Embratel recorre a órgãos de defesa da concorrência para impor condições à fusão BrT-Oi

As grandes concessionárias de telefonia do país começam a deixar mais claras suas posições em relação à fusão entre Oi e Brasil Telecom. A Embratel, controlada pelo grupo Telmex, entrou esta semana com pedidos de impugnação da operação nas secretarias de Direito Econômico (SDE) e de Acompanhamento Econômico (SAE) do Ministério da Justiça. Mas os pedidos são para que os órgãos de defesa da concorrência imponham restrições em áreas relacionadas às telecomunicações que vão além do segmento de telefonia., não para barrar a operação de fusão.

Ou seja, a Embratel está preocupada com os serviços de transmissão de dados, já que ela é hoje a única a ter cobertura nacional para isso. O surgimento da BrT-Oi criaria uma rede nacional alternativa e poderia dificultar ainda mais o acesso da Embratel às redes locais, dominadas pelas concorrentes.

Já o presidente da Telefónica, Antônio Carlos Valente, parece menos preocupado. Ontem (23/7), declarou que não acredita que as investigações da Polícia Federal sobre Daniel Dantas e o Grupo Oportunity, que incluem a negociação da BrT-Oi, vá impedir ou mesmo atrasar a revisão do Plano Geral de Outorgas (PGO). As mudanças no PGO são condição para a fusão e foram, inclusive, motivadas pelo anúncio do negócio. Mas para Valente, “no PGO haverá uma mudança de regras que será feita em função do processo de convergência e da consolidação empresarial que acontece no mundo”.

Com informações de O Estado de S. Paulo.

0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *