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Governo promete megacompra de laptops educacionais em 2007

O secretário de Ensino a Distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielshowsky, assegurou nesta terça-feira, 04/12, ao participar do seminário promovido pela Frente Parlamentar da Informática, em Brasília, que o governo lançará, ainda em 2007, o edital de licitação internacional para compra dos laptops educacionais.

O executivo, no entanto, não quis antecipar detalhes do edital. Disse apenas que o governo trabalha, arduamente, na modelagem do processo. Bielshowky admitiu que mesmo com o prazo exíguo – o ano fiscal do governo termina no próximo dia 15, o edital será lançado e a licitação realizada até o dia 31 de dezembro.

A concorrência é estimada em US$ 30 milhões, caso o preço do equipamento fique, de fato, em torno, de US$ 200, conforme os planos iniciais da área que coordena o projeto de inclusão digital no governo Lula.

O secretário de Ensino a Distância do Ministério da Educação assume que o período para a realização da licitação não é dos melhores, em função das festas de final de ano, mas garantiu que há condições por parte do governo de efetuar a compra dos laptops educacionais ainda este ano.

O objetivo é garantir a entrega dos equipamentos – cerca de 150 mil – para que a rede escolar possa contar com eles já no início do próximo ano letivo, em março de 2008. Bielshowsky reforçou que, apesar da demora – outros países, inclusive, já passaram o Brasil e fizeram suas compras -o governo não abandonou o projeto UCA – Um computador por Aluno.

Alunos com acesso à internet têm melhor desempenho escolar

Os alunos de escolas com acesso à internet apresentaram melhor desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Isso é o que o mostra o levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Na avaliação do Ministério das Comunicações, esse é um indicativo de que, a partir da universalização da banda larga nas escolas públicas do país, os alunos dessas instituições terão desempenho melhor do que o registrado hoje.

Sempre defendemos o potencial da internet nas escolas. Nosso objetivo é conectar as 142 mil escolas públicas brasileiras em até cinco anos", afirmou o ministro das Comunicações Hélio Costa.

Os alunos da 4ª série de escolas públicas já contam com pontos de acesso à internet obtiveram nota 5,6 pontos maior nas avaliações de matemática, segundo a pesquisa do Saeb.

Na semana passada a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a alteração do Plano Geral de Metas para a Universalização. Com as alterações, as empresas de telefonia foram dispensadas de instalar os Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs) e passaram a ser obrigadas a levar a infra-estrutura de banda larga a todos os municípios do país até 2010.

Escola pública testa notebooks em sala de aula

O grupo Klick, criadora do portal Klickeducação, desenvolveu o Programa Florescer, que usa notebooks para promover a utilização de recursos tecnológicos em sala de aula, com o suporte de consultores da empresa, que auxiliam os professores tanto de escolas públicas quanto de particulares.

O grupo tem como sócios a GL (acionista da Klabin e da Drogasil), o grupo Janos (acionista da Natura), o BNDESpar e fez uma parceria com a Intel para adotar o notebooks de baixo custo.

A primeira escola a entrar no Programa é a EMEF Luiz de Carvalho, localizada no município de Campo Limpo Paulista (SP), onde já está emandamento um projeto piloto com 60 alunos da 6ª e 7ª séries. O Klick, além de coordenar a montagem de toda a infra-estrutura das salas, desenvolveu o conteúdo educacional e ferramentas tecnológicas inseridas no computador, enquanto a Intel cedeu 30 classmate PCs.

Com isso, além de mestres e alunos ganharem acesso às apostilas e material didático elaborados para o portal virtual do Programa Florescer, os professores poderão contar com as chamadas Dinâmicas Educacionais, que são atividades elaboradas pelos educadores do Klickeducação a partir do planejamento das escolas e planos de aula dos professores.

A Mstech, outra parceira do Programa, desenvolveu o software Blue Lab, um sistema de gestão que possibilita ao professor acompanhar as atividades da classe, atender a dúvidas durante exercícios e até chamar a atenção dos alunos quando necessário. Nesse laboratório virtual também é possível disponibilizar e enviar arquivos para os alunos como dicas de pesquisas. Com esse projeto piloto será possível comparar o método tradicional de ensino com o método que utiliza ferramentas de TI.

A intenção não é interferir no trabalho dos professores, e sim ensinar esses profissionais a utilizarem a tecnologia para otimizar o desempenho dos alunos. 'O objetivo é experimentar e validar um novo conceito educacional, utilizando os recursos tecnológicos não apenas como instrumento de inclusão digital, como também para motivar os estudantes e promover uma maior interação entre alunos e professores', explica o CEO do Grupo Klick, Allan Paiotti.

A implementação do Programa Florecer na EMEF Luiz de Carvalho, em Campo Limpo Paulista, conta ainda com a parceria da Smart Tecnology, empresa que cedeu uma lousa digital multimídia de última geração para ajudar ainda mais na interatividade dentro da sala de aula e a P, que desenvolveu projetos de aprendizado em 3D.

Governo quer formar rede de ensino a distância

O governo federal pretende, nos próximos quatro anos, quase triplicar a oferta de vagas no ensino profissionalizante no País, que atualmente conta com cerca de 700 mil estudantes matriculados. A medida faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que propõe como uma das estratégias principais de ação a implementação de uma rede de educação profissional a distância nas instituições públicas de ensino (federais, municipais e estaduais).

O governo federal pretende estabelecer uma rede nacional de formação de professores, com equipes técnicas de orientação escolar voltada para a educação profissional de nível médio, utilizando recursos e metodologias da educação a distância, afirma o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Eliezer Pacheco.

Para tanto, o MEC publicou edital em 27 de abril, resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e a Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), no qual constam os critérios para que as instituições públicas de ensino implantem cursos técnicos de nível médio em suas unidades. Uma das exigências é que as escolas apresentem um plano de adequação às exigências para ministrar ensino a distância. 

O objetivo do MEC é que todos os municípios brasileiros tenham, pelo menos, uma escola oferecendo educação profissional. De acordo com a Setec, a primeira etapa será focada na seleção das instituições que ofertarão os cursos. Em seguida, serão ministrados cursos de formação para os professores em educação profissional a distância. A terceira e última fase contempla a oferta de curso técnico de nível médio a distância aos alunos das localidades onde foram criados os cursos.

A partir da publicação do edital, as escolas têm prazo de 60 dias para elaboração e envio de propostas. O resultado final será divulgado em janeiro do próximo ano. No período de janeiro a março de 2008, estão previstas atividades para a adequação das instituições, preparação dos orientadores educacionais, produção de material didático e demais ajustes. A previsão de início dos cursos é a partir de março do mesmo ano. Mais informações na página eletrônica da Setec.

Unificação Profissional

Para reorganizar o modelo de Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, o governo federal vai criar os Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs), instituições de educação superior, básica e profissional. Terão caráter pluricurriculares e multicampi (vários campus espalhados nas regiões), especializados na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, desde educação de jovens e adultos até doutorado profissional.

As instituições federais de educação profissional interessadas se inscreverão voluntariamente para fazer parte do novo modelo. Metade do orçamento dos IFETs será destinada à oferta de cursos profissionalizantes de nível médio. Proposta que tem por objetivo fortalecer o ensino técnico integrado ao ensino médio, à educação de jovens e adultos e à formação inicial e continuada de trabalhadores da educação. Na educação superior, 20% dos investimentos serão reservados a cursos de licenciatura para formação pedagógica de professores e especialistas em Física, Química, Matemática e Biologia.