Conexões Globais debateu relação da cultura digital com democracia e liberdade

“O que está em jogo é se o Brasil irá tratar a internet como um  direito humano, um bem público, ou simplesmente, pela lógica do mercado”, disse a jornalista Cristina Charão durante o debate no segundo dia do II Conexões Globais, evento realizado em Porto Alegre para discutir cultura digital. Este é o tema colocado também pelo livro “Caminhos para a universalização da Internet banda larga: experiência internacionais e desafios brasileiros”, que apresenta uma pesquisa comparada da política de banda larga em alguns países e que foi lançado no espaço “Hub de Idéias” do evento.

O evento reuniu nos dias 23, 24 e 25 ativistas, acadêmicos e gestores públicos para discutir temas relacionados à cultura que se relaciona com a internet e com todo o processo atual de digitalização. O direito à liberdade e o funcionamento democrático da sociedade após as transformações decorrentes da vida que se relaciona com a cultura digital estiveram no centro das discussões.

A distribuição do poder e a produção livre de informações foram algumas das principais preocupações que envolveram os debatedores do II Conexões Globais, que trataram também o poder de mobilização e de visibilização da internet para os movimentos sociais. O evento contou em seu último dia com a presença do governador do Rio Grande do Sul e com o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Franklin Martins.

Enquanto o governador Tarso Genro destacou o aspecto mais amplo das transformações, em que considera que “esses novos processos de participação democrática são uma critica radical ao modelo atual de Estado” e que “a forma como a nossa democracia foi constituída ainda no Iluminismo está derrotada”; o jornalista Franklin Martins apontou para sua especificidade: “a digitalização da comunicação e a internet provocam uma mudança espetacular na comunicação”.

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