que ele terá escala mundial para ter um preço compatível com a popularização da TV digital, conforme nós prevíamos", afirmou, após participar da assinatura dos contratos de consignação de canais para operarem no sistema digital no Rio de Janeiro.

Segundo Costa, dois fabricantes de conversores já informaram que disponibilizarão o produto, no Rio de Janeiro, por R$ 230. A expectativa do ministro é que o novo sistema já esteja disponível na capital fluminense em até três meses.

Hélio Costa classificou como bem-sucedidas as vendas dos conversores em São Paulo, que tem acesso à TV digital desde 2 de dezembro. Ele informou que 700 mil televisores já tem acesso ao sistema digital, sendo que 10 mil são aparelhos já convertidos na fábrica.

"Todos os conversores e televisores disponíveis para receber a TV de alta definição foram vendidos", observou.

Na visão do ministro, a grande procura inicial elevou o preço do conversor, que era vendido por até R$ 1.100, na capital paulista. segundo ele, o produto já pode ser encontrado por R$ 400.

"Com a curiosidade pelo produto, aliada o maior poder aquisitivo da população de São Paulo, valia qualquer preço. Agora não, vale o bom produto aliado ao melhor preço. É o que vamos ter no Rio de Janeiro e nas demais capitais", declarou.

Costa disse ainda que continua negociando a possibilidade de implementação de uma fábrica de semicondutores, com tecnologia japonesa, no país. para isso, frisou que deve haver demanda do mercado nacional e latino-americano, e não apenas uma vontade por parte do governo.

"Isso não é questão de desejo do governo, e sim, de expectativa de mercado. E estamos provando que temos mercado, e há chances de construção dessa fábrica no futuro", afirmou.

Venda de set-top boxes ainda “está devagar”, dizem fabricantes

A venda de receptores de TV digital aberta ainda não deslanchou. "Está devagar, o que não é inesperado. O consumidor tem que ser mais exposto ao produto", disse uma fonte em uma das empresas fabricantes. Para ele, as vendas vão aumentar quando as pessoas começarem a perceber a vantagem do sinal digital. "Hoje os canais já anunciam que determinada programação está disponível em alta definição, mas é preciso que o consumidor veja esta programação em HD para perceber a vantagem", disse.

A fonte divide o consumidor potencial de set-top boxes entre os que querem ter acesso à alta definição e os que querem apenas melhorar a imagem em seus aparelhos de tubo de imagem. Para os primeiros "o movimento combina a troca dos aparelhos de tubo pelos de LCD". No segundo caso, segundo a fonte, ainda é necessário resolver questões de áreas de sombra na cidade de São Paulo (por enquanto a única com transmissão digital).

Campanha contra

Embora acredite que a venda aparelhos esteja adequada à exposição da nova tecnologia ao consumidor, e que o aumento da vendas virá com o aumento desta exposição, a fonte diz que há "quem trabalhe contra a rápida adoção da tecnologia pelo público". Para ele, "a imprensa tem publicado várias matérias afirmando que o preço dos receptores ainda está alto, o consumidor tende a esperar mais para comprar seu aparelho".

Lembrado de que o próprio Ministério das Comunicações vem reclamando dos preços dos set-top boxes, o fabricante de equipamentos ponderou que "é estranho que o ministro (Hélio Costa), que trabalhou tanto pela rápida adoção das transmissões, esteja orquestrando esta campanha".

Amorim cobra de japoneses instalação de fábrica de semicondutores no Brasil

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, cobrou do Japão a instalação de uma fábrica de semicondutores no país para atender à demanda de produtos da TV digital no país, que segue o modelo japonês. Amorim fez o apelo na abertura das comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil, hoje (17), no Itamaraty.

“Confiamos que uma fábrica de semicondutores pode ser instalada no Brasil”, disse Amorim, falando em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apenas acompanhou o evento.

Em novembro passado, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que um grupo formado por engenheiros das duas nações debate a instalação da indústria. O custo mínimo está estimado em US$ 500 milhões.

Já o vice-ministro de Negócios Estrangeiros do Japão, Hitoshi Kimura, destacou a ajuda dos 300 mil brasileiros que vivem no Japão na revitalização da economia de seu país. Logo depois, Amorim disse que é bom ouvir que a comunidade brasileira “contará com as mesmas oportunidades de inserção social”.

O presidente da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, Kokei Uehara, agradeceu o acolhimento dado à comunidade japonesa, que soma 1,5 milhão de pessoas. “Graças a esse país tive os melhores professores da minha vida. Fico bravo quando alguém diz que o Brasil não tem professor de qualidade”, contou Uehara, que chegou ao país com nove anos de idade.

O ministro Amorim lembrou que o Japão já foi o segundo maior parceiro comercial do Brasil, mas perdeu posições por causa da estagnação de sua economia há alguns anos e da instabilidade e inflação alta no mercado brasileiro. Porém, continuou, as duas nações já superaram esses problemas e podem retomar as negociações para impulsionar o comércio bilateral.

De acordo com informações divulgadas pela Presidência da República, os investimentos japoneses no Brasil passaram de US$ 648 milhões, em 2006, para US$ 800 milhões, no ano passado. A agência japonesa de promoção comercial prevê investimento da ordem de US$ 1 bilhão em 2008.