A ação conjunta de féis da Igreja Universal do Reino de Deus contra a empresa Folha da Manhã, que edita o jornal Folha de S.Paulo, parece não ter sido vista com bons olhos pela Justiça. Na última semana, o fiel Carlos Alberto Lima foi condenado à pena de litigância de má-fé, por ter iniciado uma ação de indenização por danos morais, mesmo sem que houvesse legitimidade para tanto.
Em sua decisão, o juiz estadual Alessandro Leite Pereira, de Bataguaçu (MS), disse que a postura do autor da ação "demonstra a existência de inquestionável má-fé, pois deturpa o conteúdo da reportagem para, inserindo-se individualmente nela, buscar indevidamente o recebimento de valor indenizatório".
Lima e outros 27 fiéis entraram com ações simultâneas contra a Folha, alegando se sentirem ofendidos pelo conteúdo de uma matéria de título "Universal chega aos 30 anos com império empresarial", de autoria da jornalista Elvira Lobato, que falava sobre o acúmulo de bens da Igreja desde sua fundação até os tempos atuais. A matéria foi publicada em 15 de dezembro do ano passado.
Os membros da Igreja disseram, em suas ações, que a matéria pôs em dúvida sua idoneidade e que, em razão disso, teriam ouvidos "gozações" de conhecidos.
Na decisão, o juiz alegou que Lima não tem legitimidade para entrar com a ação, já que ele não foi citado na reportagem. O fiel foi condenado a pagar multa, além de arcar com as custas do processo. A decisão é passível de recurso. Com informações da Folha de S.Paulo.
0