Governador do MS pode ser cassado por usar a mídia a seu favor

A coligação "A Força do Povo", que apoia a candidatura de Zeca do PT ao governo do Mato Grosso do Sul, requisitou, na última sexta-feira (24), ao Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-MS), a cassação do registro da candidatura do governador André Puccinelli (PMDB) – que concorre à reeleição – por suposto uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político.

 

A ação tem finalidade dupla: caso seja julgada antes da eleição, a coligação requisita que a candidatura seja cassada; se for eleito, que seja afastado do governo.

A coligação, representada pelo advogado Valeriano Fontoura, argumenta que 18 veículos do MS, supostamente beneficiados por financiamento do governo do estado, promovem campanha contra o candidato petista e enaltecem Puccinelli.

Além da impugnação da candidatura e, eventualmente, do governo de Puccinelli, a coligação requisita sua inelegibilidade por oito anos e também de sua vice, Simone Tebet.

A ação questiona os jornais impressos A Crítica, Folha do Povo, Diário MS, Boca do Povo, Tribuna Livre Paranaíba, Folha do Norte, O Progresso, Jornal de Domingo, Imagem Nova Andradina, Notícias do Estado, O Pantaneiro, O Porta Voz, O Estado e MS Notícias e os sites noticiosos MS Notícias News – RBB Comunicação, Aquidauana News, Portal Jornal do Povo Três Lagoas e Campo Grande News.

"O 'apoio' que vem sendo dado pelos jornais mencionados à candidatura dos investigados transcende os limites da crítica jornalística e mera manifestação de opinião, descambando para a propaganda eleitoral subliminar, e isso é constatável por qualquer cidadão de inteligência mediana que se dedicar à leitura dos jornais", acusa coligação "A Força do Povo". Além dos 18 veículos, a ação questiona a postura do programa "Tá na Rua", comandado pelo vereador Vanderley Cabeludo (PMDB).

O advogado da coligação pede, ainda, que o governo do MS apresente cópias dos contratos estabelecidos com os veículos de comunicação citados na ação.

Em entrevista ao Portal IMPRENSA, Fontoura afirma que a escassez de aporte publicitário no MS acaba minando a isonomia dos veículos, uma vez que dependem da verba estatal.

"A economia gira em torno do serviço do governo, o estado se torna, então, o grande fomentador de mídia", explicou o advogado.

O assessor de imprensa de Puccinelli, Guilhermo Filho, declarou à reportagem que o governador entregou o caso aos seus advogados e que responderá as acusações na Justiça. "São alegações absurdas", comentou Filho.

0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *