O presidente da Net, José Félix, acusou as concessionárias locais de adotarem um "discurso cínico" em relação à concorrência com as operadoras de TV a cabo.
"Elas reclamam que são proibidas de lançar TV por assinatura. Por que não levam banda larga para as pequenas cidades? Por que a Telefônica não vende DTH no Rio de Janeiro? Cada uma delas quer fazer TV por assinatura onde a Net está, mas oferecendo preços baixos graças ao subsídio cruzado. Querem matar o concorrente para depois virar monopólio. É simples. É uma estratégia de defesa", criticou o executivo durante evento para anunciar o lançamento do serviço de banda larga da Net com velocidade de 60 Mbps, nesta quarta-feira, 5, no Rio de Janeiro.
Curiosamente, o serviço está limitado ao bairro do Leblon, exatamente onde fica a sede da Oi e onde a operadora planejava o serviço de IPTV.
O presidente da Net criticou também o fato de os preços de banda larga dos concorrentes serem diferentes de acordo o porte das cidades. Segundo ele, onde há competição, os preços das teles são mais baixos do que onde não há. "Por que banda larga no Rio de Janeiro é mais barata que em Mauá? Na Net os preços são iguais em todas as cidades", afirmou.
Félix ironizou os anúncios de investimentos bilionários das teles em infra-estrutura. "Elas dizem que investem bilhões de Reais, mas isso é dividido por milhares de municípios. A Net investe R$ 1 bilhão em 79 municípios. Nós é que somos a empresa que mais investe em telecomunicações no Brasil", disse Félix.
Banda larga
No terceiro trimestre, a Net ultrapassou a Oi em número de assinantes de banda larga, alcançando uma base de 2,06 milhões de usuários ao fim de setembro. Agora, a empresa está em segundo lugar no Brasil, perdendo apenas para a Telefônica. Félix não quis prever, contudo, quando a Net chegará ao primeiro lugar. Mas, se mantido o ritmo de crescimento atual, isso acontecerá mais cedo ou mais tarde, já que nos últimos quatro trimestres a Net tem superado a Telefônica em adições líquidas.
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