Rede sem fio pode ser saída para combate à exclusão digital na AL

O uso de tecnologias sem fio para garantir a conectividade em áreas rurais remotas exige marcos regulatórios claros nos paises da América Latina. É o que defende a colombiana Sylvia Cadena, representante da organização WiLac, entidade criada para debater o compartilhamento de tecnologias sem fio (Wi-Fi, WiMAX e outras) na América Latina, pela Fundação Escola-Latino Americana de Redes, da Colômbia. 

Ao proferir palestra no 2º Forum de Governança da Internet, no Rio de Janeiro, Sylvia Cadena explicou que os países precisam criar marcos regulatórios que visem garantir o maior compartilhamento de redes possível, para evitar penalizar os eventuais usuários desses serviços.

Segundo ela, serão essas legislações que vão garantir um maior grau de cobertura, sobretudo em áreas remotas. "A falta de integração e coerência gera um nível de complexidade e aumentam os custos", destacou.

Para a representante do WiLac existem, atualmente, na América Latina quatro grandes problemas que devem ser tratados pelos governos, de preferência em comum acordo na região, para que possa ser encontrada uma solução da falta de conectividade nas áreas rurais, através das tecnologias sem fio.

Custos de rede: É preciso que haja clara regulamentação neste quesito para que a população, sobretudo, rural, não acabe subsidiando os custos dessa rede. "Os custos de homologação de tecnologia deveriam ser tratados pelas empresas que terão o benefício econômico ao vender essa tecnologia em particular" explicou Sylvia.

Integração: Os governos deveriam trabalhar numa integração regional que possibilite a gestão de zonas de fronteira. "Para que as comunidades possam compartilhar uma mesma cultura, se integrar e se comunicar", defende.

Prioridade: A representante do WiLac também explicou que as comunidades não devem ser tratadas como "exceção à norma", tão momente pelo fato de estarem em zonas rurais. Mas, sim, a base pelo qual se projeta um marco regulatório. segundo ela, os atuais marcos priorizam as áreas urbanas, quando a realidade mostra que mais de 70% da população estão na periferia ou em áreas rurais.

Serviços emergenciais: Os serviços com maior demanda nas áreas rurais, tais como voz, mensagens e comunicações emergênciais para atendimento de desastres "devem ser fortalecidos e oferecidos como "um direito mais importante do que qualquer interesse econômico", defendeu a colombiana Sylvia Cadena.

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