Ministro das Comunicações apoia acordo entre Oi e PT

O ingresso da Portugal Telecom na Oi foi considerado muito positivo pelo ministro das Comunicações, José Artur Filardi. “O aporte de R$ 8 bilhões, previsto no acordo, permitirá que a operadora nacional amplie os investimentos para levar a banda larga fixa onde ainda não tem”, disse. E isso, ressalta o ministro, é importante para as políticas públicas de inclusão digital do atual e do próximo governo, como fator relevante para redução das desigualdades sociais.

Além disso, destaca Filardi, a internacionalização da Oi, que deverá adquirir 10% do grupo português, dará novo fôlego à operadora brasileira. “A empresa ficou mais forte”, disse. Ele salientou que o acordo, para ser efetivado, dependerá da aprovação da Anatel e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no Brasil e dos órgãos de controle da concorrência em Portugal.

O ministro foi informado do acordo entre a Oi e a PT nesta quarta-feira (28) de manhã, após telefonema do presidente da operadora brasileira, Luiz Eduardo Falco. Na sexta-feira passada, também por telefone, Falco já havia informado a Filardi sobre a possibilidade do acordo, mas sem entrar em detalhes.

Para Filardi, a manutenção do controle da Oi no Brasil também foi considerado como muito positivo pelo governo. “A manutenção do controle de uma grande empresa de telecom é estratégico para o país”, disse. Pela proposta de acordo divulgada hoje em fato relevante, a PT poderá deter até 23% da Oi. O governo, por meio de bancos oficiais e de fundos de pensão, detém 49% da operadora brasileira.

Vivo

A compra da Vivo pela Telefónica, também confirmada nesta quarta-feira, foi comunicada ao ministro das Comunicações ontem à noite pelo presidente da operadora no país, Antonio Carlos Valente, que esteve pessoalmente com Filardi. Hoje de manhã, um telefonema do executivo confirmou a conclusão da operação.

Segundo Filardi, Valente informou que está preparando a documentação da aquisição para protocolar o pedido de anuência prévia na Anatel. “Só após a análise da compra pela agência irá sacramentar o negócio”, disse o ministro.

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