Ecad lança sistema de monitoramento eletrônico das rádios

O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), responsável por cobrar direitos autorais de execuções de músicas em ambiente público no Brasil, lançou um sistema de captação e identificação automática dos fonogramas tocados nas rádios brasileiras. É o que informa reportagem do jornal Brasil Econômico, publicada na última sexta-feira (18/2).

Foram investidos cerca de R$ 2,5 milhões no desenvolvimento – que teve início em 2008 – e instalação da tecnologia, já utilizada em três capitais – Goiânia, Vitória e Salvador – e em processo de implantação em outras, como São Paulo. A projeção é que o CIA Rádio – como é chamado o sistema – esteja presente em todas as capitais até junho.

Atualmente, nas capitais, o Ecad monitora as rádios gravando a transmissão e identificando manualmente as músicas. No interior, as próprias rádios enviam planilhas com sua programação musical.

Criado a partir de uma parceria entre o Ecad e Centro de Estudos em Telecomunicações (Cetuc) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o CIA Rádio é capaz de identificar automaticamente as músicas executadas pelas emissoras de rádio.

O professor do Cetuc e coordenador do projeto na PUC-Rio, Marco Grivet, explica que o novo sistema faz uma análise da evolução da frequência sonora na música e, com isso, extrai uma espécie de impressão digital dos fonogramas. Cada uma dessas marcas únicas é armazenada em um banco de dados.

Quando a gravação do áudio de uma rádio chega ao Ecad, o sistema primeiramente identifica o que é e o que não é música. Depois, compara cada música com as impressões digitais acústicas já armazenadas no banco de dados. Somente quando o sistema não consegue reconhecer algum faixa, devido à baixa qualidade do áudio ou porque a impressão digital correspondente não está presente no banco de dados, entra a intervenção humana. Segundo Grivet, a taxa de acerto do sistema oscila entre 85% e 95%.

Em 2009, o Ecad arrecadou R$ 374 milhões em direitos autorais e distribuiu R$ 318 milhões aos titulares filiados – compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos – e a associações de músicos.

*Com informações do jornal Brasil Econômico

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