Cotas do PL 29 não são unanimidade entre produtores

As cotas para a TV por assinatura propostas no PL 29 geram alguma discórdia até mesmo no setor de produção. Este noticiário conversou com alguns produtores audiovisuais sobre o projeto. É praticamente unanimidade que a cota de 10% de conteúdo nacional independente nos canais internacionais é viável. Para os produtores, os canais já contam, inclusive, com incentivo fiscal para ajudar a bancar estes conteúdos. Além disso, defendem que existe oferta para suprir a demanda. A discórdia é em relação à cota de 50% de canais nacionais no line up das operadoras. Todos acreditam que a cota não é viável e alguns chegam a pregar a extinção da cota do PL. Contudo, alguns acham que é um bom começo para uma negociação. "Podemos chegar, pelo menos, a uma cota mais razoável", diz um produtor.

TV aberta

Uma respeitada produtora de cinema fez duras críticas à maneira como a comunicação eletrônica é tratada no Congresso e no Executivo. "Este é mais um projeto que tenta corrigir distorções mantendo a maior delas, que é a TV aberta. Nenhum governo tem coragem de peitar a TV aberta." Para ela, a TV por assinatura é vista pela parcela da população que tem acesso aos conteúdos brasileiros independentes de outras formas, seja cinema ou DVD. "A TV aberta é que levaria a produção independente à parcela menos favorecida da população", diz.

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