Expansão de banda larga no Reino Unido depende de grandes operadoras

Redação – Tele.Síntese

O plano de expansão de banda larga ultra-rápida do governo britânico não terá sucesso sem incentivos para levar os maiores players do mercado provedor de internet para as regiões mais distantes do país, afirmou o jornal The Guardian, citando fontes da indústria. Embora o governo esteja investindo £ 530 milhões para financiar a construção de redes de fibra-ótica pelos municípios, estes não conseguiram fechar acordos com as três maiores empresas do setor: BT, TalkTalk and BskyB.

"As ISPs (Internet Service Providers, na sigla em inglês) maiores são peças chave na geração de demanda nessas regiões porque elas detêm as marcas conhecidas, elas têm grandes orçamentos de marketing e serviços adicionais como televisão e telefone”, disse o empresário Piers Daniell ao jornal. Sua empresa, Fluidata, conecta à rede da BT cerca de 40 provedoras menores, que segundo ele preferem adquirir sua capacidade das grandes operadoras, à revelia das redes rurais financiadas pelo subsídio governamental.

De acordo com o jornal, o primeiro projeto, que usou um subsídio de £ 90 milhões para construir uma rede de fibra óptica em cinco municípios na região de Yorkshire, no norte do país, já encontra problemas. Nenhuma das três grandes operadoras do país mostraram interesse em formar uma pareceria com os municípios para ligar a região aos seus servidores, boa parte dos quais são baseados em Londres.

Outra questão que desencoraja pequenos provedores a entrarem no mercado é o custo de ligar as redes do governo ao cliente final e de configurar os sistemas aos servidores centrais, o que permitiria automatizar a adição de novos clientes, segundo o Guardian.

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