Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária será lançada dia 11, em São Paulo

Militantes pela democratização da comunicação, jornalistas, blogueiros e comunicadores, tomaram a iniciativa de convocar para o dia 11 de março uma reunião para iniciar uma rede em apoio à reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais. "Está em curso uma ofensiva conservadora no Brasil contra a reforma agrária, e contra qualquer movimento que combata a desigualdade e a concentração de terra e renda. E você não precisa concordar com tudo que o MST [Movimento dos Trabalhadores Sem Terra] faz para compreender o que está em jogo", diz o manifesto. Assinam a convocatória 27 comunicadores.

O manifesto denuncia a campanha da grande imprensa que, associada a interesses de latifundiários, grileiros e parcelas do Poder Judiciário, que culminou com a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com o objetivo de constranger aqueles que lutam pela reforma agrária.

Diz o texto que um atentado ao movimento social ficou claro com a imagem de um trator “a derrubar laranjais no interior paulista, numa fazenda grilada, roubada da União, que correu o país no fim do ano passado”. “Agricultores miseráveis foram presos, humilhados. Seriam os responsáveis pelo 'grave atentado'. A polícia trabalhou rápido, produzindo um espetáculo que foi parar nas telas da TV e nas páginas dos jornais”, denuncia o manifesto, citando o caso como exemplo de como se produz a criminalização dos movimentos sociais.

Os comunicadores que assinam o manifesto acreditam que os ataques coordenados contra o MST fazem parte de uma ofensiva maior contra entidades e cidadãos que lutam por democracia.

Embora o evento que lança a rede seja realizado em São Paulo, a proposta é que a rede de comunicadores em apoio à reforma agrária tenha caráter nacional. A reunião será no dia 11 de março, às 19h, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rêgo Freitas 530). Comporá mesa João Pedro Stédile (coordenação MST), Paulo Henrique Amorim (blog Conversa Afiada) e Rodrigo Vianna (blog O Escrivinhador).

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