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Entidades defendem o uso de software livre na União Européia

BRUXELAS – Várias entidades de governos europeus, apoiadas pelo grupo Verdes no Parlamento Europeu lançaram, nesta quinta-feira, uma iniciativa para pedir o fim do "monopólio" da Microsoft e a utilização de softwares livres (de código-fonte aberto) nas instituições governamentais comuns da região.

A Fundação Européia de Software Livre, a Associação de Mercado Europeu de Softwares e a organização Open Europa decidiram apresentar uma queixa formal diante da Comissão de Petições do Parlamento Europeu.

No texto, as organizações denunciam que o uso dos sistemas e plataformas da Microsoft por parte dos governos e entidades europeus limita a participação dos cidadãos ao não permitir a interoperabilidade com softwares de outras empresas e outras tecnologias, obrigando os governos e, conseqüentemente cidadãos, a utilizar uma única tecnologia.

Como exemplo, as entidades que protestam citaram a transmissão, ao vivo e online, das sessões da Câmara Comum, que só podem ser assistidas através do software Media Player da Microsoft, e o correio eletrônico dos congressistas, que possuem um único formato em comum, lido apenas no Outlook, também da Microsoft.

Na petição, os grupos defensores do software livre – como o Linux – destacam que "a interoperabilidade e a neutralidade das soluções tecnológicas são princípios básicos da União Européia, que devem ser defendidos tanto pelo Tribunal Europeu de Justiça como nos concursos públicos e nas próprias instituições".

WAN registra 106 mortes de jornalistas em 2007

Segundo relatório apresentado na segunda-feira (19/11) pela Associação Mundial de Jornais (WAN), 106 jornalistas foram assassinados no mundo desde o início de 2007. Quarenta e cinco deles morreram no Iraque, país considerado mais perigoso para o exercício do jornalismo. Os dados chegam perto dos 110 registrados no ano passado, considerados um recorde.

O levantamento feito pela WAN tem números registrados entre junho e novembro. Nesse período, 16 profissionais morreram no Iraque. Se considerarmos as mortes desde 2003, quando as tropas norte-americanas invadiram o país, o número chega a 150.

Para tentar mudar o quadro, jornalistas iraquianos fundaram o Grupo para a Segurança da Mídia Iraquiana (IMSG), iniciativa elogiada pela associação.

América Latina e Central
Sete profissionais de imprensa foram mortos nas Américas Latina e Central. Um deles foi o brasileiro Ajuricaba Monassa de Paula, assassinado por um vereador em Guapimirim (RJ). Três são da Colômbia. A WAN lembra que jornalistas latino-americanos continuam sendo vítimas de "assassinatos, ameaças e assédio" quando investigam temas como corrupção e tráfico de drogas.

Outras regiões
Na Ásia estão “alguns dos regimes mais repressivos do mundo”. Doze profissionais morreram entre junho e novembro (excluindo o Oriente Médio), metade deles no Paquistão.

A maioria dos países do Golfo Pérsico mantém um “controle governamental sobre a imprensa”. A situação nos territórios palestinos piorou com a tomada da Faixa de Gaza pelo Hamas, em junho. A imprensa palestina "está obrigada a ficar a favor do Fatah na Cisjordânia e do Hamas em Gaza para poder trabalhar com segurança, o que compromete sua objetividade”.

Quem cobre o Afeganistão corre o risco de ser assassinado a qualquer momento. O relatório aponta a morte de uma repórter no país.

A associação lembra também a morte da jornalista russa Anna Politkovskaia, cujos assassinos não foram identificados até agora.

Violações à liberdade de imprensa
A entidade denunciou a China, Paquistão, Geórgia, Azerbaijão Mianmar e Somália por "graves violações" da liberdade de imprensa. A WAN exige que os respectivos governos respeitem “plenamente” os padrões internacionais. O Conselho de Administração da WAN, reunido em Viena, aprovou resoluções contra esses seis países.

Só na China, pelo menos 30 jornalistas e 50 ciber dissidentes estão presos.

Quanto ao Paquistão, a WAN criticou "a repressão" da liberdade de imprensa exercida pelas autoridades após a declaração do estado de emergência no início de novembro. Pelo menos cinco profissionais de imprensa foram detidos, diz o relatório.

Na Geórgia, a imprensa foi alvo da "violência policial" e do "fechamento" de várias emissoras independentes durante manifestações recentes da oposição.

O governo do Azerbaijão mostra uma “hostilidade crescente” contra a imprensa independente e de oposição. Oito repórteres estão presos.

O assassinato do fotógrafo japonês independente Kenji Nagai, durante a crise de outubro em Mianmar, também foi condenado pela associação.

Na Somália, a WAN aponta o “recrudescimento da violência” contra a imprensa como impedimento para o livre exercício do jornalismo

Jornalistas brasileiros são premiados em Madri

Agência EFE MADRI – Dois brasileiros receberam nesta quinta-feira, em Madri, o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha, entregue a profissionais ibero-americanos em diferentes categorias.O brasileiro Frederico Neves venceu o prêmio na categoria Televisão, com o documentário 'Falcão – Os meninos do tráfico', exibido pela Rede Globo, que narra a vida das crianças envolvidas no tráfico de drogas nas comunidades carentes.Outro brasileiro, Marcelo Carnaval Valporto de Almeida, recebeu o prêmio de Fotografia por 'Mãe', publicada no jornal 'O Globo'.Os prêmios foram entregues pelopróprio rei Juan Carlos I e pela rainha Sofia na Casa da América de Madri durante a 24ª edição da premiação, realizada anualmente pela Agencia Efe e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional.

Juan Carlos destacou que os premiados são 'dignos expoentes da pujança do jornalismo realizado hoje em português e espanhol'.O rei espanhol ressaltou a grande qualidade dos trabalhos premiados, que 'consagram o jornalismo investigativo, em seu papel primordial da busca da verdade'.O monarca disse ainda que 'o jornalismo que denuncia os males de nosso tempo e o que promove a solidariedade merece nossa gratidão e reconhecimento'.O presidente da Agencia Efe, Alex Grijelmo, destacou que estes prêmios 'olham para a região ibero-americana, como a Efe, e se projetam -também como a Efe – rumo ao futuro'.E ressaltou que os trabalhos premiados são 'exemplos de bom jornalismo' contrao 'desumanizado'.O trabalho de duas jornalistas argentinas, Verónica Toller e Estela Gigena, obteve o prêmio Don Quixote, que foi apresentado hoje em um vídeo por seu compatriota, o ator Federico Luppi.A reportagem premiada, 'A cidade do silêncio', foi publicada em duas partes no jornal 'El Día de Gualeguaychú', de Entre Ríos.A jornalista espanhola Sandra Camps foi premiada na categoria Rádio por 'Vozes silenciadas: Josep M. Alaña', emitido pela estação pública 'Rádio Nacional da Espanha' (RNE).

O prêmio na categoria Imprensa foi entregue aos argentinos Silvina Heguy e Julio César Rodríguez por uma reportagem investigativa sobre o tráfico de bebês, publicada no jornal 'Clarín'.Os colombianos Élber Gutiérrez Roa e Carlos Alberto Arango Ortiz receberam o de Jornalismo Digital, entregue pela primeira vez este ano, por 'Caracolí: reportagem ao sul de Bogotá', publicadono site 'Semana.com'.O prêmio Ibero-Americano foi entregue ao peruano Martín Mucha por uma série de artigos sobre imigração, publicados no jornal espanhol 'El Mundo'.Os prêmios Dom Quixote e o Ibero-Americano distribuem € 9 mil cada um (cerca de US$ 12 mil), e os correspondentes às categorias Imprensa, Televisão, Rádio, Fotografia e Jornalismo Digital.