Teles ganham disputa com operadoras de MMDS e garantem espaço na faixa 2,5Ghz

[Título original: Teles podem ganhar mais espaço para a banda larga}

As empresas de telefonia levaram a melhor, pelo menos por enquanto, na disputa bilionária com as operadoras de TV por assinatura por mais espaço para prestar serviços de banda larga. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem uma proposta que tira parte da frequência de 2,5 gigahertz (GHz) das operadoras de TV paga que usam o sistema de micro-ondas terrestres (MMDS) e a destina para a telefonia celular e banda larga móvel. A proposta ficará em consulta pública por 45 dias e ainda poderá ser modificada.

O argumento da Anatel para sustentar a decisão é que há uma demanda crescente no Brasil por serviços de conexão à internet em alta velocidade, principalmente pela banda larga móvel. O conselheiro da Anatel Antônio Bedran disse que a agência seguiu orientação da União Internacional de Telecomunicações (UIT) e usou como base a projeção feita pela própria Anatel para a expansão do mercado.

A previsão é de que, em 2015, haverá no Brasil 228 milhões de acessos de telefonia móvel, incluindo modems de banda larga, enquanto o setor de TV por assinatura na tecnologia MMDS terá apenas um milhão de assinantes. A Anatel argumenta ainda que, quanto maior for o número de usuários de telefonia, mais baratos ficarão os serviços e os equipamentos. Hoje, há 160 milhões de telefones celulares no Brasil.

As operadoras de telefonia celular alegam que as faixas de que elas dispõem atualmente não são suficientes para o crescimento da demanda e para absorver novas tecnologia, como a quarta geração da telefonia celular. As operadoras de TV por assinatura querem continuar a usar essa frequência, hoje destinada apenas aos serviços de TV paga, para prestar serviços de acesso à internet rápida pela tecnologia de banda larga sem fio WiMAX. Técnicos da Anatel garantem que a faixa de 50 MHZ é suficiente para que os serviços de MMDS sejam competitivos com outras tecnologias de TV por assinatura, como TV a cabo e via satélite.

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