Acessos em banda larga das teles superam os das redes de cabo

No segundo trimestre, o número de adições de acessos em banda larga nas redes das teles foi superior ao registrado nas redes de cabo. Dos 493 mil novos consumidores, 70% ingressaram nas redes de par trançado de cobre. O movimento foi inverso ao que aconteceu no trimestre anterior, no qual as TVs por assinatura abocanharam cerca de 60% das 300 mil adições de assinantes. Os dados são do levantamento trimestral Barômetro Cisco de Banda Larga, realizado pela IDC.

Na opinião de Pedro Ripper, presidente da Cisco, patrocinadora da pesquisa, essa inversão se deve ao fato de no primeiro trimestre as empresas de TV por assinatura terem feito pesados investimentos para tornar suas redes bidirecionais e assim expandir a oferta de banda larga. No segundo trimestre, entretanto, as operadoras de telefonia reagiram com pacotes promocionais e como têm muito mais capilaridade conseguiram reverter o quadro.“Onde tem rede de cabo, as operadoras têm boa participação. Uma coisa é certa, onde tem mais competição o preço tende a cair”, disse ele.

Os 493 mil novos consumidores representam um aumento de 8% em relação ao primeiro trimestre do ano e totalizam uma base de 6,54 milhõesde usuários. Em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o aumento foi de 35,9%.

O presidente da Cisco diz estar satisfeito com o resultado da pesquisa. “Foi positivo, mas sempre é possível melhorar. Os gargalos já são conhecidos: capilaridade da rede, competição limitada e carga tributária. Trabalhando nesses pontos o crescimento será maior”, acredita ele.

Os maiores crescimentos foram registrados nas velocidades mais altas e nas mais baixas. Na faixa superior a 1 Mbps, a participação de mercado chegou a 25,9%, seguida pelas velocidades entre128 Kbps e 256 Kbps com 13,5%. Segundo Ripper, a leitura desse resultado é que a base de clientes de velocidades intermediárias está migrando para as velocidades mais altas, enquanto aqueles que tinham conexão discada começam a entrar em banda larga nas velocidades mais baixas.

Este é o primeiro ano que a pesquisa considera os acessos oferecidos pelas operadoras móveis, que já somam 250 mil. Ripper opina que esse será um meio de forte crescimento e um fator de ampliação da competição. “No fundo, todas essas empresas disputam o mesmo cliente”, afirmou.

 Active Image

0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *