Presidente da EBC critica opção pelo HD feita pelas emissoras comerciais

A presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, ao participar do Telebrasil 2008, nesta sexta-feira, 6/6, criticou a decisão das TVs abertas comerciais de jogarem suas fichas no High Definition e, não, na interatividade e na multiprogramação a partir da implantação da TV digital. Também afirmou que há uma diferença conceitual – não entendida por boa parte do mercado – sobre comunicação pública e comunicação governamental.

A presidente da TV Brasil ressaltou que a comunicação pública no Brasil chegou com um atraso de 20 anos, observando que a criação de uma TV pública, no caso a TV Brasil, foi prevista na Constituinte de 1988. Cruvinel foi ácida com os críticos à iniciativa do governo Lula.

"Esse conceito ainda não foi bem assimilado por todos. Há quem critique por desconhecimento, mas há quem critique por má fé. Na prática, a TV Brasil ainda não é um conceito assimilado por todos", destacou. Ao ser indagada sobre o impacto da TV Digital, Tereza Cruvinel não poupou críticas às TVs comerciais.

Segundo ela, houve uma preocupação maior por parte dessas emissoras em apostar no high Definition do que na interatividade e na multiprogramação. No caso da TV Brasil e das TVs Câmara e Legislativas, informou a executiva, a opção será contrária, mas o ritmo de adoção será, evidentemente, mais lento.

"Não há recursos para fazermos o que queremos ( o orçamento da TV Brasil em 2008 é de R$ 300 milhões), mas vamos, em julho, ativar TV digital, em parceria com a TV Cultura, em São Paulo, com interatividade e multiprogramação, mas são atividades iniciais. Esses são os reais benefícios da TV digital. O High Definition é para quem não quer a pluraridade. É uma decepção", completou Tereza Cruvinel.

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