É possível economizar até 98% com ligações DDD, diz associação de defesa do consumidor

Quando fazer ligações de longa distância (DDD) é inevitável, pesquisar é mais que fundamental. O que não é simples, como mostra levantamento feito pela ProTeste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. A entidade analisou mais de 35 mil tarifas em 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, para verificar as opções mais baratas para realizar chamadas DDD de telefone fixo para fixo, de fixo para celular e de fixo para rádio. Para ligações com tempo médio de dez minutos, o estudo levantou diferenças que chegam a 98%, entre cidades distantes até 50 quilômetros da capital paulista. No Rio, a maior diferença encontrada foi de 86%, entre as ligações de fixo para fixo, feitas da capital fluminense para a paulistana.

As melhores opções variam de acordo com o horário da ligação (normal, diferenciado, reduzido ou superreduzido), se é feita em dias úteis ou não e a distância entre as cidades – até 50 quilômetros, de 50 a 100 quilômetros e de 100 a 300 quilômetros. Além disso, explica Ana Gabriela Barroso, analista de Mercado da Pro Teste, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divide o Brasil por áreas.

– Em áreas em que o DDD começa pelo mesmo dígito, como Rio (21) e Espírito Santo (27), a tarifa é mais barata do que quando se liga do Rio para São Paulo (11). A revisão do Regulamento sobre Áreas Locais para o Serviço Telefônico Fixo Comutado, aprovada em 20 de janeiro pela Anatel, amplia a área de abrangência de regiões metropolitanas, o que vai fazer com que várias localidades que pagavam ligações como DDD passem a a pagar como locais – afirma Ana Gabriela.

O novo regulamento, que passa a valer em maio, contemplando 39 regiões metropolitanas e três regiões integradas de desenvolvimento, beneficiará até 68 milhões de pessoas, em 560 municípios de todo o país.

A analista alerta que, antes de escolher a operadora a ser usada para fazer as ligações de longa distância, o consumidor deve verificar as tarifas e condições contratuais. Os planos básicos, que contratamos para o uso cotidiano, destaca Ana Gabriela, costumam considerar distância e horário na sua tarifação, por isso, é preciso saber o perfil de uso para escolher a operadora mais barata na hora de fazer o DDD.

– Normalmente, no caso do DDD, as operadoras não exigem fidelidade. Existem pacotes de minutos, mas em geral, não valem a pena. O ideal é optar por aqueles em que se paga apenas o efetivamente usado. E como não há fidelidade, pode valer a pena usar diferentes operadoras de acordo com o perfil da ligação. No entanto, em muitos casos é preciso se cadastrar para fazer jus à tarifa. Mas é importante ter em mente que é sempre mais barato falar de fixo para fixo – explica a analista.

De acordo com a análise da Pro Teste, no horário comercial e reduzido, para cidades dentro do mesmo estado, com menos de 50 quilômetros de distância entre si, nas ligações com mais de dez minutos de duração, a melhor opção é usar a Embratel (21). Para chamadas mais curtas ou com tarifa reduzida, a melhor é a Oi (31). No caso de localidades distantes entre 50 e 100 quilômetros, e nas ligações de até cinco minutos, a opção indicada é a Intelig (23), exceto no horário superreduzido. Nessa mesma área, a Embratel é mais vantajosa caso a chamada dure dez minutos.

No caso de ligações entre áreas diferentes distantes mais de 300 quilômetros, na maioria dos estados, explica a Pro Teste, a melhor opção é a Intelig.

A entidade recomenda ainda que os usuários evitem os seguintes pacotes: "Franquias na medida", da GVT; "Hora de ligar", "Cidade amiga" e "Mais ligado", da Intelig; e "31 Simplificado DDD" e "Sob medida 14", da Oi.

– Esses planos têm pacotes de minutos. Quando dividimos o valor mensal pelo total de minutos inclusos, percebemos que a tarifa por minuto é mais cara que a de outros planos. Quando o plano inclui minutagem, é preciso fazer a conta em relação à quantidade de minutos que o consumidor costuma usar para ver se vale a pena – explica Ana Gabriela.

Para ajudar o consumidor nessa difícil escolha, a Pro Teste oferece em seu site um simulador, no qual pode-se saber o quanto se pagará, por diferentes operadoras, bastando informar as cidades de origem e de destino da chamada. As tarifas informadas no simulador foram atualizadas no mês passado.

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