Minicom e teles estimam custo da última milha para apresentar a Lula

O Ministério das Comunicações deve apresentar, no próximo dia 16, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os custos e a forma para implantação do acesso à internet banda larga. O trabalho foi combinado hoje no encontro entre o ministro Hélio Costa e executivos das empresas de telefonia e deve se contrapor ao que está sendo realizado sob a liderança do Ministério do Planejamento, que é contra a participação das teles.

Segundo Costa, esse tema ficou pendente na última reunião, ocorrida no dia 24 de novembro, para apresentação das propostas ao Plano Nacional de Banda Larga. Nesse encontro, o presidente Lula pediu que o custo da última milha fosse estimado, caso decidisse por ofertar inclusive o acesso à internet e não apenas a venda de capacidade, por meio de infraestrutura pública, formada com as fibras ópticas das empresas públicas.

Costa duvida que a estatal que o governo quer criar possa distribuir acesso para o país inteiro em curto espaço de tempo. Mas defende que o governo leve o acesso à internet nos locais onde não há interesse econômico das operadoras. “Esta é uma obrigação do governo, que precisa atender urgentemente essas comunidades”, disse o ministro. Ele acha que, para atender essa meta, não é necessário o lançamento do Plano Nacional de Banda Larga. “Isso pode ser feito por meio de resolução da Anatel”, ressaltou.

Durante a reunião com o presidente Lula em novembro, Hélio Costa entregou sua proposta ao PNBL, que defende a participação direta das teles e prevê a conexão de 90 milhões de pessoas até 2014, com serviço de banda larga a R$ 30 mensais, e que representa investimentos de R$ 75,5 bilhões. A parte que caberia ao governo, de R$ 26,5 bilhões, viria por meio de isenção de impostos, uso dos fundos setoriais (Fust, Fistel e Funttel) e de financiamentos pelo BNDES.

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