IPI denuncia 93 mortes de jornalistas no mundo em 2007

Nesta quinta-feira (08), o Instituto Internacional da Imprensa (IPI, na sigla em inglês), com sede em Viena, divulgou seu relatório anual, em que constata que 93 jornalistas morreram no ano passado, enquanto exerciam a profissão. Quase a metade destes profissionais foram mortos no Iraque.

O documento, batizado "Relatório da Liberdade de Imprensa do Mundo 2007" alerta que o está cada vez mais difícil para que os jornalistas desempenhem suas funções no Iraque, devido ao clima de medo e insegurança no país. "O Iraque demonstrou ser o lugar mais perigoso da Terra para informar, como comprovam os 42 repórteres que morreram de forma violenta por causa dos conflitos que assolam o país", diz o relatório.

De acordo com o relatório, excluindo o russo Dmitry Chebotayev, todos os profissionais de imprensa mortos no Iraque eram iraquianos, o que significa ser alto o preço que se paga para "informar sobre seu país". O texto diz, ainda, que maior parte dos que morreram trabalhava para veículos de comunicação norte-americanos e britânicos e, em quase todos os casos, os profissionais foram assassinados pelas milícias extremistas do país.

Com relação às causas das mortes, o IPI diz que dos 42 mortos no Iraque, 25 foram baleados, oito morreram em explosões, dois foram espancados e um morreu em conseqüência de um ataque de helicóptero militar dos Estados Unidos. Seis jornalistas foram encontrados mortos depois de terem sido seqüestrados, mas não foi possível determinar a causa de suas mortes.

Além da violência no Iraque, o relatório denuncia o aumento das prisões e a progressiva intromissão de autoridades do país e também das forças americanas no trabalho dos repórteres, que não têm acesso a determinados lugares, o que censura a cobertura jornalística.

Como destaque, o IPI cita a proibição do Parlamento ao trabalho da rede Al Jazeera no país, a pressão contra a produtora Wassan e a proibição de que a imprensa se aproxime de áreas atingidas por bombas momentos após o ataque.

Além do Iraque, o relatório aborda as oito mortes de jornalistas na Somália e os impedimentos do Governo do Zimbábue ao trabalho da imprensa. Com relação à América, a entidade aponta que 13 jornalistas foram mortos em 2007.

* Com informações da Efe

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