TIM defende compartilhamento compulsório de infraestrutura

Ana Paula Lobo e Rodrigo dos Santos – Convergência Digital

O diretor de Assuntos regulatórios da TIM Brasil, Mario Girasole, reafirmou que a oferta no atacado de rede precisa ser mais transparente no país, com a divulgação efetiva do que e onde há rede disponível. "Se faz isso nos EUA, na Europa, mas aqui parece que é caso de segurança nacional nas operadoras que detém a infraestrutura", destacou, ao defender as medidas propostas no PGMC, da Anatel.

Girasole, que participou do IV Seminário Telcomp, realizado nesta terça-feira, 18/10, na capital paulista, do painel "A perspectiva do Operador Competitivo – Experiências Aplicadas no Brasil", sinalizou, mais uma vez, que o compartilhamento compulsório de infraestrutura é absolutamente crítico.

"É claro que cada operador pode pensar em construir sua rede, mas isso é inviável economicamente, principalmente, onde já há oferta", destacou. " E aqui cabe, sim, o papel do regulador. Na Itália, por exemplo, a Telecom Italia apresenta o seu plano de investimento em rede antes para os competidores. Assim, eles podem definir se vão investir junto ou não. Isso deve ser replicado aqui", acrescentou o executivo, defendendo o Plano Geral de Metas de Competição, proposto pela Anatel.

Girasole lembra que, até 2014, os planos da TIM são o de construir 50 mil quilômetros de fibra óptica, levando em conta as aquisições da Intelig e da AES, mas ainda assim, o compartilhamento é crucial. "E digo que os pequenos provedores devem, de fato, sofrer com o seu menor poder de compra. Porque nós, a TIM, que temos um forte poder de compra, temos dificuldades de compartilhar com as operadoras de Poder Significativo de Mercado", ponderou. Assista a participação de Mario Girasole, no IV Seminário Telcomp.

0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *