Operadoras de celular pedem à Anatel toda a freqüência do MMDS

A disputa pela ocupação da frequência de 2,5 GHz (escolhida como um dos padrões mundiais para acolher a quarta geração da telefonia móvel) é que motivou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a retirar de pauta a retomada das licitações de TV paga por MMDS (via microondas) e restringir a concessão de novas licenças à TV a cabo.

E as celulares resolveram entrar na briga para valer. A Acel (entidade que representa as operadoras móveis) enviou, no ano passado, uma carta à Anatel formalizando o pleito para a destinação integral da faixa do MMDS para o Serviço Móvel Pessoal (SMP). Para as móveis, a proposta formulada pela área técnica da agência, de retirar 80 MHz do MMDS de um total de 190 MHz que elas possuem hoje, é pouco. “Com esses 80 MHz, quatro empresas de celular ficarão com 10 MHz cada, o que é muito pouco para a oferta da banda larga móvel”, argumenta um executivo. Hoje as celulares têm um total de 80 MHz cada, divididos em diferentes faixas de freqüência.

O interessante da posição da Acel é que ela também está falando em nome da Vivo, empresa que tem como sócia a Telefônica, que defende a manutenção da faixa de 2,5 GHz para o MMDS.

Os operadores de TV por assinatura, por sua vez, reagem até mesmo à proposta da área técnica da Anatel, de perderem um quinhão de sua freqüência. Argumentam que precisariam de todo o espectro para competir no mercado de vídeo e de dados.

Além da pressão do mercado, o próprio conselho diretor da Anatel está dividido quanto a esta questão. Há quem ache que a proposta da área técnica de destinar apenas 80 MHz para a LTE (quarta geração) é muito tímida e o ideal seria mesmo alocar maior parte desse espectro para os serviços móveis.

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