Conselho do CGI.br decide manter Fórum da Internet em outubro

Georgia Jordan – Tele Síntese

O conselho do Comitê Gestor da Internet (CGI.br) votou em reunião nesta sexta-feira (19) por manter a data do Fórum da Internet, evento que pretende reunir os quatro segmentos que compõem o comitê (governo, empresas, academia, sociedade civil) para discutir o futuro da internet no Brasil, e que estava marcado para 13 e 14 de outubro. “Houve consenso e foi mantida a data”, disse o diretor executivo do órgão, Hartmut Glaser.

Empresas e governo argumentavam que dois meses é um prazo curto para organizar o debate com a qualidade e representatividade a que o evento se propõe. “Um evento abrangendo tantos temas, com a previsão de participação de mil pessoas, em que a primeira reunião de organização aconteceu hoje – organizar isso em dois meses pode gerar prejuízo para o debate”, disse Eduardo Levy, diretor executivo do SindiTeleBrasil à revista ARede.

Segundo Glaser, o Fórum havia sido organizado originalmente pelo terceiro setor mas, em reunião do conselho do comitê em junho, foi decidido expandir o evento para incluir governo, indústria e academia. Desde então, de acordo com Glaser, o grupo de trabalho do evento se encontrou três vezes, a última delas na quinta-feira. Ele ressaltou que representantes do governo defendiam maior tempo de organização, já que muitos representantes só foram indicados recentemente para compor o CGI.

Já para o professor Sérgio Amadeu, representante do terceiro setor no conselho do CGI.br, havia interesses por trás da resistência à data prevista. “O problema é que tem coisa que eles não querem discutir, como a Norma 4”, afirmou, em referência à Norma 4 de 1995, que proíbe as operadoras de serviços públicos de telecomunicações sejam provedoras de acesso à internet. No final de julho, o Ministério das Comunicações enviou ofício solicitando que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estude uma nova regra para substituí-la, o que gerou temor entre provedores de que a abertura do mercado para a teles excluiria a parte mais fraca da cadeia produtiva do serviço de internet.

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