Oi divulga primeiros planos para integração das empresas e serviços

A partir desta sexta-feira (9), a Oi assume oficialmente o controle da Brasil Telecom. A Oi pagou à vista R$ 5,3 bilhões e assumiu uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão da Invitel, ex-controladora da BrT. A Oi acredita que para ficar com o controle total da empresa deverá gastar cerca de R$ 13 bilhões, uma vez que haverá a compra das ações dos minoritários.

Do ponto de vista estrutural, a Oi traçou as diretrizes de trabalho e o primeiro escalão da nova concessionária. Nos próximos cinco anos, a companhia estima investir R$ 30 bilhões. Do antigo staff da BrT, apenas três diretores ficaram na Oi: Luiz Perrone, que assume a área de Assuntos Internacionais, Jorge Jardim, na área de Relações Institucionais, e Francisco Santiago, na área de Operações. O comando da empresa ficará com Luiz Eduardo Falco. A sede será no Rio de Janeiro.

"Como havia um impedimento regulatório, não tivemos acesso direto aos dados da Brasil Telecom. Criamos o conceito de 'sala limpa' e nos últimos três meses colocamos cerca de 70 executivos à frente do processo de integração. A nossa proposta é ter uma estrutura única em até 60 dias", afirmou o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (90, no Rio de Janeiro.

Com relação ao desaparecimento do brand Brasil Telecom, Falco disse que a intenção da Oi é adotar uma marca única – que ficará sendo Oi – ainda no primeiro semestre deste ano. Mas o executivo salientou, no entanto, que há produtos e empresas como o iG, provedor de Internet da Brasil Telecom, que tendem a continuar com suas marcas.

Estratégia de unificação

"São nomes fortes que não vemos razão para mexer. A integração de produtos também será conduzida de forma bastante transparente para evitar qualquer problema com o cliente", salientou Falco.

A Oi, segundo o executivo, ainda não definiu qual DDD será usado pela nova empresa – se o 14 da Brasil Telecom ou o 31 da empresa. A companhia possui 18 meses para tomar essa decisão. Na próxima semana, acrescentou Falco, o planejamento de integração das empresas estará definido e apresentado aos funcionários.

"Vamos integrar as áreas de TI e de Redes, mas vamos fazer dentro do possível. Já temos ciência que as plataformas de billing não devem ser integradas. O custo/benefício não é interessante", destacou ainda Falco. A proposta da Oi é concluir o processo dentro de 18 meses. A nova Oi passa a contar com aproximadamente 68 mil funcionários.

Com relação às demissões, Falco foi taxativo."Vamos manter os empregos como estabelecemos no acordo de compra e conforme a Anatel determinou para conceder a Anuência Prévia, mas é claro que haverá ajustes porque há uma fusão, mas somos os maiores empregadores do país e vamos continuar com esta marca", explicou.

A nova empresa passa a contar com aproximadamente 53 milhões de clientes – 22 milhões em telefonia fixa, 27 milhões em telefonia móvel, 3,7 milhões em banda larga e 60 mil em TV por Assinatura. A Oi passa a ter cobertura em 4,8 mil municípios e terá uma receita de R$ 29,3 bilhões – bastante semelhante à da Telefônica no país – R$ 28,7 bilhões. O grupo Telmex tem uma receita de US$ 20,5 bilhões, segundo dados apresentados pela Oi.

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