Receita do setor de telecom atinge R$ 179,9 bi em 2009

O setor de telecomunicações fechou 2009 com uma receita operacional bruta de R$ 179,9 bilhões, representando alta de 0,8% em comparação com 2008, em um ano marcado pela crise financeira internacional. “Esse valor equivale a 5,7% do PIB”, salientou o diretor executivo da Telebrasíl (Associação Brasileira de Telecomunicações), Eduardo Levy, em apresentação do desempenho do setor hoje em Brasília, que contou com a presença dos presidentes das maiores operadoras.

De acordo com os dados apresentados, em 2009, o número de empregos diretos chegou a 393,5 mil com abertura de mais de 17 mil novos postos, inclusive em call centers, prestação e implantação de serviços e em fornecedores de soluções, 4,6% a mais que em 2008. Os investimentos totais do setor chegaram a R$ 177 bilhões, contando com aportes desde 1998 a 2009. E, ao final do ano passado, os serviços de telecomunicações somavam 234,6 milhões de acessos, com aumento de 12,7% ante os 208 milhões de acessos computados em 2008.

Segundo Levy, os resultados são ainda mais impressionantes se for levado em conta que os serviços de telecomunicações, considerados essenciais, têm a segunda maior carga tributária do mundo, de 43,8% em média sobre a receita líquida, superior aos impostos cobrados em todo o país, por exemplo, sobre o cigarro. “Em 2009, o setor foi responsável por 12,1% do que foi arrecadado de ICMS nos estados”, disse.

Além disso, até 2009,  contribuiu com R$ 2,5 bilhões ao Funttel (Fundo para Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações); com R$ 7,6 bilhões para o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e R$ 26,4 bilhões para o Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações), num total de R$ 36,5 bilhões. “Desses recursos arrecadados, somente foram aplicados até agora R$ 4,3 bilhões ou 11,8% do total, resultando num excesso de arrecadação de R$ 32,2 bilhões”, disse.

“Em função da carga tributária, 61,3% do valor bruto produzido pelo setor são de impostos. E dos 48,7% restantes, somente 5,8% são distribuídos para os acionistas”, completou Levy. Os números apresentados foram obtidos pela soma dos resultados obtidos pelas grandes operadoras de telecom, divulgados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

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