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Anatel registra 1,5 milhão de reclamações sobre telecom em 2009

Os números de reclamações contra operadoras de serviços de telecomunicações na Anatel chegaram a 110,8 mil em dezembro de 2009. O resultado só é maior do que o registrado em novembro do mesmo ano (106,2 mil) e a dezembro de 2008 (103,9 mil). No mês de março, por exemplo, as reclamações chegaram a 146,1 mil. O total de reclamações no ano chega perto de 1,5 milhão. O serviço móvel, com maior número de assinantes, é o responsável por mais da metade das reclamações. Em dezembro foram 56,9 mil queixas contra as celulares. 

O número maior de reclamações é sobre o serviço de cobrança das celulares, seguido das queixas contra o atendimento, serviços adicionais, promoções, reparos, cancelamento, bloqueio e desbloqueio, planos de serviços e código de acesso. A operadora com maior número de reclamações em dezembro foi a Brasil Telecom, seguida da Oi, TIM, Claro, Vivo, CTBC, AEIOU e Sercomtel.

A telefonia fixa, com menor número de assinantes (41,6 milhões ante 173,9 milhões das móveis), recebe proporcionalmente mais queixas, fechando dezembro com 36,5 mil reclamações. Apesar de alto, o número é menor do que o registrado em dezembro de 2008, quando foram anotadas  39,7 mil queixas contra as concessionárias. A TIM lidera o ranking de reclamações, seguida da Telefônica, BrT,  Embratel, Oi, GVT, CTBC, Sercomtel e Intelig. Os principais motivos de queixa são cobrança, reparo, atendimento, bloqueio, instalação de acessos individuais, cancelamento, planos de serviços, mudança de endereço, código de acesso e serviços adicionais.

Os serviços de acesso a internet fecharam dezembro com 11,3 mil reclamações sobre  reparo, cobrança, instalação, cancelamento, atendimento, bloqueio, mudança de endereço, contrato de prestação de serviço e provedor de acesso. Esse número é menor do que o registrado em dezembro de 2008, de 14 mil queixas.

As TVs por assinatura foram responsáveis por 4,7 mil reclamações de assinantes em dezembro de 2009 ante 3,5 mil queixas registradas em igual período de 2008. Cobrança, reparo, atendimento, cancelamento, instalação, programação, bloqueio, mudança de endereço, serviço de valor adicionado e serviços adicionais são os motivos das reclamações.

Conexão de banda larga no Brasil está entre as piores

O Brasil figura entre as conexões de banda larga com menor qualidade no mundo, revela estudo envolvendo consumidores de 42 países. O país obteve 13 pontos na avaliação da qualidade de banda larga, ficando acima apenas de Chipre, México, China e Índia. A velocidade média de download registrada foi de 1.052 Kbps e a de upload, 344 Kbps. Já a latência ficou em uma média de 170 ms (micro-segundos).

O estudo foi realizado por uma equipe de pesquisadores da Said Business School da Universidade de Oxford (Reino Unido) e do Departamento de Economia Aplicada da Universidade de Oviedo (Espanha), com patrocínio da Cisco. A equipe de pesquisadores calculou médias estatísticas para cada país a partir de três parâmetros de desempenho para determinar a qualidade de uma conexão de banda larga: velocidades de download e de upload, e latência (medida de demora na transmissão de dados). O Japão, primeiro no ranking, é apontado como o único país que se mostrou preparado para oferecer a qualidade necessária para os aplicativos web da próxima geração nos próximos três a cinco anos.

Segundo o índice, o mercado de banda larga no Brasil revela uma competição com alto nível de fragmentação, já que o serviço é oferecido por muitos players. Além disso, a diversidade tecnológica da banda larga está em um nível médio, com grande concentração no ADSL (72%) e cabo (22%). “A análise da qualidade das conexões  ajuda a ter métricas adicionais sobre a evolução dos serviços de banda larga do Brasil e em específico de sua capacidade para suportar as aplicações de internet de próxima geração”, comenta Pedro Ripper, presidente da Cisco do Brasil.

* Com informações da assessoria de imprensa da Cisco.