AEB retoma estudos para viabilizar satélite geoestacionário

A Agência Espacial Brasileira (AEB) retoma o esforço para a construção de um Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). Nesta segunda-feira (17) publicou o ato de criação de um Grupo de Trabalho para realizar estudo de viabilidade do projeto, que faz parte do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) 2005-2014, compreendendo a análise da documentação existente, o levantamento de novas informações e das alternativas para a realização do Projeto, apresentando relatório circunstanciado sobre sua viabilidade, contendo memorial descritivo das opções do satélite, com estimativas de custos e prazos para seu desenvolvimento, construção, lançamento e operação.

A ideia da AEB é firmar parcerias com empresas privadas para financiar a construção do satélite geoestacionário nacional, que deve permitir ao país autonomia, por exemplo, na realização de comunicações militares. O negócio deverá ser por meio de PPP (parceria público-privada), um vez que os custos do SGB estão estimados em R$ 600 milhões, valor que representa mais de duas vezes o orçamento médio anual da agência (R$ 260 milhões, desde 2005).

Entre as contrapartidas da Oi, compromisso assumido com a Anatel para a aquisição da Brasil Telecom, está a sua parceira com o governo para a construção do satélite nacional.

O desenvolvimento do satélite já conta com a ajuda das agências espaciais russa (Roskosmos) e francesa (Cnes). Estima-se que, seguido o cronograma, o satélite esteja pronto em cinco anos. O satélite geoestacionário é chamado assim porque gira na mesma velocidade da Terra e fica "estacionado" sobre um mesmo ponto do planeta, numa órbita alta em volta do equador, a cerca de 36 mil quilômetros de altitude.

O GT é formado por representantes da própria AEB, dos ministérios do Planejamento, Comunicações, Defesa e Relações Exteriores, além de representantes da Anatel, Comando da Aeronáutica, Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, Instituto Nacional de Meteorologia e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

O Brasil já teve um satélite geoestacionário, mas perdeu o controle sobre ele após a privatização da Embratel. Hoje, o país aluga satélites, inclusive para as comunicações militares.

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