Em 2007 135 jornalistas foram assassinados, e outros 37 morreram acidentalmente enquanto exerciam a profissão, segundo balanço anual divulgado nesta quinta-feira pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).
O Iraque voltou a ser o país mais perigoso para os jornalistas, com 65 assassinados, a maioria profissionais locais.
O número de jornalistas mortos no país árabe desde a invasão, em 2003, e posterior ocupação liderada pelos Estados Unidos já passa de 250.
Após o Iraque, os números mais altos em 2007 foram registrados no Paquistão e na Somália, com oito assassinatos em ambos os países. México e Sri Lanka reportaram seis em cada um, as Filipinas, cinco, e o Afeganistão, quatro.
Os números de 2007 são superiores à média histórica, mas não aos de 2006, ano no qual 155 repórteres morreram assassinados, e que a IFJ definiu como o 'mais sangrento' da história do jornalismo.
'O relatório deste ano mostra que os ataques a profissionais de meios de comunicação se mantêm em níveis recordes, e que há uma tendência de risco para a imprensa em muitas partes do mundo', afirmou o secretário-geral da IFJ, Aidan White.
A julgar pelas estatísticas, o risco enfrentado pelos profissionais da comunicação varia muito em função do local onde exercem suas profissões.
O relatório afirma ainda que na Ásia houve 31 mortes violentas, na América Latina, 18, e, na África, 14, mas não cita nem um só crime na União Européia e apenas um nos EUA, o do redator do 'Oakland Tribune' Chauncey Bailey, assassinado por um jovem após ter criticado em seu jornal um estabelecimento comercial.
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