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Positivo sinaliza preço mais baixo para laptop educacional

Em entrevista ao Convergência Digital, o presidente da Positivo Informática, Hélio Rotenberg, assegura que a fabricante renegociou com os fornecedores e obteve uma margem para reduzir o custo final do equipamento. Expectativa é que governo reabra, assim, na próxima semana, o pregão, suspenso no final do ano passado.  Até lá, a Positivo prevê a produção e a entrega de 3000 mil novos Classmates, até o final de fevereiro. Até o momento, já foram fabricados 5000 equipamentos no modelo.

Para Rotenberg, o edital do pregão  59/2007 foi "muito bem" elaborado pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação(FNDE). Isso porque, observa o executivo, foram incluídas obrigações significativas, como por exemplo, a garantia de três anos para os laptops educacionais, que serão utilizados por crianças com idade de sete a 10 anos.

"É claro que são equipamentos com alto grau de probabilidade de ter problemas, já que são crianças mexendo com eles. A garantia foi uma segurança para o MEC", ressalta Rotenberg. O presidente da Positivo Informática lamenta o fato de o projeto reunir tanta informação contraditória.

"O laptop educacional é uma iniciativa que precisa ser incentivada. A Positivo Informática e a Metasys ( que desenvolveu o sistema operacional) são nacionais. São empresas que geram empregos no Brasil. Isso não é para ser levado em consideração? Foi essa a política de Informática criada pelo Governo: Atrair empregos. Por que a OLPC não fabrica aqui?", questiona Rotenberg.

O presidente da Positivo Informática assegurou que a companhia poderá apresentar uma nova proposta ao governo – com custo menor – mas não quis adiantar o quanto poderá negociar. "Quero crer que podemos reabrir o pregão e apresentar nossa proposta. Tenho convicção que os técnicos do governo vão entender que há situações distintas", enfatizou Rotenberg ao Convergência Digital.

Com ou sem o pregão, a produção local do Classmate continua na fábrica da Positivo, no Paraná. Até o final de fevereiro, 3000 equipamentos serão entregues para escolas públicas e para um município onde a fabricante venceu uma concorrência ( o nome da localidade não foi revelado). No total, a Positivo já produziu 5000 equipamentos Classmate no Brasil.

As contradições

A compra dos laptops educacionais é um projeto considerado prioritário no Governo Lula. Ele teve o comando de César Alvarez, homem de confiança do presidente e a quem foi delegada a tarefa de conduzir o projeto de inclusão digital.

A questão é que na "hora da verdade", o "XO", desenvolvido pela OLPC, fundação de Nicholas Negroponte, foi uma grande decepção. Isso porque a OLPC participou do pregão 59/2007, representada pela SIMM Soluções, distribuidora de equipamentos. A proposta final ficou em R$ 104 milhões, muito acima do desejado pelos técnicos governamentais.

A decepção foi inevitável. Até porque o "XO" vendeu a imagem de custar US$ 100, quando na verdade, esse preço nunca foi concretizado de fato, principalmente, num edital público e com exigências de manutenção, instalação e implantação. No comunicado distribuído à CVM, a Positivo Informática busca esclarecer a comparação que foi feita do processo brasileiro com o realizado no Uruguai.

"Precisamos deixar claro que editais públicos para esses equipamentos só foram realizados dois até o momento: O do Uruguai e o do Brasil",destacou Rotenberg ao Convergência Digital. "A questão é que eles são bastante distintos. No Uruguai, não há qualquer obrigação de instalação, a produção não precisa ser local e os equipamentos serão entregues num depósito central. Aqui, no Brasil, há várias exigências impostas pelo FNDES", completa o presidente da Positivo Informática.

Rotenberg prefere acreditar que o pregão para a aquisição de 150 mil laptops educacionais será retomada pelo governo Lula. Não crê na possibilidade de uma suspensão definitiva por parte do FNDES. Se isso ocorrer, o pregão vencido pela Positivo fica anulado e há a possibilidade de o governo realizar um outro modelo de aquisição. "Sinceramente quero crer que o pregão eletrônico é o melhor modelo. As regras são claras e há a garantia que os equipamentos têm de funcionar. Vamos lutar para que o processo prossiga", completou.

Críticas ao XO

No comunicado enviado à CVM, a Positivo faz duras críticas ao projeto do computador de US$ 100. Assim como também destaca que já foi lançado na mídia o conceito de um equipamento similar ao custo de US 75.

"Infelizmente, existem vários fatores que hoje inviabilizam a concepção de um produto de qualidade e que atenda às necessidades mínimas dos estudantes por esse valor. E pior, estabeleceu-se esse preço como verdade absoluta, quando nem mesmo o seu idealizador consegue realizar o que prometeu", destaca a fabricante.

"É preciso ter em mente os diversos fatores que compõem o produto final: além do valor de US$ 100 não ser suficiente para produzir o hardware, não basta simplesmente fabricá-lo, é preciso uma continuidade de serviços que, com certeza, não foram levados em consideração no conceito do computador do aluno. O governo brasileiro realizou um pregão rígido com solicitações adequadas para garantir que o projeto de notebook educacional tenha continuidade, pensando na garantia estendida para três anos, instalação, configuração e toda parte logística de distribuição, que não foram incluídos no preço que o mercado está usando como referência", ressalta ainda o informe.

No comunicado, a Positivo destaca que sempre trabalhou para apresentar um notebook educacional de preço acessível, sem limitação de recursos e, ainda, já com conteúdo educacional. Para isso, conta com uma divisão especializada no desenvolvimento de Tecnologia Educacional que trabalha tanto os recursos de hardware como os de software, já tendo implantado diversos projetos-piloto com o emprego do Positivo Mobile Classmate.

Na esfera particular estão: o Colégio Visconde de Porto Seguro (São Paulo/SP), Instituto Gay Lussac (Niterói/RJ), Colégio Notre Dame (Campinas/SP), Colégio Dante Alighieri (São Paulo/SP) e Fundação Bradesco. Na esfera pública: Escola Professora Rosa da Conceição Guede (Piraí/RJ) e na Escola Estadual Dom Alano (Palmas/TO).

Explica ainda o processo relativo à licitação realizada em outubro de 2007 pelo governo do Uruguai. Nela, a Positivo Informática participou com uma oferta de US$ 245 (R$ 457,90*) por equipamento, não sendo, entretanto, a empresa vencedora. Segundo o comunicado, essa comparação fez com que "erroneamente a imprensa estabeleceu uma comparação direta entre a licitação uruguaia e a brasileira, quando as diferenças dos editais são muitas".

E esclarece: "Primeiro em relação à logística: no Uruguai, todos os equipamentos seriam entregues num depósito central e não precisariam ser instalados. Já no Brasil, a empresa vencedora será responsável pela entrega em 300 escolas públicas e pela instalação e configuração, não só do Positivo Mobile Classmate, mas também de um servidor que será fornecido pela escola.

Os editais também se diferem quanto à garantia do equipamento: no Uruguai, correspondia a apenas 90 dias para peças, já no Brasil, são três anos onsite (no local), além do fato de que os computadores serão manuseados por crianças de 7 a 10 anos, que em muitos casos, transportarão o computador para casa.

E, finalmente, há o aspecto financeiro. No Uruguai, o pagamento foi feito de forma antecipada e isento de todos os tributos, enquanto no Brasil, o pagamento só será efetuado depois da instalação e configuração dos computadores, o que em média, gera uma espera de 115 dias. Também é importante ressaltar, que os preços do pregão incluem todos os impostos, como foi solicitado no edital. E ainda, existe uma grande possibilidade de isenção de alguns impostos, que hoje totalizam R$ 50, 87, e serão descontados integralmente ao preço final.

Todos esses fatores fazem com que exista um acréscimo no valor final do produto de aproximadamente R$ 206,62 na licitação brasileira em relação ao proposto ao governo uruguaio. Outro diferencial corresponde ao fato de se levar em consideração o impacto social, uma vez que todos os produtos da Positivo Informática são produzidos no Brasil, e gera mais de três mil empregos diretos. Na licitação do Uruguai, não existia a obrigatoriedade de fabricação local e os produtos foram fabricados na China, que apresenta um ganho no preço pela escala, mas não gera nenhum emprego", conclui o comunicado da empresa.

Ciclo debate relação da comunicação com o ambiente escolar

Internet, lan-houses, TV digital e a popularização dos computadores. De que forma essas inovações estão impactando a educação? Este é o tema do ciclo de debates "A Comunicação Invade a Escola!" que acontece de 27 a 29 de novembro no auditório do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC). Promovido pela Bem TV – Educação e Comunicação o evento começa sempre às 16 horas com a exibição de vídeos, jornais, sites e spots de rádio produzidos por jovens de escolas públicas de todo o país.

No primeiro dia de discussão o tema será "A Escola em Tempos de Transformação Social". A proposta é avaliar a forma como a escola está (ou não está) acompanhando as profundas transformações por que passa a sociedade contemporânea, a partir da recente revolução tecnológica na área de comunicação. O segundo debate aborda especificamente o impacto e uso da "Internet na Escola".

No dia 27 serão analisados os espaços e perspectivas de ação protagônica do jovem no ambiente escolar. Nesse dia haverá ainda o lançamento da publicação "A Comunicação Invade a Escola!", que apresenta a experiência da Bem TV no desenvolvimento do projeto Educomunicar, realizado em parceria com o Instituto Unibanco.

O projeto, que inclui o ciclo de debates "A Comunicação Invade a Escola!" entre suas atividades, já capacitou 60 professores de 20 escolas públicas (municipais e estaduais) de Niterói para usar a comunicação como metodologia pedagógica. Rádios escolares, fanzines, jornais, vídeos e websites desenvolvidos por crianças e jovens surgiram como desdobramento dessa capacitação em 7 das escolas parceiras. Em 2007 pelo menos outros 10 projetos de comunicação terão início em estabelecimentos de ensino envolvidos este ano com o projeto.

Para mais informações, acesse www.bemtv.org.br ou escreva para bemtv@bemtv.org.br
Telefone para contato: 21-3604-1500 (Aline)

Nove mil escolas ganharão laboratórios de informática em 2008

Um total de 9 mil escolas públicas urbanas receberá laboratórios de informática a partir do próximo ano. Na semana passada, a Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) aprovou a empresa, classificada por meio de pregão eletrônico, que responderá pelo fornecimento e instalação dos telecentros nas escolas que ainda não têm laboratórios.

A escolha foi confirmada após teste prático dos equipamentos. Diretores e técnicos da secretaria avaliaram uma amostra de laboratório idêntica às 9 mil estações que serão fornecidas. O exame durou dois dias e avaliou se os equipamentos atendiam os requisitos e configurações exigidos pelo Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo).

Cada laboratório será composto por dez microcomputadores com estabilizador de tensão, uma impressora a laser e um roteador. Com a aprovação do Ministério da Educação, a empresa começará a entregar e a instalar as estações em escolas de todo o país no início do próximo ano. A empresa deve oferecer todo o suporte necessário às escolas beneficiadas.

Desde o início deste ano, o ProInfo expandiu seu atendimento de 1,8 mil para 5,3 mil municípios, passando de cerca de 6,5 mil para 13 mil escolas. “Praticamente universalizamos o atendimento às escolas de ensino médio brasileiras”, afirma o diretor do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica da Seed, José Guilherme Moreira.

Até 2010, cerca de 80 mil escolas da quinta à oitava série sem laboratórios de informática devem estar equipadas pelo ProInfo, 20 mil delas em 2008.

Certificação digital

O Ministério da Educação anunciou também que assinou convênio para adoção de certificação digital com Caixa Econômica Federal. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, com a assinatura eletrônica os gestores públicos educacionais poderão se relacionar eletronicamente com o MEC com mais segurança.

Entre as transações eletrônicas facilitadas pela certificação digital estão o Censo Escolar, informações sobre as condições do programa Bolsa Família e até convênios firmados entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e estados e municípios.

De acordo com o secretário executivo do MEC, José Henrique Paim, todas as secretarias municipais de educação já estão equipadas com computadores. “Os próximos passos são a conectividade e a efetivação da certificação digital, possíveis a partir da assinatura desse convênio com a Caixa”, afirma.

Curso capacita professores para uso do rádio em sala de aula

Os professores participantes do projeto Correio Escola, da Rede Anhangüera de Comunicação (RAC), têm a partir de agora uma nova oportunidade para se envolver com a mídia e levá-la para a sala de aula. A partir desta semana, uma parceria com a Faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) possibilita que os professores participem de um curso de radiojornalismo, ministrado até o final do ano.

As aulas vão ocorrer nos estúdios de rádio da Faculdade de Jornalismo e serão ministradas pelo jornalista e professor Luiz Roberto Saviani Rey, que também leciona a disciplina na graduação. As aulas vão abordar a história da radiodifusão no Brasil, as características da linguagem e dos programas radiofônicos, além das técnicas de produção e edição. O objetivo do curso, segundo Saviani, é capacitar os docentes para que instituam o rádio como ferramenta educativa.

“Queremos que os professores dominem as técnicas de produção do rádio e possam utilizá-las para envolver os alunos e utilizá-las para divulgar informações na escola”, explicou Saviani, que há mais de 20 anos é professor na PUC-Campinas. “O curso de rádio é um sonho antigo da professora Cecília (Pavani). Eu resolvi abraçá-lo porque acredito na grande potencialidade do rádio como ferramenta educativa”, completou o professor, que ministra as aulas voluntariamente.

Capacitação

As aulas de rádio não são obrigatórias aos professores participantes do Correio Escola, que a cada 15 dias promove encontros com os docentes no auditório da RAC. As atividades na PUC-Campinas ocorrerão nas segundas-feiras em que não há atividades do projeto. “Esse curso é a grande novidade do ano para os professores”, explica a coordenadora e idealizadora do Correio Escola, Cecília Pavani.

A professora Iolanda Soldatti, da E.E. Professor Newton Pimenta Neves, é uma das participantes do Correio Escola que participarão do curso de rádio. Ela pretende ativar uma emissora que havia na escola. “Decidi fazer o curso para ter mais elementos para aplicar na produção de programas”, contou ela, durante a primeira aula, realizada na última segunda-feira.

O curso de rádio é mais um contato que os professores terão com a produção de mídias. Durante o ano, os docentes também participam da elaboração de jornais sobre assuntos relacionados à educação e à atualidade. Neste ano, já foram produzidos dois números: um sobre meio ambiente e outro sobre tecnologia na escola.

Programa Mídias na Educação deve ser ampliado no 2º semestre

Profissionais de tecnologia da informação e coordenadores pedagógicos de escolas públicas estão reunidos nesta segunda e terça-feira (23 e 24/4), em Brasília, para discutir sobre o uso da televisão, vídeo, rádio, informática e impressos em sala de aula. Ao final do encontro, eles apresentarão sugestões de aperfeiçoamentoao programa Mídias na Educação, criado pelo Ministério da Educação para capacitar profissionais a usar tecnologias da informação e da comunicação no ensino.

A diretora do Departamento de Produção e Capacitação em Programa de Educação a Distância do MEC, Leila Lopes deMedeiros, afirma que a idéia é romper com a forma tradicional de ensino, em que só professor ensina e o aluno observa o que é dito de forma passiva. 'A partir da exibição do programa é que se abre um tanto de atividades. Há uma co-autoria como estratégia de aprendizagem. Professor e aluno trocam de posição o tempo inteiro. É isso que dá a dinâmica ao processo. O aluno não fica lá escutando o professor. Ele tem a dizer, o professor também têm a dizer e os dois têm de pesquisar muito.'

Segundo a diretora, atualmente, 10 mil professores de todo o país estão participando da capacitação e cerca de 30 instituições de ensino superior contribuem com soluções de tecnologia para o programa. A capacitação está dividida em três níveis de certificação constituindo ciclos de estudo: o ciclo básico, de extensão, com 120 horas de duração; o intermediário, de aperfeiçoamento, com 180 horas; e o avançado, de especialização, com 360 horas.

Para o segundo semestre está em estudo uma nova versão do programa, com a previsão de que até mais 15 mil profissionais da educação sejam capacitados. O secretário de Educação Superior, Ronaldo Motta, diz que o objetivo é ampliar, gradualmente, o número de profissionais capacitados pelo programa. 'Idealmente podemos chegar a casa de milhões. Acredito que na educação pública básica brasileira não há nenhum professor que possa ser dispensado da oportunidade de ter acesso a umconjunto de elementos como esse.'

Em 2005, foi implementada a versão piloto, on-line, do Mídias na Educação para 1,2 mil potenciais multiplicadores e tutores de todos os estados brasileiros. No ano passado, entrou no ar a versão on-line do ciclo básico, com certificação em extensão, para 10 mil profissionais de educação básica do sistema público em todo o país.

Com informações da Agência Brasil.

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