Oi paga R$ 5,37 bilhões pelo controle da BrT e finaliza operação

A Oi finalizou hoje a compra de 61,2% das ações ordinárias e 22,8% do capital total da Brasil Telecom pelo qual pagou R$ 5,37 bilhões. O valor inicial, de R$ 5,86 bilhões, foi atualizado pelo CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e dele foi abatida a dívida de R$ 998,53 milhões da Invitel S.A. Para completar a transação, que envolve o tag along pago aos minoritários, o desembolso da operadora se aproxima de R$ 13 bilhões. O acordo de compra foi anunciado em 25 de abril do ano passado mas foram necessários mais de oito meses até sua concretização para aguardar alterações na regulamentação que permitissem o sucesso da operação.

A empresa publicou na noite de hoje o fato relevante que confirma a transação depois de os acionistas da BrT terem realizado um leilão público à tarde na Bovespa, que se encerrou às 18 horas. Sem lances de terceiros, a compra foi, enfim, efetivada. Amanhã, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, dará uma coletiva de imprensa para anunciar a nova estrutura da operadora que deve manter alguns nomes da direção da BrT.

A nova composição do capital social da Telemar Participações, holding que controla a Oi, terá as ações ordinárias distribuídas pelos grupos Andrade Gutierrez e La Fonte, do grupo Jereissati, com 19,34% cada um, a Fundação Atlântico, fundo de pensão da Oi, com 11,5%, o BNDESPar ficará com 16,86%, seguido dos fundos de pensão Previ (12,96%), Petros (10%) e Funcef (10%).

O próximo passo será a Oi apresentar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em 30 dias, o requerimento de registro da oferta pública de tag along para aquisição das ações com direito a voto de emissão da BrT Participações e da operadora BrT. Pela legislação, eles têm direito a 80% do valor pago por ação do bloco de controle, que foi de R$ 77,04. No ano passado, os valores publicados pela Oi envolviam o pagamento de R$ 57,85 por ação ON da BrT Part e R$ 54,31 por papel ordinário da BrT.

A compra do controle da BrT pela Oi assegura a criação de uma empresa que deverá liderar no país os mercados de telefonia fixa e banda larga, com 53,8% e 38,4% de market share, respectivamente. Na telefonia móvel ela passa a deter 19,3% de cota de mercado, permanecendo em quarto lugar no ranking das móveis. A transação ainda será analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Na estrutura da nova empresa alguns nomes da BrT serão mantidos no board, ligados diretamente ao presidente da operadora. Entre eles estão os vice-presidentes Francisco Perrone, Francisco Santiago e Jorge Jardim.

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