Diversidade dá o tom em Belém

Criação de fundos estaduais e nacional de comunicação para subsidiar rádios comunitárias; reserva de programação para conteúdo regional, levando em consideração a diversidade cultural existente no Brasil; instalação de infocentros nas regiões mais afastadas da Amazônia, como colônias de pescadores e centros de pecuária. Esses foram os principais destaques entre as propostas que a Conferência Estadual de Comunicação do Pará (Conecom-PA) vai encaminhar à Comissão Organizadora Nacional (CON) da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (1ª Confecom), programada para o Centro de Convenções Ulysses Guimarães entre os dias 14 e 17 de dezembro, em Brasília.

Para o Secretário de Comunicação do Pará, Paulo Roberto Ferreira, é natural que haja entre as propostas questões que tratam das peculiaridades locais. “Nosso estado tem 1,2 milhão de metros quadrados. Por isso, por exemplo, tivemos uma proposta que trata do aumento de potência nos sinais de radiodifusão e outra que pede o aumento do número de concessões de rádios para municípios mais remotos”, explicou.

Ferreira defende que a comunicação deve ser pensada e trabalhada desde as questões mais básicas. “É primordial, pelo menos no entendimento do Governo do Pará, que possamos atender os pescadores onde estiverem e as tribos indígenas mais remotas”, explicou. “Esta Conferência parecia uma caixa preta que nunca seria aberta, mas agora ela está aí para que possamos realmente deixar um legado para as futuras gerações”, disse.

Para Manoel Messias Melo, da Comissão Organizadora Nacional (CON) da 1ª Confecom, as Conferências Estaduais foram fundamentais para construir um novo modelo a partir de diferentes formas de expressão e cultura. “O futuro da comunicação brasileira será inevitavelmente diferente. Sabemos que será um processo lento. Mas construímos as bases políticas para um novo modelo de comunicação”.

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