Sindicato do PI diz que detenção de jornalista em Câmara do Maranhão foi ‘ato desumano’

O Sindicato dos Jornalistas do Piauí repudiou a detenção de Edmundo Moreira da Silva, fundador do veículo O Timonense, durante sessão da Câmara dos Vereadores da cidade de Timon, na divisa entre o Maranhão e o Piauí. Ao tentar filmar a votação de um projeto, na última quarta-feira (28), Moreira se recusar a deixar o local e foi detido por desacato à autoridade.

O jornalista se recusou a sair da Câmara, alegando que não precisava de autorização para filmar, por estar em um espaço público. Na recusa, Moreira foi algemado e levado para a Central de Flagrantes de Timon. Ele permaneceu detido por uma hora e meia no local e deve responder por desacato à autoridade.

Para o Sindicato, a detenção representa um "ato desumano", um "atentado à liberdade de imprensa" e aos direitos individuais. "O jornalista apenas fazia a cobertura jornalista da sessão na Câmara Municipal de Timon", diz a entidade, mostrando-se solidária a Moreira.  "O Sindicato manifesta apoio ao mesmo no sentido de lhe garantir o reparo dos danos morais pela intimidação e abuso sofrido dos agentes da Guarda Municipal de Timon e Polícia Militar que agiram com truculência contra o jornalista no seu exercício profissional".

Em nota, o Sindicato classificou o incidente de "lamentável" e pede que o governo do Maranhão e a Secretaria de Segurança Pública apurem o caso, "no sentido de fazer valer a ética profissional e o bom uso do aparelho policial do Estado".

A entidade ainda ressalta que comunicará o caso a organizações de imprensa do Brasil e do exterior e não descarta acionar a Justiça para defender o jornalista.

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