“Não estamos investindo para sermos mais um minoritário da Oi”, afirma CEO da Portugal Telecom

"Não estamos investindo para sermos mais um minoritário. Queremos agregar valor à Oi com a nossa expertise, o que beneficiará a todos os acionistas da Oi", disse Zeinal Bava, CEO da Portugal Telecom, durante teleconferência com analistas financeiros realizada nesta quarta-feira, 28. "Esse é um investimento estratégico, não financeiro", acrescentou.

Para a Portugal Telecom, os direitos que a empresa terá na Oi serão similares àqueles que tem na Vivo, apesar do acordo anunciado prever uma participação acionária de 22,38%, ou seja, bem menor que os 50% que detém na holding que controla a Vivo, a Brasilcel. O assunto foi levantado por alguns analistas na teleconferência interessados em saber a real extensão do poder que a Portugal Telecom terá na Oi. "Não temos dúvidas que garantiremos direitos similares àqueles que temos na Vivo", respondeu Bava. O executivo destacou que os portugueses terão a presidência do comitê de engenharia e inovação formado por especialistas das duas empresas e que, segundo ele, discutirá até mesmo desenvolvimento de produtos. Isso sem falar no poder de veto em questões importantes que forem abordadas no conselho de administração da Telemar Participações, além da indicação de conselheiros e diretores em empresas do grupo.

O executivo mencionou também o acordo com a AG Telecom e a LF Tel que impede a alienação dos ativos por cinco anos, mas não fez qualquer referência ao fato de que os acionistas da Oi já não poderiam mesmo mudar o controle da companhia nos próximos anos em razão de comprometimento firmado com o governo brasileiro como condição para a compra da Brasil Telecom.

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