Plano Nacional de Ciência e Tecnologia será lançado em novembro com R$ 41 bilhões

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve lançar em novembro o Plano Nacional de Ciência e Tecnologia. A informação é do ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. Segundo ele, o plano prevê recursos de R$ 41 bilhões para ações até 2010.

"O plano deverá ser anunciado pelo presidente Lula provavelmente na segunda ou terceira semana de novembro",  afirmou Rezende, em entrevista concedida nesta quinta-feira (25) a emissoras de rádio parceiras da Radiobrás.

"É um plano de quatro anos, de 2007 a 2010. As ações de 2007 já estavam planejadas, então já estão em execução. O plano totaliza em recursos do governo federal R$ 41 bilhões em todos os setores que têm ciência e tecnologia", disse.

"Nunca tivemos antes um plano feito para quatro anos, muito menos recursos dessa monta de R$ 41 bilhões", completou. De acordo com o ministro, o plano tem quatro prioridades básicas: expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia; promoção da inovação tecnológica nas empresas; pesquisa e desenvolvimento em áreas estratégicas; e ciência e tecnologia para o desenvolvimento social.

Segundo Rezende, a maior parte dos recursos do plano é do Ministério de Ciência e Tecnologia. Mas há verbas também do Ministério de Minas e Energia, por meio da Petrobras e da Eletrobrás; de entidades de pesquisa ligadas ao Ministério da Defesa; do Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura.

Em entrevista à Radiobrás, Rezende ressaltou que um dos grandes desafios para o país é fazer com que as empresas brasileiras tenham atividades de pesquisa. "Há muitas iniciativas [no plano] que vão na direção de incentivar, estimular as empresas a fazer pesquisa, desenvolvimento e inovação para elas ficarem mais competitivas", disse.

O ministro afirmou que é preciso incentivar também pesquisas em áreas estratégicas, como biocombustíveis. "O Brasil é hoje um grande produtor de etanol e fazemos álcool com métodos tradicionais, com cana-de-açúcar. É uma forma boa de fazer, o Brasil é o país que produz etanol da maneira mais eficiente do mundo. Mas nós sabemos que a demanda por etanol vai crescer muito e precisamos fazer pesquisas para fazer, por exemplo, cana com maior conteúdo de açúcar, para dar uma produtividade maior".

Rezende destacou ainda que o sistema de ciência e tecnologia no país é recente – começou a ser desenvolvido na década de 60 – e é preciso divulgá-lo entre os brasileiros. "Há um desconhecimento geral na sociedade sobre o que acontece na ciência de maneira geral. E mais especificamente o que acontece na ciência brasileira", ressaltou.  

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