‘Faltou política industrial para baratear conversor’, diz Semeghini

Por meio de nota oficial, o deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, criticou o governo, que lançou o a TV Digital sem se preparar para dar condições de produção de conversores para a população de baixa renda. "Erraram na política industrial", disse nesta segunda-feira (03/12), o prlamentar, ao comentar a demora do governo em anunciar incentivos para a produção em grande escala de conversores da TV digital.

Segundo o deputado, que participou neste domingo (02/12) da cerimônia que marcou o início das transmissões digitais da TV aberta em São Paulo, o governo deveria ter traçado uma estratégia para que os conversores disponíveis já no lançamento da TV digital tivessem preços mais acessíveis.

Na avaliação de Semeghini, o conversor chegou às redes varejistas a um custo muito acima do desejado pelo governo e pelos consumidores por falta de incentivos à competição na indústria nacional. Os benefícios ficaram limitados à Zona Franca de Manaus.

Para ele, o conversor da TV digital deveria ser tratado como um bem de informática, e sua produção deveria estar inserida em uma política industrial séria que estimulasse a competição na indústria nacional.

A opção do governo de manter incentivos para a produção dos novos equipamentos a uma única região acabou diminuindo o interesse na fabricação dos conversores.

O deputado lembrou que a indústria de equipamentos para antenas parabólicas, por exemplo, que também precisará de conversores com a tecnologia digital, produz principalmente fora da Zona Franca.

Quase um ano e meio após a assinatura do decreto que instituiu o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem a liberação de R$ 1 bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para tentar baratear o preço dos equipamentos.

Entretanto, a medida não deverá alcançar a indústria por enquanto. "Não adianta financiar conversores com um preço alto. É preciso uma política industrial que reduza o seu custo", completou o deputado.

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