Entidades reivindicam espaço na TV Cultura

Por conta da cessão de espaços na grade da TV Cultura para veículos privados, entidades que lutam pela "democratização da comunicação" se reuniram para barganhar um lugar na emissora pública.

Em carta enviada a João Sayad, diretor-presidente da Fundação Padre Anchieta (mantenedora da Cultura), Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, solicitou a marcação de uma audiência para discutir propostas de seleção de programas para a grade do canal.

"Uma reunião realizada na cidade de São Paulo – que contou com a presença de jornalistas, intelectuais, acadêmicos, blogueiros, entidades do movimento social e empreendedores da comunicação alternativa – debateu a pertinência de iniciar junto à Fundação Padre Anchieta um debate sobre a necessidade de se abrirem espaços para a produção independente realizada por grupos sociais paulistas na TV Cultura", diz a carta.

"As entidades/movimentos/produtoras interessadas – entres as quais o Barão de Itararé já se apresenta –, que manifestarem interesse, poderiam pleitear um espaço na programação da emissora, a ser concedido a partir de métodos e critérios transparentes. O Barão e estas entidades seriam inscritas por edital público e a seleção dos programas apresentados seria feita através de pitching."

De acordo com os solicitantes, a proposta vai de encontro ao modelo de negociação adotado por Folha de S.Paulo, Estadão, Valor Econômico e Veja, que teriam acontecido sem transparência e afrontando o caráter público da emissora.

"A cessão de espaços na grade da programação da TV Cultura para empresas de comunicação privadas como a Folha é um desrespeito ao caráter público da emissora que é um patrimônio do povo paulista", critica Renata Mielli, secretária geral do Centro de Estudos Barão de Itararé.

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