Corregedor-geral do TSE critica imprensa e diz que juiz não é censor

Durante a XX Reunião do Colégio de Corregedores da Justiça Federal, o corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ari Pargendler, defendeu a decisão de Francisco Shintate, juiz que condenou a Folha de S. Paulo e a Editora Abril pela publicação de entrevistas com Marta Suplicy e Gilberto Kassab antes do período eleitoral. De acordo Pargendler, “juiz não é censor”.

"A diferença entre o censor e o juiz está no fato de que o censor tem juízo discricionário, ou arbitrário, ele julga de acordo com a cabeça dele, ele diz isso pode, isso não pode. O juiz não faz isso, o juiz observa normas. O juiz aplica leis. Ele pode aplicar certo ou errado, isso não é uma censura. O juiz aplicou mal a lei? O recurso vai corrigir essa situação. Acontece para mim e tem que acontecer também para o dono de jornal."

De acordo com matéria publicada no Estado de S. Paulo, o ministro também criticou a cobertura da mídia nos casos. Segundo ele, “a imprensa agiu mal” ao criticar a condenação. "Se o juiz errou, a imprensa, que não é imprensa, mas são empresas jornalísticas, que além da sua nobre missão de informar também têm interesses comerciais, pois essas empresas jornalísticas, o que têm que fazer, a meu juízo, é se submeterem ao processo judicial e recorrerem da sentença (sic)".

Sobre a decisão do TSE de permitir entrevistas antes do início da campanha eleitoral, o ministro disse: "Tivemos um julgamento pela imprensa”.

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