Não estamos interessados em política, garante CEO do ICANN

Por mais que seja palco de pressões trazidas das relações políticas de países, o ICANN não tem o mínimo interesse em se envolver em questões políticas, o que lhe confere a credibilidade necessária à organização que define padrões online, defendeu o CEO da entidade, Paul Twomey.

Em entrevista exclusiva ao IDG Now! nesta quarta-feira (14/11) durante o Internet Governance Forum 2007, evento organizado pela Organiação das Nações Unidas, Twomey afirmou se alterar quando questões políticas extrapolam para o órgão, que se transforma em um proxy onde assuntos externos são justificados.

As pressões externas podem levar a críticas contra o papel do ICANN como algumas expressadas durante o evento da ONU, como militantes chineses que afirmaram desconfiança contra a histórica interação entre ICANN e os Estados Unidos ou o ministro Mangabeira Unger, que afirmou defendeu um novo órgão para regular a internet.

"Quer falar sobre política? Fale em outro lugar e não tente envolver na questão alguns dos gênios vivos da ciência que fazem parte do ICANN", afirmou, se referindo a pesquisadores membros da organização ligados diretamente com a criação da internet, como Vint Cerf.

Para ilustrar sua alegação, o executivo relembra que, dos 11 membros da diretoria do ICANN, apenas dois são norte-americanos. Ele mesmo, nascido na Austrália, e o novo presidente do conselho, o neozelandês Peter Dengate Thrush, são exemplos da influência mínima dos EUA no órgão.

Ao mesmo tempo, Twomey é conciso ao criticar, por outro lado, a postura de norte-americanos que acreditam que, como a internet foi criada por órgãos do país, os Estados Unidos possuem a rede e devem fechá-la a quem não estiver satisfeito com as decisões.

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