Produtoras brasileiras e canais estrangeiros já planejam co-produções usando incentivo fiscal

Produtoras e canais de TV já estão planejando produções financiadas com ajuda do incentivo fiscal Artigo 3ºA da Lei do Audiovisual. Segundo Patrick Siaretta – sócio da Moonshot, que, além de cinema, produz para canais por assinatura, e da Casablanca, que produz conteúdo para a Record – os canais com os quais vem negociando já estão contabilizando o uso do novo mecanismo para financiar suas co-produções com produtoras independentes.

Segundo Siaretta, a Moonshot deve produzir este ano um seriado para o canal AXN que deverá contar com dinheiro incentivado pelo Artigo 3ºA. Trata-se de uma série dramática com título provisório de "Santo Forte" e que retrata a vida de um taxista que ganha poderes premonitórios após vencer uma doença rara com a ajuda do Candomblé. Além desta, a Moonshot deve gravar a segunda temporada da série "9mm: São Paulo" a partir de setembro. "Devemos produzir quatro séries para TV e dois longas este ano, além da versão mexicana do reality 'Top Model' (derivado do formato America's Next Top Model)", diz o executivo.

Em uma entrevista coletiva sobre os nove episódios adicionais da primeira temporada de "9mm: São Paulo" nesta sexta, 16, Katia Murgel, diretora de programação e produção da Fox Latin American Channels do Brasil, confirmou que o volume de produções deve aumentar com o Artigo 3ºA. "Cada vez mais vamos produzir localmente, e as regras de incentivo vão ajudar", disse.

Incentivo fiscal

O Artigo 3ºA, vale lembrar, autoriza canais de TV, aberta ou por assinatura, a investirem na co-produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente 70% do imposto devido sobre a remessa de recursos enviados ao exterior para aquisição de direitos de transmissão de obras audiovisuais ou eventos internacionais.

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