Sem Requião, ‘Escola de Governo’ adota tom ameno, mas volta a pedir liberdade de expressão

Em estilo mais ameno, a TV Educativa do Paraná voltou a veicular ontem nova edição da "Escola de Governo", programa alvo de um processo na Justiça Federal, que proibiu o governador Roberto Requião (PMDB) de criticar desafetos.

A "escolinha", como também é conhecida, foi apresentada pelo vice-governador Orlando Pessuti (PMDB). Requião está em viagem oficial a Cuba. Ele retorna ao Estado no dia 8 de fevereiro.

Ao contrário das duas últimas edições, quando Requião cortou o som do programa, veiculou carimbo de "censura" e interrompeu a programação para protestar contra a proibição, a reunião comandada por Pessuti foi pontuada por uma linguagem mais institucional e ligada às origens da "escolinha": a divulgação de projetos e obras do governo.

No fim da reunião, Pessuti discursou em defesa da "liberdade de expressão" do governador. Requião se diz vítima de "censura prévia" pela decisão do juiz federal Edgard Lippmann Júnior, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Para Pessuti, que falou de forma pausada e sem críticas diretas ao juiz, disse que a rádio e TV educativas devem "continuar livremente o seu papel de informar o povo do Paraná o que o governo está realizando".

Ele pediu "que se restabeleça o mais rápido possível a plenitude da liberdade democrática para que o nosso governador possa, livre e democraticamente, continuar se expressando".

Requião viajou domingo passado a Havana, onde participa até hoje da segunda edição do Congresso Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, uma conferência do governo cubano.

A assessoria do governador informou que ele foi convidado a participar pela representação diplomática de Cuba no Brasil. O governador paranaense falará em palestra sobre a economia brasileira.

A assessoria disse também que depois o governador tirará uma licença de sete dias, sem despesas para o Estado. O destino, após deixar Cuba, não foi informado. Ele regressa ao Paraná no dia 8 de fevereiro.

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