Intervozes expressa preocupação com condução de conselho

A construção de mecanismos de participação da sociedade civil na formulação, acompanhamento e fiscalização de políticas de comunicação tem sido uma das principais bandeiras levantadas pelo movimento de democratização da comunicação. Está na plataforma dos 20 pontos selecionados a partir do que foi proposto pela Conferência Nacional de Comunicação. Os conselhos são alguns exemplos da possibilidade de efetivar essa ampliação democrática, porém enfrentam diversos obstáculos. Nesse sentido, o Intervozes lançou nota apresentando preocupação com o “esvaziamento” do Conselho de Comunicação da Bahia, único estadual que funciona atualmente.

Em nota, o Coletivo Intervozes expressa sua preocupação com a atual situação de esvaziamento do Conselho Estadual de Comunicação da Bahia e defende a necessidade urgente de elaboração do Plano Estadual de Comunicação. Para Pedro Caribé, membro do coletivo que compõe o conselho baiano, “a situação do Conselho é sintomática de concepção retrograda sobre as políticas no setor, a que já estamos mais familiarizados no governo federal. A lógica de Paulo Bernardo e Helena Chagas é a mesma do secretário de comunicação e presidente do Conselho, Robinson Almeida”.

Caribé afirma que o Conselho tem se negado a discutir questões de grande impacto no âmbito estadual, como a das verbas da publicidade oficial e a da radiodifusão pública. “Há também uma série de problemas operacionais, inclusive deslegitimação dos encaminhamentos do colegiado e até do frágil regimento; bem como falta de transparência e fluxo informacional com a sociedade e também com membros do Conselho”, critica.

De acordo com o representante do Sindicato dos Trabalhadores de Rádio, TV e Publicidade (Sinterp-BA), Everaldo Monteiro, o Conselho deveria implementar primeiro o que já foi definido como prioridade pela Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), antes de tentar realizar uma conferência estadual. “Estão comprando um desafio grande na realização da conferência estadual sem um projeto estadual baseado no que foi tirado pela conferencia nacional. Se você não consegue implementar o que foi acordado, você não pode criar qualquer alternativa que substitua o que tem que ser feito. O Conselho agora deveria pegar um dos 20 pontos definidos pelo FNDC e pelo próprio Conselho e ver o que é prioridade”, defende.

O Coordenador Especial de Políticas Públicas da Secretaria de Comunicação (Secom-BA) nega que existam os problemas apontados pela nota, criticando o que chamou de “fogo amigo”. “Não existe um plano estadual completo, mas existem diversos elementos que estão se constituindo do ponto de vista prático como plano”, explica Antônio do Carmo. Segundo ele, “o conselho tem se apresentado como um pólo para as principais questões de comunicação do estado”. Como exemplo, aponta o debate organizado recentemente pelo Conselho sobre o audiovisual com os grupos ligados a  esse setor na Bahia.

O evento “Diálogos de comunicação” é apontado por Antônio do Carmo como exemplo de que as demandas da sociedade civil estão sendo atendidas. No próximo dia 12, na Assembléia Legislativa da Bahia acontece a terceira palestra do ciclo, que tematiza a “Democratização da comunicação”. Participarão do debate a coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, a representante da Frente Parlamentar pelo Direito à Comunicação (Frentecom), deputada Luiza Erundina, e o diretor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Rodolofo Machado.

Outros locais como o Rio Grande do Sul e o Distrito Federal recentemente iniciaram processos de implementação de conselhos estaduais, mas encontram-se estagnados. Em Alagoas, a última gestão do conselho que se encontra inativo se esforça para a reinstalação do órgão e para voltar ao funcionamento.

Segue abaixo nota na íntegra:

Intervozes vê com preocupação a condução do Conselho Estadual de Comunicação da Bahia

Embora esteja previsto pela Constituição Estadual de 1989, o Conselho Estadual de Comunicação da Bahia só começou a virar realidade em 2007, quando organizações sociais passaram a pautar o tema, tendo em vista o quadro de renovação política do executivo estadual, sob compromisso de avançar os mecanismos da democracia participativa. A partir de então, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social esteve presente em todos os passos fundamentais, envolvendo, para isso, vários/as de seus/as associados/as, tanto na Bahia quanto em outros estados.

A organização sempre esteve presente nas discussões, contribuindo para a construção da relação entre Estado e sociedade. Nesse sentido, participou do Grupo de Trabalho (GT) que organizou as Conferências Estaduais, em 2008 e 2009, bem como do GT responsável pelo Projeto de Lei que serviu como base para a regulamentação do CEC, em 2011.

Também há, por parte do Intervozes, uma preocupação central com a articulação dos movimentos sociais, o que foi visto durante a organização da Comissão Pró-Conferência, em 2009; a constituição da Frente Baiana pelo Direito à Comunicação, em 2011, além de inúmeros seminários, encontros e reuniões que contaram com a participação do Intervozes, que sempre atuou no sentido de incidir e positivar o direito à comunicação.

Tal contribuição foi reconhecida a ponto de organizações sociais terem votado em um integrante da organização, Pedro Caribé, para que ocupasse uma das vagas da sociedade civil na primeira gestão do Conselho (2012-2013). Desde então, o Intervozes tem contribuído para divulgar, ao máximo, todo o processo, com o qual nosso representante esteve organicamente envolvido. Apesar dessa disposição, as últimas movimentações internas ao Conselho tornaram difícil que mesmo um membro deste tenha condições de participar e, assim, prestar contas da atuação à sociedade, em geral.

O esvaziamento da presença do movimento social foi perceptível na última reunião ordinária do Colegiado, realizada dia 29 de maio, quando apenas cinco dos onze membros que integram a Frente Baiana estiveram presentes. Nas Comissões, também há dificuldade de se garantir a participação das entidades, o que fez com que, inúmeras vezes, as reuniões contassem exclusivamente com a participação de empresários e de representantes do governo.

Nos dois "Diálogos de Comunicação", promovidos pelo Conselho, só estiveram presentes nas mesas de discussão os membros de corporações empresariais e do governo. No primeiro, sobre inclusão digital, a campanha nacional "Banda Larga é Um Direito Seu!" não foi convidada a contribuir. No segundo, que discutiu audiovisual, foi ignorada a contribuição das associações de produtores independentes na mesa.
 
São muitos os motivos para tal situação. Em termos operacionais, existem limitações como a presidência vitalícia do Secretário de Comunicação e a vigência de um regimento interno que engessa os encaminhamentos, já que ele torna necessária a votação de 2/3 dos membros para que qualquer tema seja aprovado.

Ainda assim, pontos básicos não são cumpridos, haja vista: falta de transparência dos processos com os conselheiros e também com a sociedade, em geral; ausência de funcionários suficientes que deem conta das demandas administrativas; não cumprimento de pontos regimentais, como divulgação das pautas e mecanismos para participação dos membros como o auxílio transporte; além de deliberações do Conselho que são negligenciadas, como transmissão ao vivo das reuniões e fluxo de informações dos encaminhamentos das comissões.
Existem também motivos políticos que retiram a autonomia do Conselho, como a presença de um representante diretor do setor empresarial na coordenação da Assessoria de Políticas Públicas da Secretaria de Comunicação (Secom), responsável por secretariar o Conselho e desenvolver as políticas aprovadas nas conferências – espaços privilegiados de participação e proposição de políticas.

Outro problema a ser destacado é a falta de encaminhamentos que correspondam às suas atribuições legais do Conselho, como a elaboração de um Plano Estadual. Na falta deles, tem sido mantido o histórico conservador das políticas de comunicação e também os limites à liberdade de expressão na Bahia, um estado marcado por tradições autoritárias. Em suma, o Conselho não demonstra condições a dar respostas à Conferência Estadual de 2008 ou a elaborar um Plano Estadual, conforme aponta a Lei. Consequentemente, se solidifica um quadro no qual as entidades passam a desacreditar nos potenciais do órgão, e assim, se distanciar.

Dessa forma, o órgão ainda não teve sequer acesso de como se dá a distribuição das verbas publicitárias oficiais; não articulou as instituições competentes para encaminhar denúncias de violação aos direitos humanos promovidas em programas policialescos ou mesmo teve condições de agir em relação ao cerceamento da atividade jornalística, a exemplo dos ataques do torturador Átila Brandão ao jornalista Emiliano José; também não apontou uma ação complementar estadual ao Plano Nacional de Banda Larga; muito menos ações integradas para o desenvolvimento da comunicação livre e comunitária.

O resultado deste quadro é que um instrumento com características pioneiras pode terminar sua primeira gestão muito aquém da expectativas geradas em todo país.

Democracia se constrói. É um processo que envolve garantia de direitos, estabilidade e autonomia das instituições, tudo isso com transparência e participação popular. E até o momento, o Conselho Estadual de Comunicação da Bahia não tem materializado esses pilares.

Por tudo isto, o Intervozes vê com preocupação os próximos passos sob responsabilidade do órgão, inclusive a realização da 3º Conferência Estadual de Comunicação, aprovada na última reunião ordinária para acontecer até o fim de 2013. As conferências no setor se configuraram como mecanismos ímpar para participação popular, porém, já há experiência de que essa participação só pode se tornar realmente efetiva se for acompanhada de vontade política e, em particular, de mecanismos institucionais que o Conselho Estadual ainda receia garantir, o que potencializa um quadro de diluição desse mecanismo.

Ao final, mantemos a proposta apresentada em março deste ano de realizar a III Conferência Estadual no primeiro semestre de 2014, já sob posse de um Plano Estadual e normalização do cotidiano institucional do Conselho.

Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social

Entidades pernambucanas lançam manual de leitura crítica da mídia

Redação – Assessoria Auçuba

Será lançada, na próxima sexta-feira (5), a publicação “Manual Prático (muito prático mesmo) de Leitura Crítica de Mídia”, uma parceria do Centro de Cultura Luiz Freire, Fundação Ford e Auçuba- Comunicação e Educação, através do programa Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia do Recife. O lançamento será às 19h, no auditório da escola (Rua do Bom Jesus, 147 – Bairro do Recife), com debate aberto ao público sobre democratização da mídia.
 
O lançamento contará também com sessão especial do Cine Bomba Cultura e Comunidade e com oficina de direito humano à comunicação. O “Manual Prático (muito prático mesmo) de Leitura Crítica de Mídia” pode ser conferido no link http://issuu.com/oikabumrecife/docs/manual_pr_tico_visualiza__o_web .

São Paulo debate monopólio midiático, internet livre e cobertura de manifestações

O sentimento de insatisfação com a mídia brasileira ficou evidente durantes os atos públicos ocorridos no mês de junho e aos poucos toma forma. As palavras de ordem contra o oligopólio dos meios de comunicação e a indignação frente a cobertura da mídia comercial ganha aos poucos o reforço do debate coletivo. Essa é a proposta que está sendo levada a frente em São Paulo pelo grupo que organizou a “Assembléia Popular Temática – Mídia e Democracia” e que realiza no dia 3 de julho (quarta) às 19h uma aula pública sobre Democratização da Comunicação no vão do Masp.

Segundo um dos organizadores do evento, Pedro Ekman, do Coletivo Intervozes, “a aula pública irá apresentar infográficos para ilustrar as discussões e vídeos como os produzidos pelo projeto Freenet e o ‘Levante Sua Voz’ que devem dar subsídios ao aprofundamento da reflexão e dos debates”. Os temas a serem discutidos são divididos em três debates: o monopólio na mídia e a democracia brasileira, a internet livre e para todos e a cobertura da mídia das mobilizações populares.

Para Veridiana Alimonti, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que participa do debate sobre internet livre, “garantir a inclusão digital com qualidade deve ser prioridade nas políticas públicas, a partir de metas e compromissos do Estado com seus cidadãos. Se não pudermos nos conectar, se não conseguirmos navegar e não tivermos liberdade para criar e compartilhar, então continuaremos sendo excluídos”.

Leonardo Sakamoto, conhecido pelo seu blog em que discute questões referentes aos direitos humanos, discute na aula pública a cobertura da mídia nas manifestações. Segundo ele, o que se tem observado da comunicação nas grandes manifestações revela um fenômeno complexo de “clivagem geracional.”. “Não se trata só de uma questão de direita ou esquerda, pois houve muita pressão interna nas mídias tradicionais e muita gente na alternativa não entendeu nada do que aconteceu”, afirma.  Para Sakamoto, há uma mudança em curso na forma de se produzir informação.

O evento se pretende também uma preparação para o ato contra o oligopólio da comunicação, que acontece no dia 11 de julho, em frente à Globo. Além disso, haverá um flash mob com cartazes pela aprovação do Marco Civil da Internet e as aulas serão transmitidas on line pela mídia Ninja.  Para mais informações: https://www.facebook.com/events/539413272773506/

Debates temáticos:

– O monopólio na mídia e a democracia brasileira: Pedro Ekman (Intervozes) e Renata Mielli (Barão de Itararé)

– Internet livre e para todos: Sérgio Amadeu (CGI) e Veridiana Alimonti (Idec)

– A cobertura da mídia das mobilizações populares: Leonardo Sakamoto (Blog do Sakamoto) e Renato Rovai (Revista Fórum).

Conselheiro apresenta relatório sobre direito de resposta ainda nesta semana

O conselheiro Ronaldo Lemos, do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, informou nesta segunda-feira (1º) que pretende distribuir seu relatório sobre o projeto de lei do direito de resposta até o fim desta semana. O PLS 141/11, do senador Roberto Requião (PMDB-PR), trata também da retificação de matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículos de comunicação.

Segundo o relator, a proposição “está bastante madura" e as contribuições recebidas até agora são passíveis de serem agregadas ao texto. Ronaldo Lemos também adiantou que as intervenções do conselho são valiosas, mas pontuais, e não devem sugerir alterações profundas no projeto.

Como o Conselho de Comunicação Social tem caráter consultivo, as sugestões não necessariamente serão acolhidas. Aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado no início de maio, o PLS 141/11 aguarda inclusão em Ordem do Dia para votação no Plenário do Senado.

Audiência

Na reunião conduzida pelo presidente do órgão, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, os conselheiros também ouviram a exposição do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que completa cinco anos em 2013. Nelson Breve defendeu investimentos no sistema digital público.

Já o vice-presidente do conselho, Fernando Cesar Mesquita, sugeriu que os veículos públicos ligados ao Executivo e ao Legislativo dialoguem para melhorar a comunicação com os jovens.

Comissões

Os conselheiros também definiram nesta segunda-feira os coordenadores das cinco comissões temáticas do conselho. Os grupos terão os seguintes coordenadores: Miguel Ângelo Cançado (Comissão de Marco Legal e Regulatório); Ronaldo Lemos (Comissão de Tecnologia de Informação e Comunicação); José Catarino do Nascimento (Comissão de Conteúdos em Meios de Comunicação); Alexandre Jobim (Comissão de Liberdade de Expressão e Participação Social); Gilberto Leifert (Comissão de Publicidade e Propaganda). Os coordenadores têm a tarefa de organizar agendas, convocar reuniões, zelar pelos prazos e comandar os trabalhos e as deliberações.

As comissões não têm poder deliberativo, mas a atribuição de apresentar estudos e pareceres que lhe forem encaminhadas pelo Congresso a respeito de Comunicação Social, em especial sobre liberdade de manifestação do pensamento, propaganda comercial, finalidades artísticas e culturais e outorga e renovação de concessões.

Democratização da comunicação também é defendida nas grandes manifestações

Quem participou dos atos públicos ocorridos no mês de junho, que iniciaram criticando o aumento da passagem de ônibus e passaram a falar de quase tudo, puderam observar algumas iniciativas individuais, espontâneas e esporádicas de se falar do monopólio das comunicações e das tentativas de manipulação da opinião pública por parte da mídia. Conforme o sentimento crescia em meio aos manifestantes, tomou-se a iniciativa de articular essa insatisfação e transformar a dispersão em força transformadora.

Em São Paulo, no dia 25 de junho, diversas entidades se organizaram e conseguiram reunir cerca de 300 pessoa no vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP) para discutir democratização da comunicação. Na avaliação de Pedro Ekman, do Intervozes, a “Assembléia Popular Temática – Democracia na Mídia” deixou evidente que “o entendimento que se começa a ter do problema é que ele não se refere só aos políticos, mas também ao monopólio da comunicação, pois o povo que não se vê representado pelos políticos também não se vê representado pela mídia”.

O evento, realizado mesmo debaixo de chuva, conseguiu discutir o apoio ao Projeto de lei da Mídia Democrática, a universalização da banda larga, o esforço pela aprovação do marco civil da internet, com garantia da neutralidade de rede, a política de concessões de TV e rádio para políticos, a tentativa de manipulação dos protestos pela velha mídia, a garantia de acessibilidade plena às pessoas com deficiência auditiva e visual, além do fim do “jabá” e do controle externo do ECAD.

Como desdobramento da Assembléia Popular Temática será realizada uma aula pública no dia 3 de julho (quarta) que terá como temas “o monopólio na mídia e a democracia brasileira”, “a Internet livre e para todos” e “a cobertura da mídia das mobilizações populares”.

Distrito Federal

Em Brasília a organização partiu de outro evento, a “Assembléia dos Povos do DF”, que reuniu centenas de ativistas no dia 23 de junho. A mídia e a comunicação foram apontados como prioridade de atuação e foi programado um ato público para a tarde do dia 28 (sexta) que manifestasse a crítica ao monopólio da comunicação e à violência policial.

Segundo a jornalista e militante Raquel Lasalvia que participou da manifestação, “marcamos uma posição, expressando que esse levante das ruas também é contra a mídia brasileira, que é bastante concentrada, e tem a Globo como representante maior deste monopólio”.

Dentro do eixo de mídia e comunicação, a Assembléia dos Povos do DF definiu suas pautas prioritárias que são a democratização da mídia e da internet, o fim da criminalização do exercício do direito à comunicação e “fora Paulo Bernardo”. A próxima reunião desse grupo está marcado para o dia 6 de julho (sábado), às 14h.

Espirito Santo

Em Vitória, no Espírito Santo a Assembléia Popular organizou um ato em frente à TV Gazeta com cerce de 3 mil pessoas “por conta da forma como a mídia vem tratando as manifestações”, explica Karina Moura, do Centro de Comunicação e Cultura Popular Olho da Rua. A empresa teria feito uma cobertura tendenciosa dos atos públicos. Na mesma semana, a TV Educativa do Espírito Santo teria editado uma entrevista do professor Vítor Gentilli, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), retirando sua crítica aos meios de comunicação.

Os manifestantes na Assembléia Popular do Espírito Santo definiram uma lista de principais reivindicações em que constam “criar mecanismo de comunicação que contemple as comunidades com acesso a informações via banda larga” e “ a não criminalização dos movimentos sociais”.

Minas Gerais

A Assembleia Popular Horizontal em Belo Horizonte organizou um grupo temático sobre “Democratização da Mídia” que discutiu no dia 25 (terça) propostas a serem trabalhadas durante os atos públicos. Entre as questões que vem sendo discutidas se destacaram o apoio à campanha Para Expressar a Liberdade, o Passe Livre Digital (um plano metropolitano de banda larga, que garanta o acesso de todos à internet grátis e de qualidade), auditoria e transparência das empresas de comunicação social que prestam serviço para o estado, a criação de um Conselho Municipal de Comunicação Social e um Conselho Estadual de Comunicação Social, a neutralidade da rede (no contexto do Marco Civil da Internet) e uma abordagem positiva da Democratização da Comunicação nas manifestações e Assembleias.

Rio de Janeiro

Um ato público deve ser realizado também em frente à TV Globo no Jardim Botânico no próximo dia 5 (sexta), no Rio de Janeiro. A Frente Ampla pela Liberdade de Expressão (Fale Rio) se articula para realizar uma assembléia popular temática na capital carioca, porém não tem data nem local definidos até o momento.