Cultura vai cobrar por retransmissão de sua programação

A TV Cultura passará a cobrar de emissoras públicas e privadas que retransmitem seus programas. Atualmente, cerca de 180 TVs do país fazem isso, incluindo a TV Brasil (federal), TVs públicas estaduais e TVs educativas privadas.

Essas emissoras retransmitem de graça programas como o "Roda Viva", o "Viola Minha Viola" e "Castelo Rá-Tim-Bum". A cobrança pela cessão de programação, anunciada às parceiras na semana passada, já começa a gerar insatisfação. Confronta com o projeto da associação das TVs públicas de uma rede pública nacional.

Das TVs públicas, a Cultura vai pedir participação no orçamento anual, até o limite de 3%. Das privadas, quer participação na publicidade veiculada nos intervalos de seus programas.

A cobrança pelo conteúdo faz parte do projeto Cultura Canais, lançado anteontem na feira da ABTA. "A TV Cultura deixa de ser uma rede pública e passa a ser uma programadora de conteúdo", afirma Cícero Feltrin, diretor de marketing e captação da Cultura. O executivo acha a cobrança justa. "Tem emissora pública com orçamento de R$ 15 milhões por ano que não produz nada, apenas reproduz a Cultura", diz.

Feltrin ainda não tem estimativa de quanto a medida gerará em receitas. A TV Cultura deve contar com R$ 200 milhões neste ano. Menos da metade (40%) sairá dos cofres do governo do Estado.

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