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Teles e operadoras de TV a cabo travam disputa acirrada na banda larga

Não é novidade que as operadoras de TV por assinatura são, hoje, as principais concorrentes das teles no mercado de banda larga. O Atlas Brasileiro de Telecomunicações 2009, editado pela revista TeleTime e já em circulação, pela primeira vez comparou efetivamente qual o percentual de mercado nas praças em que as tecnologias de cable modem e ADSL concorrem diretamente, e constatou que as operadoras de cabo e MMDS têm, em média, a metade da penetração dos serviços de ADSL das teles.

O Atlas analisou os 40 mercados com maior IPC (Índice Potencial de Consumo), ou seja, as cidades que representam a maior fatia do consumo nacional de bens e serviços, calculado pela empresa de pesquisa Target. A constatação é interessante: a penetração das opções de acesso à internet oferecidas pelas redes de TV paga é de 3,38 acessos para cada 100 habitantes, contra 7 em cada 100 habitantes de penetração do serviço em ADSL.

Existe uma clara diferença entre as estratégias das diferentes operadoras de TV paga quando se olha caso a caso. Em geral, a penetração das operadoras da Net Serviços é mais elevada, porque há vários anos a prioridade dos investimentos da empresa tem sido em banda larga. E mais ainda nas operações que pertenciam à Vivax (comprada no ano passado pela Net Serviços). Cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas, São Bernardo do Campo, Santo André e Santos, por exemplo, têm penetrações de cable modem similar ou superior à penetração dos acessos por ADSL, segundo o levantamento do Atlas Brasileiro de Telecomunicações 2009. Em outras cidades importantes, como São Paulo, Rio e Brasília, a vantagem das teles sobre as operadoras de TV por assinatura ainda é relevante na disputa pelo mercado de banda larga.

Outro dado inédito trazido pelo Atlas é a comparação, estado a estado, do market share dos serviços de TV paga terrestres (Cabo e MMDS) com o serviço de DTH.

Os principais destaques da análise do mercado de TV paga estão disponíveis para download no site TeleTime. A versão impressa integral do Atlas Brasileiro de Telecomunicações pode ser obtida pelo email assine@convergecom.com.br ou pelo telefone (11) 3138-4621.

Mesmo com crise, faturamento em publicidade continua em alta

Apesar da crise financeira, o faturamento dos veículos de comunicação com publicidade continua em alta. Em outubro deste ano, os anunciantes investiram cerca de R$ 2 bilhões na divulgação de suas marcas, valor 9,7% maior que no mesmo mês de 2007. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o valor alcança R$ 17,4 bilhões, com alta de 15% em relação ao mesmo período do ano passado.

O destaque é a internet. O faturamento em outubro deste ano foi 45,5% maior em comparação ao mesmo mês de 2007. No acumulado, a alta é de 46,9%. Contudo, a participação do segmento no mercado ainda é restrita: cerca de 3,5%.

A televisão, que abocanha a maior fatia do mercado, faturou em outubro R$ 1,230 bilhão, valor 8,8% maior que o mesmo mês de 2007. No acumulado, o crescimento foi de 13,5%.

O segmento jornal registrou faturamento de R$ 304,6 milhões. Alta de 4% em relação a outubro de 2007. No ano, o segmento ganhou R$ 2,8 bilhões, com crescimento de 14,2% em relação a 2007. O ponto negativo é para a receita com classificados: baixa de 4,2% em relação ao mesmo mês de 2007. Esse número pode ser um sinal da crise, já que no acumulado do ano, a alta é de 8,6%.

O resultado positivo se repete no rádio. Em outubro, a receita gerada por publicidade foi de R$ 84,6 milhões, valor 15,2% maior que o alcançado em outubro de 2007. Nos dez primeiros meses do ano, a alta é de 21,8% em relação ao mesmo período de 2007.

O segmento revista faturou em outubro R$ 204,5 milhões, com crescimento de 9% em relação ao mesmo mês de 2007. No ano, alta de 19,2%.

A receita em publicidade da TV por assinatura também apresentou aumento significativo: 24,9% em outubro deste ano em comparação ao mesmo mês de 2007. No ano, alta de 29,6%. O segmento cinema apresentou em outubro alta de 2% quando comparado com outubro de 2007. No acumulado, o crescimento é de 21,6%.

O único segmento que registrou retração foi o de guias e listas. A queda foi de 7,3%. No ano, o tombo é de 10%.

Os números são do Projeto Inter-Meios, relatório de investimentos em mídia da editora Meio & Mensagem.

Embratel entra na disputa da TV paga

A Embratel também entrou na briga da TV por assinatura. A empresa começa a vender este mês seus serviços de TV via satélite. A empresa vem concorrer com a Sky, a Telefônica e a própria Net, da qual compartilha o controle com as Organizações Globo. “Na próxima semana, começaremos uma campanha de marketing nacional”, informou Antonio João, diretor responsável pelo Via Embratel, como foi batizado o serviço.

A operadora adotou uma estratégia agressiva de preço. O pacote mais barato, com 20 canais, custa R$ 59,90 e inclui cinco canais da Globosat (SporTV, SporTV2, Globo News, GNT e Multishow). O pacote básico da Telefônica, com 24 canais, incluindo a Globosat, sai por R$ 74,90. O mais barato da Sky, com 100 canais, custa R$ 109,90 por mês. A Net tem um pacote de R$ 49,90 com os canais abertos, mas o menor preço para os canais pagos é de R$ 69,90.

“Estamos com o serviço em 400 cidades”, disse João. “Até abril, teremos distribuição em 90% do território nacional.” A operadora oferece o equipamento em comodato, sem custos, para quem assinar um contrato de fidelidade de 12 meses.

Segundo o executivo, a rede de revendas inclui empresas que eram representantes da Sky ou da DirecTV antes da fusão das duas concorrentes e acabaram ficando de fora depois da união, além de companhias que atuavam em outras áreas, como informática.

Ele não revelou o investimento feito para o lançamento do serviço ou metas de conquista de clientes. Os pacotes da Embratel não incluem os canais abertos. Para assisti-los, o cliente precisa ter outras antenas, como a parabólica de banda C ou a de VHF e UHF.

Os conversores da empresa têm entrada para a parabólica de banda C, que recebe o sinal de TV aberta. O serviço de TV paga da Embratel usa o satélite StarOne C2, da própria operadora.

No ano que vem, o serviço deve começar a oferecer canais em alta definição e combos, com o Livre, serviço de telefonia fixa sem fio.

Investimento em publicidade cresce 15,7% entre janeiro e setembro de 2008

Dados levantados pelo projeto Inter-meios, publicados pelo veículo “Meio & Mensagem”, apontam para o crescimento do setor publicitário no país. Entre janeiro a setembro de 2008, as propagandas veiculadas em TV, rádio, internet, jornais impressos, cinema e mídia exterior obtiveram aumento de 15,7% no faturamento bruto em relação ao mesmo período de 2007, informou o “DCI”. Na divisão segmentada, a televisão continua com maior volume, com investimentos estipulados em R$ 9 bilhões.

Na comparação percentual do crescimento, internet, com 47%, e TV por assinatura, com 30,34%, foram as mídias que mais cresceram em publicidade. Comerciais veiculados em sites e canais da chamada TV fechada faturaram respectivamente, R$ 519 milhões e R$ 557 milhões.

A publicidade no rádio atingiu no período de janeiro a setembro de 2008 o faturamento de R$ 649 milhões, o que representa crescimento de 22,7%. Revistas, com receita de R$ 1,3 bilhões, e jornais, com R$ 2,5 bilhões, aparecem em seguida. Os resultados apresentados por estes representam aumento respectivo de 21% e 15%.

De todas as mídias analisadas, a TV, apesar do maior faturamento, foi o segmento com menor crescimento percentual, estipulado em 14,17%.

NET recebe autorização para consolidar aquisição de 26 empresas de TV por assinatura

O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira (4), o ato genérico que autoriza o início da consolidação do grupo Net Serviços com a incorporação definitiva das 26 empresas de TV por assinatura detentoras de 45 outorgas do serviço a cabo e MMDS. O objetivo é permitir que a companhia e as empresas adquiridas passem a ter o mesmo CNPJ. Para que seja confirmada a incorporação, a Net terá que apresentar os atos de concentração em separado para cada uma das empresas.

Das 26 empresas, 23 são de TV a cabo com 42 outorgas adquiridas. A outras três empresas operam via MMDS, ou microondas. A maior parte das outorgas se concentrada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Somente no estado de São Paulo, são 11 autorizações para o serviço a cabo.

Em princípio, o Conselho Diretor da Anatel não apresentou nenhuma imposição à incorporação. À medida que forem avaliados os atos de concentração de cada empresa, a agência pode fazer condicionamentos à operação. Caso haja algum conflito, existe a possibilidade de ser exigida a renúncia de outorga.